quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nunca é demais falar das temíveis "Terminologias"

fonte: Agencia Inclusive / Adelino Ozores / Adaptado do Manual da Mídia Legal, publicado pela Escola de Gente, disponível no seguinte link: www.escoladegente.org.br

Terminologias

Que termos usar e não usar. Estas recomendações valem para a área de comunicação. Não se trata do politicamente correto, mas sim de legitimar avanços de mudança de mentalidade que as palavras devem refletir.

DEFICIÊNCIA é a terminologia genérica para englobar toda e qualquer deficiência (física ou motora, intelectual, sensorial e múltipla). O uso da preposição COM é ideal para designar PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Outras opções são as expressões “QUE TEM” ou “QUE NASCEU COM”.

Exemplos: inclusão das pessoas COM deficiência; ator QUE NASCEU COM síndrome de Down; menina QUE TEM paralisia cerebral; estudante COM deficiência visual etc.

Use INSERÇÃO quando estiver em dúvida se o caso relatado na matéria é de integração ou de inclusão. O vocábulo inserção é neutro porque não está vinculado a movimentos internacionais de defesa de direitos de pessoas com deficiência.

Não tenha receio em usar a palavra DEFICIÊNCIA. As deficiências são reais e não há por que disfarçá-las.

Use SURDO e nunca surdo-mudo. Sob a ótica da diversidade humana é natural existirem múltiplas formas de comunicação entre seres da nossa espécie, sendo impossível compará-las como "a mais humana" ou a "menos humana". O fato de a maioria das pessoas "falarem pela boca" não nos dá o direito de considerar esta forma de expressão como a única valorada, ou seja, o modelo. Esta é uma visão integradora, pois favorece a comparação entre condições humanas. Para uma pessoa surda é difícil falar o português, sendo natural que opte pela Língua de sinais brasileira (Libras). Neste caso, não é mudo, apenas SURDO.

A Libras não é uma linguagem, mas uma LÍNGUA. Existem outras formas de linguagem envolvendo, ou não, pessoas surdas como a linguagem gestual e a corporal.

Deficiência Visual e Auditiva são exemplos de DEFICIÊNCIA SENSORIAL. O aconselhável é retratá-las dessa forma: PESSOAS CEGAS (deficiência visual total) ou SURDAS (deficiência auditiva total); PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL (ou COM BAIXA VISÃO) ou AUDITIVA (há resíduo auditivo) ou PESSOAS QUE TÊM DEFICIÊNCIA VISUAL ou AUDITIVA.

Os substantivos CEGUEIRA e SURDEZ podem ser usados.

A palavra deficiente não deve ser usada como substantivo. Exemplo: "os deficientes" jogam bola. Mas pode ser usada como ADJETIVO. Essa preocupação fica mais clara de ser compreendida ao substituirmos "deficiente" por outros substantivos, como gordo, negro, magro, louro, careca etc. Quem usaria, em uma matéria, a expressão "os gordos", "os negros", "os carecas" etc.

A normalidade hoje é um conceito polêmico, por isso, para designar uma pessoa sem deficiência use o adjetivo COMUM. Exemplo: PESSOAS COMUNS, PESSOAS SEM DEFICIÊNCIA.... Pela mesma razão, evite usar termos como: "defeituoso", "incapacitado" e "inválido" ao se referir a alguém COM DEFICIÊNCIA.

A expressão SÍNDROME GENÉTICA é a mais indicada. Anote algumas sugestões que podem ser usadas para não repeti-la: EVENTO GENÉTICO; OCORRÊNCIA GENÉTICA; SITUAÇÃO GENÉTICA. Evitar o uso das expressões anomalia, mutação, erro, acidente e doença genética.

A palavra deficiente não deve ser usada para designar outras limitações como o alto grau de miopia. Existem critérios muito rígidos para designar o que é uma pessoa com deficiência visual ou cega. Por isso não é adequado dizer que "todos nós somos deficientes".Quando a pauta for relacionada à educação, ao se referir às escolas que não são especiais, o ideal é usar ESCOLA REGULAR ou ESCOLA COMUM e no caso das turmas, CLASSE REGULAR ou CLASSE COMUM.

segunda-feira, 18 de maio de 2009



Prefeito Gilberto Kassab entrega a chave da Cidade de São Paulo ao Presidente da SGI (Soka Gakkai Internacional), Dr. Daisaku Ikeda, em Tókyo, no último dia 13 de maio.

O secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes e o vereador Adolfo Quintas acompanharam o prefeito.

Extraodinário!!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Terra – um pequeno pedaço de chão

matéria publicada na revista Terceira Civilização, Edição Nº 489, pág. 28, maio de 2009.

Ensaio: Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.

Em 2009, a Prefeitura de São Paulo acolheu na entrada principal de sua sede a exposição “Gandhi, King, Ikeda — Pelo Ideal do Humanismo”.
Quem percorreu, como eu, todos os painéis — que retratam anos de esforços destes gigantes da cultura de paz — não deixaria de ficar intimidado ao comentar sobre a Proposta de Paz, enviada anualmente por Daisaku Ikeda, presidente da SGI, à direção da Organização das Nações Unidas (ONU). Faço-o, no entanto, encorajado por um conceito do próprio movimento da SGI: uma ação local que gera contribuição global, mesmo que pareça pequena.

O homem parece ser um fenômeno de evolução da vida neste planeta minúsculo e perdido no Universo. Aqui, três forças se encontram: a força selvagem/bárbara da selva, a força da humanidade e a força do divino.

Ao longo de milhões de anos, esta tríplice aliança pendeu de um polo a outro com predomínio ora de uma força, ora de outra.

Quando saímos das savanas africanas para o primeiro movimento de globalização, espalhando a espécie por todos os continentes, a componente bárbara era dominante. A lei da selva, do mais forte, predominava em nosso comportamento, quase uma necessidade de sobrevivência entre outros seres tão selvagens quanto o homem.

Aos poucos, as forças do ser humano e o sopro do divino foram equilibrando as energias aparentemente indomáveis do selvagem.

A força humana criou um tipo de vida na Terra. Tipo este que tem consciência de si mesmo e, milagre, tem consciência da existência do universo dele próprio.

Tão presente nesta transição, quase física, material, a força divina, tencionava o selvagem e o humano levando-os a um equilíbrio superior.

O predomínio do divino é fenômeno raro. Ele gera santos, profetas, pessoas iluminadas que se doam totalmente e sinalizam caminhos que duram por milhares de anos. O cruel é que o divino, sem levar em conta o barro do qual somos feitos, pode tornar-se paradoxalmente selvagem, desumano.

O humano é a nossa criação propriamente dita. É o caminho do meio do homem.
Daisaku Ikeda impressiona pelo seu esforço permanente de fundir Oriente e Ocidente. Impressiona por sua fidelidade aos tesouros do Oriente e pelo conhecimento enciclopédico da aventura intelectual ocidental.

É assim neste texto. A crítica do existencialista francês Gabriel Marcel ao “espírito de abstração”, que coloca alguns sistemas de ideias criadas pelo homem como uma forma de opressão e escravidão dos próprios homens, é contrastada pela inspiradora ideia da “competição humanitária” desenvolvida pelo educador com os pés no chão e o coração na mão, Tsunessaburo Makiguti.

O “espírito de abstração” pode-se transvestir de ideologias religiosas, intolerantes e absolutistas ou de ideologias aparentemente laicas, mas que se comportam tão absolutistas quanto as mais absolutistas das religiões. Foi o drama do “socialismo científico”, que desligado do humano evoluiu para uma liga metálica do selvagem com o divino. Crucifique-se o homem comum no presente para que o paraíso desça do céu para a Terra.

Veja, leitor, por outro lado, o sentido humano de Makiguti, que via “as realidades de vastas extensões da Terra... num pequeno pedaço de chão... de uma simples vila de uma região isolada”. De nada servem os sistemas complexos ideológicos se não ajudarem ao ser humano a viver bem no “pequeno pedaço de chão”. A amizade, o amor entre os vizinhos como base para o amor entre os “vizinhos” de terras distantes das nossas, mas tão perto quando se sabe da pequenez da Terra.

É com esta visão local e global que Daisaku Ikeda incansavelmente oferece propostas de paz, dirigidas à ONU — a mais importante organização humana já construída.
Dois mil e nove nos encontra submersos em duas crises — uma, conjuntural econômica; outra, estrutural ambiental, cuja síntese é o aquecimento do planeta.

Na contramão desses problemas, as propostas de Daisaku são concretas como gostaria Makiguti.
Em relação ao aquecimento global, está a Agência Internacional de Energia Renovável e a Parceria Internacional para a Cooperação em Eficiência Energética. Isso porque a essência da crise ambiental é nossa forma de viver, conviver, produzir, consumir, sendo insustentável do ponto de vista energético. A energia limpa é a chave para quebrar o impasse. O farol que ilumina os caminhos de superação do desastre.

O Banco Mundial de Alimentos trata do núcleo da injustiça mundial da extrema desigualdade entre os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres — a fome. São 963 milhões de desnutridos, quando nosso desenvolvimento tecnológico já permite, há muitos anos, que esta escravidão vergonhosa estivesse abolida.
A Convenção sobre Armas Nucleares é um esforço concentrado das nações em superar este símbolo da cultura da violência — as armas nucleares — por uma progressiva hegemonia da cultura de paz nas relações entre nações.

Por fim, Daisaku Ikeda não esquece o seu mantra de fortalecimento da ONU — tão criticada pelas suas insuficiências — porém nunca suficientemente exaltada pelas suas virtudes de potencial casa comum do ser humano da Terra.

É um chamado para chegarmos a 2010, ano do 80º aniversário da Soka Gakkai e do 35º aniversário da SGI.

Exposição humanista em São Paulo

No dia 2 de fevereiro deste ano, foi inaugurada, no saguão da Prefeitura de São Paulo, a exposição “Gandhi, King, Ikeda — Pelo Ideal do Humanismo”.

A cerimônia de abertura contou com a participação de várias autoridades do município. Entre elas estava o prefeito Gilberto Kassab e o secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Sobrinho.

Durante 45 dias, os paulistanos apreciaram as obras e a trajetória de vida de Mahatma Gandhi, Martin Luther King Jr. e Daisaku Ikeda. A mostra já percorreu 21 países. No Brasil, passou por Campinas, São Paulo (SP) e Campo Grande (MS), evidenciando quanto são necessárias ações para promover a paz em todo o mundo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Direitos Humanos avalia política externa do governo Lula

(matéria extraida do site da Câmara dos Deputados / Agência Câmara)

A semana - 19/05/2008 11h57

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias analisa nesta quarta-feira (21) as prioridades do Ministério das Relações Exteriores para a Organização dos Estados Americanos (OEA), para a Organização das Nações Unidas (ONU) e para o Mercosul.

O debate foi solicitado pelo presidente da comissão, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). "Neste mundo globalizado, a política externa exerce papel fundamental na vida dos cidadãos. Ela gera impactos nos direitos humanos de todos nós e define o grau de compromisso com a comunidade internacional ao assinar os tratados. Daí a importância de acompanharmos as relações exteriores do Brasil com o olhar dos direitos humanos."

Pompeo de Mattos explica que, nos últimos meses, dois fatores reforçaram a necessidade de maior atenção da comunidade internacional e da sociedade brasileira para os direitos humanos no País. "O primeiro é a Revisão Periódica Universal (RPU) da ONU - novo mecanismo de avaliação dos direitos humanos nos países. O Brasil é um dos primeiros países a se submeter a essa avaliação. O segundo foi a criação da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul, que terá um relatório sobre o Brasil."

Foram convidados para participar da audiência:
- a diretora do departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Ana Lucy Petersen;
- a coordenadora da Assessoria Internacional da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Cristina Cambiaghi;
- o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, Paulo Paim (PT-RS), onde foi apresentado, em fevereiro deste ano, o relatório brasileiro para a RPU;
- o deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG), integrante da Representação Brasileira do Parlamento do Mercosul; - Mary Caetana, representante do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa.A audiência será realizada no plenário 9 a partir das 14 horas.
agencia@camara.gov.br

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Revelando um futuro de esperança para a sociedade global

(matéria extraida no jornal Brasil Seikyo, de 9 de maio de 2009, uma publicação semanal da BSGI - Brasil Soka Gakkai Internacional).

"No dia 24 de fevereiro, a Universidade Aberta da Malásia (OUM, na sigla em inglês), concedeu o título de doutor honorário em Ciências Humanas ao líder da SGI, Daisaku Ikeda, fundador da Universidade Soka, por suas notáveis contribuições ao desenvolvimento da educação e à promoção da paz mundial. A chanceler da OUM e a primeira-dama da Malásia, Datin Seri Jeanne Abdullah, entregou a homenagem numa reunião especial realizada no Auditório Soka da Amizade Internacional em Sendagaya, Tóquio. A chanceler estava acompanhada por uma delegação da OUM, da qual faziam parte o presidente e o vice-chanceler, Prof. Tan Sri Anuwar Ali e sua esposa, Puan Sri Eveline Anuwar; e o embaixador da Malásia no Japão, Dato’ Mohd. Radzi Abdul Rahman e sua esposa Datin Jazliza Jalaludin."

"O presidente e o vice-chanceler da Universidade Aberta da Malásia, Prof. Tan Sri Anuwar Ali, famoso economista, compartilhou estas inspiradoras palavras com a comunidade universitária no início do ano: “Haverá obstáculos em nosso caminho — isso é esperado. Nós podemos transpor, escalar ou passar ao redor de um obstáculo, desde que não fiquemos parados, esperando que os outros tirem o obstáculo para nós”.4

Quero pedir aos jovens da SGI que também avancem para a vitória com essa mesma disposição corajosa. O segredo para a vitória está na profunda e genuína união que respeita e valoriza a diversidade. Nitiren Daishonin destacou esse ponto. Muitas outras personalidades sábias ao longo da história, entre elas o antigo general chinês Zhuge Liang, perceberam sua importância. Conforme nos ensina este famoso provérbio malaio: “Bersatu kita teguh, bercerai kita roboh. (Onde há força, há união; onde há divisão, há destruição.)” ".


Audiodescrição do filme Nossa vida não cabe num Opala - dia 17/05, às 11h - Grátis

Colaboração Zaira Hayek, Assessoria de Imprensa Centro Cultural São Paulo

O Centro Cultural São Paulo vai promover no próximo dia 17 (domingo), às 11 horas, na Sala Lima Barreto, a audiodescrição do filme Nossa vida não cabe num opala, com direção de Reinaldo Pinheiro, como parte do Programa de Acessibilidade - Livre Acesso / Ler Pra Crer, realizado em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED.

A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas e outros, ouvindo o que pode ser visto. É a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido, o que abre muitas janelas para o mundo para as pessoas com deficiência visual. Com este recurso, é possível conhecer cenários, figurinos, expressões faciais, linguagem corporal, entrada e saída de personagens de cena, bem como outros tipos de ação, utilizados em televisão, cinema, teatro, museus e exposições.

Neste dia as funcionárias Ana Maria Campanha, Carmita Muylaert, Iris Fernandes e Maria Adelaide Pontes farão a audiodescrição. O roteiro foi elaborado por Lívia Maria Villela de Mello Motta.

Ficha técnica:
Gênero: drama
Duração: 104 minutos
Lançado no Brasil em 2008
Título original: Nossa vida não cabe num opala
Distribuidora: Imovision
Direção: Reinaldo Pinheiro
Produção: Marçal de Souza
Fotografia: Jacob Solitrenick
Trilha sonora: Mário Bortoloto
Elenco: Leonardo Medeiros, Milhem Cortez, Maqria Luiza Mendonça e Paulo César Pereio

Livre Acesso / Ler Pra Crer - Programa de acessibilidade do Centro Cultural São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED.

O Centro Cultural São Paulo tem, ao longo dos últimos meses, se reestruturado para facilitar o acesso e possibilitar maior inclusão de pessoas com deficiência a todos os seus espaços, à programação e aos acervos. A proposta do Centro Cultural São Paulo para acessibilidade é o programa Livre Acesso / Ler Pra Crer, orientado por sua própria missão, que é a de promover o livre acesso aos livros, aos espetáculos, aos shows, às exposições, ao lazer, promovendo assim a integração das linguagens artísticas, das práticas culturais e do conhecimento. Para tanto, Livre Acesso não só investe na infra-estrutura como também tem um propósito poético, de ampliação e potencialização da sensibilidade, da percepção e do conhecimento.

O início dessa reestruturação deu-se com a mudança da Biblioteca Louis Braille para a Praça das Bibliotecas, o que permitiu, sem rodeios, que a cegueira conviva, lado a lado, com outras coleções que, juntas, fazem do Centro Cultural a segunda maior biblioteca de São Paulo. Essa e outras reconfigurações nos espaços do CCSP permitem que os deficientes interajam não só com os demais usuários como com outras atividades que são promovidas em seus vários espaços culturais. O prédio foi adaptado, várias melhorias foram realizadas, inclusive a instalação de piso tátil. Recebemos apoio de várias entidades, entre elas a Fundação Dorina Nowill e Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual -, mas foi com a consolidação da parceria com a SMPED e Instituto Vivo que Livre Acesso ampliou o seu escopo: novos equipamentos que promovem a inclusão do deficiente foram adquiridos, como uma cabine de tradução para que deficientes visuais possam assistir a peças de teatro, espetáculos de dança e cinema, um vídeo ampliador, audiolivros e os softwares Magic e Openbook, aumentando, assim, a oferta de serviços, sempre com o propósito de ampliar nossa missão de interface sociocultural.
Martin Grossmann, Diretor do CCSP

Cotas raciais e para pessoas com deficiência são justas?

O Estadão de hoje, 13 de maio, publicou dois artigos com opiniões distintas sobre os Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, que aplicam o sistema de cotas raciais e para pessoas com deficiência em Universidades e instituições de ensino médio.


As cotas raciais e para deficientes são justas?


SIM:


Antonio Carlos Moraes*

O sistema de cotas, em uma sociedade democrática, deve existir para corrigir distorções históricas nos campos social, cultural e econômico. É inaceitável viver uma democracia em que seus entes sejam separados em agrupamentos humanos que, coincidentemente, são interligados em suas condições objetivas de vida onde a ausência do ensino superior é elemento comum. É coincidência que as pessoas com deficiência, dos pretos, dos índios e dos oriundos da escola básica pública sejam, em sua maioria, pobres e sem curso superior? Outro dia, alguém me perguntou: vamos transformar a universidade em uma pizza fatiada para vários setores da sociedade? Eu respondi que sim e as maiores fatias deveriam ser destinadas aos setores que mais precisam.Se é verdade que o curso superior muda a vida das pessoas, então não tenho dúvida de que tal possibilidade deve estar ao alcance do maior número de pessoas e, para corrigir as distorções históricas e colocar o Brasil nos trilhos da modernidade, as maiores fatias devem ser destinadas aos setores que mais precisam. Até agora tanto as iniciativas isoladas das universidades quanto o projeto 180/2008 da Câmara são bastante generosas com os velhos "donos das vagas". São menos de 20% e ficarão com 40% das vagas. Deficientes e estudantes de escolas públicas são mais de 80% e ficarão com apenas 60%.Na Universidade Federal do Espírito Santo, a implantação de cotas foi muito positiva. A sociedade capixaba, em pesquisa de opinião, em 2007, aprovou, com 80% das respostas positivas, o sistema. Em resposta, os primeiros cotistas apresentaram rendimento significativo. Em 40% dos cursos pelo menos uma nota 10 e nenhuma reprovação em 60% dos cursos, dentre eles medicina e direito.Enquanto o sistema era implantado de forma isolada pelas instituições havia uma sanha da soberba do direito individual sobre o projeto coletivo de cada universidade. Os "donos das vagas" e seus defensores clamam pela igualdade constitucional e se negam a pagar a dívida. A universidade sabe que igualdade se faz com distribuição de bens públicos e o acesso ao conhecimento é a sua parte no processo.

*Mestre e doutor em Educação e secretário de Inclusão Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)


NÃO:

Bolívar Lamounier*

Tenho orgulho de viver num país que repele a ideia de "raça" como critério de política pública. Sou, pois, contrário à instituição de cotas raciais ou de natureza semelhante para ingresso no ensino superior público, matéria de projeto que tramita no Senado. Se aprovado, tal projeto dará início a um processo de "racialização" da política educacional . Daí a ser estendido ao emprego no setor público, e eventualmente também no setor privado, serão poucos anos. Ou seja, o Brasil que conhecemos, de brasileiros, começará a ser retalhado em segmentos ditos "raciais". O projeto é inconstitucional, inócuo em relação a seus objetivos declarados, e imprudente. A Constituição de 1988 exprime o sentimento anti-"racialista" dos brasileiros em diversos dispositivos. O Artigo 19 diz: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si." O Artigo 208 dispõe que "o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um".Como proposta de política social, o que o projeto pretende é apressar a eliminação de diferenças residuais - decorrência de diferenças historicamente acumuladas entre os grupos étnicos que formaram o Brasil - no acesso ao ensino superior. É pois manifesta a inadequação entre fim e meio. Para lograr um objetivo de pequena monta, e que pode ser logrado de maneira mais eficiente através de bolsas de estudo e crédito educativo, recorre-se ao grave precedente da "racialização". Em tudo e por tudo, o projeto é imprudente. O Senado precisa ponderar seriamente se está fazendo justiça social ou dando acolhida ao ovo de serpente do ódio racial. Onde hoje há jovens que só se veem como brasileiros, cujo objetivo é melhorar de vida, ajudar a família e a comunidade, amanhã (se o malsinado projeto for aprovado) teremos "afro-brasileiros" e "brancos". Quem se responsabilizará por tamanha temeridade? Custa-me crer que o mesmo Legislativo que elaborou a Constituição venha a aprovar um texto que não trará os benefícios propalados e, seguramente, vai dividir os brasileiros em grupos "raciais".

* Cientista político, diretor do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo (Idesp)

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090513/not_imp369943,0.php

Governo Federal promove a "Campanha da Acessibilidade"...pero no mucho!

Atentem para essa informação extraida do Fórum da Inclusão, do Fábio Adiron:

Pessoal, olha mais uma coisa para ficarmos alertas e discutirmos com quem de direito. O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo federal, vai construir um milhão de casas para a população de baixa renda. http://www.minhacasaminhavida.gov.br/.

Nenhuma - repito - nenhuma dessas casas tem acessibilidade e muito menossegue o Desenho Universal. Podem também ver na MEDIDA PROVISÓRIA Nº 459, DE 25 DE MARÇO DE 2009.http://www.planalto.gov.br/ccivil/_Ato2007-2010/2009/Mpv/459.htm.

Ou seja: muitas pessoas com deficiência, que provavelmente participarão doPrograma, terão que continuar tomando "banho de pano na sala"...ou fazer umsacrifício ainda maior para pagar a casa e a reforma para torná-laacessível...

Precisamos convercer o governo federal a participar da campanha deAcessibilidade...Um abraço Fábio Adiron Inclusão : ampla, geral e irrestritahttp://xiitadainclusao.blogspot.com/

terça-feira, 12 de maio de 2009

Expressar-se corretamente também é um exercício de respeito à diversidade!

Necessidades especiais???

É importante combatermos expressões que tentem atenuar as diferenças, tais como: “pessoas com capacidades especiais”, “pessoas com eficiências diferentes”, “pessoas com habilidades diferenciadas”, “dEficientes”, “pessoas especiais” e a mais famosa de todas: “pessoas com necessidades especiais”. As “diferenças” têm de ser valorizadas, respeitando-se as “necessidades” de cada pessoa.

O termo “pessoas com necessidades especiais”, discutido desde a década de 70, referia-se às necessidades específicas de cada pessoa, com ou sem deficiência. Entretanto, no Brasil o termo acabou por ser utilizado erroneamente como identificação única de pessoa com deficiência.

Portador (a)???

Devemos ficar atentos à evolução histórica dos termos: Termos como: “portador de deficiência”, “pessoa portadora de deficiência”, ou “portador de necessidades especiais” não são mais utilizados. A condição de ter uma deficiência faz parte da pessoa. A pessoa não porta uma deficiência, ela “tem uma deficiência”.

Tanto o verbo “portar” como o substantivo, ou adjetivo, “portadora” não se aplicam a uma condição inata ou adquirida que faz parte da pessoa.

Ou seja, a pessoa só porta algo que ela pode deixar de portar. Por exemplo, não dizemos que uma pessoa “é portadora de olhos verdes”, dizemos que ela “tem olhos verdes”.

Pessoa com deficiência!!!

Há uma associação negativa com a palavra “deficiente”, pois denota incapacidade ou inadequação à sociedade. A pessoa não é deficiente, ela “têm uma deficiência”. Os movimentos mundiais de pessoas com deficiência, incluindo os do Brasil, já convencionaram de que forma preferem ser chamados: PESSOA (S) COM DEFICIÊNCIA.

Esse termo faz parte do texto aprovado pela Convenção Internacional para Proteção e Promoção dos Direitos e Dignidades das Pessoas com Deficiência, aprovado pela Assembléia Geral da ONU, em 2006 e ratificada no Brasil em julho de 2008.

Respeito à Diversidade

A informação é fundamental para vencermos as barreiras do preconceito e da discriminação. Ao buscarmos a informação, exercitamos o respeito à diversidade humana.

Munidos de informação descobrimos que a maior barreira em relação às pessoas com deficiência é a nossa própria atitude!

Devemos respeitar as pessoas exatamente como elas são. O respeito à diversidade humana é o primeiro passo para construirmos uma sociedade inclusiva!

(texto de abertura que escrevi para o livreto "Dicas de Relacionamento com as pessoas com deficiência", da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED)

O livreto pode ser baixado gratuitamente pelo site: www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia

Apresentação

Algo deve ser escrito...
pelo menos para iniciar, algo...
que não sei bem...
mas acho...
que será sobre as minhas experiências nesta fascinante área das pessoas com deficiência e mobilidade reduzida...
tema que surgiu como um novo mundo de possibilidades, graças ao meu ingresso na Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, em junho de 2005...
talvez, e bem provavelmente...
compartilharei assuntos referentes a cultura de paz, ao humanismo e a certeza de podermos promover a nossa revolução interior...
que o Budismo Nitiren chama de:
Revolução Humana.

taí...
algo foi escrito...