terça-feira, 28 de setembro de 2010

Você é um determinista ou um possibilista?

Encontre sua filosofia

Fonte: VOCÊ S/A (setembro de 2010) / Artigos / Papo de Líder

Filosofar não é só para filósofos, basta pôr-se a pensar. Certamente você conhece quem tenha “sua filosofia”, sendo executivo, cozinheiro, professor ou engenheiro. Lembro, por exemplo, de dois geógrafos que criaram filosofias: Friedrich Ratzel e Vidal de La Blache. O primeiro afirmava que “O homem é produto do meio”, e sua filosofia recebeu o nome de “determinista”. O segundo dizia “O meio é produto do homem”, e assim criou o “possibilismo”. Aparentemente opostas, as duas visões são complementares, pois somos, sim, influenciados pelo ambiente em que estamos, mas também temos o poder de influenciar o mesmo ambiente. Essa percepção pode fazer uma imensa diferença.

Quando VOCÊ S/A publica as conclusões da pesquisa das 150 Melhores para Trabalhar, algo salta aos olhos: as que oferecem melhores condições e ambiente de trabalho são mais rentáveis. Ratzel diria que não há novidade nisso, pois, afinal, o homem é resultado do meio, e a qualidade de seu trabalho é conseqüência da cultura, do clima, das causas e das ferramentas disponíveis. O geógrafo alemão dando pitacos no RH, veja só.

Mas, analisando o mundo corporativo, percebemos que a empresa é responsável pelo ambiente de trabalho, mas só por uma parte, a outra é coisa de cada um. Certamente você conhece gente que passa a vida descontente no trabalho, cultivando a posição passiva de esperar que sua capacitação, sua promoção e sua qualidade de vida sejam providenciadas pela empresa. Esses são os deterministas.

Já os possibilistas fazem sua parte, dão sua contribuição na criação de um bom ambiente de trabalho, aceitam e oferecem feedback com sinceridade, sentem-se parte da tripulação e não passageiros temporários., Cuidam de seu autodesenvolvimento, organizam-se, planejam seu futuro, não desprezam a saúde e a vida pessoal, e jamais se omitem diante das dificuldades. Ponto para os possibilistas. A filosofia do francês La Blache pode explicar muitas carreiras bem- sucedidas.

Para terminar, outro lado: as empresas consideradas as melhores para trabalhar atraem e abrem as portas exatamente para aqueles que estão dispostos a colaborar para torná-las ainda melhores e maiores. Essa é a lógica que sustenta o processo que garante o progresso.

Eugênio Mussak, professor do MBA da FIA e consultor da Sapiens e Sapiens.

Reflexão do Blogueiro

Esse assunto é realmente muito interessante. Nós somos deterministas ou possibilistas? Nosso comportamento é de uma pessoa que influencia ou se deixa influenciar? Ambos os pensadores que desenvolveram essas teorias, Friedrich Ratzel e Vidal de La Blache, respectivamente, viveram entre o final do século 19 e início do século 20. Contudo, estas questões já foram examinadas há muito mais tempo, mais precisamente, em meados do século 13, por meio do Budismo Nitiren.

O princípio que examina essa questão sob os olhos do budismo é chamado de “Esho-Funi”, que significa “Inseparabilidade de Pessoa e Ambiente”. O bacana é que o possibilismo de Blache se parece muito com o princípio exposto no budismo. Ouso até dizer que o francês deve der bebido nessa fonte para desenvolver a sua teoria.

Em linhas gerais, o princípio de Esho-Funi elucida que a pessoa e seu ambiente são dois fenômenos independentes, porém unos em sua existência fundamental. Em outras palavras, a pessoa e seu ambiente formam uma vida única e completa, sendo que nenhuma pode existir separada da outra.

É como se o ambiente fosse o corpo e a pessoa a sombra. Sem o corpo não pode haver a sombra. Ou seja, sem a vida o corpo não pode existir, embora a vida seja sustentada pelo ambiente. Isso é fascinante! Pois deixa claro que, embora possamos ser influenciados pelo ambiente (determinismo), também podemos – ao transformar a nossa vida e promover a nossa Revolução Humana – influenciar positivamente o ambiente (possibilismo).

É importante conscientizarmo-nos de que a mudança das condições que nos rodeiam passa obrigatoriamente pela nossa própria transformação. Conforme o exemplo citado, querer transformar o ambiente sem a mudança de si próprio é tão absurdo quanto à tentativa de endireitar uma sombra sem mexer o corpo.

Enfim, podemos compreender o fato inegável de que a pessoa e seu ambiente são inseparáveis. Contudo, o princípio de Esho-Funi não se restringe apenas a uma simples explicação da relação inseparável entre os dois, mas vai muito além, elucidando de que forma a vida se manifesta no ambiente, dando suas características peculiares.

Digno de nota também é lembrar que o presidente fundador da Soka Gakkai (em 1930), o educador Tsunessaburo Makiguti, foi também o precursor da geografia, demonstrando (tal como Le Blache) a simbiose entre o ser humano e seu meio ambiente por meio de sua obra a “Geografia da Vida Humana”.

Para encerrar, compartilho um trecho de um artigo do meu Mestre, o presidente da SGI (Soka Gakkai Internacional), Daisaku Ikeda, publicado na revista mensal Daibyakurengue, de setembro desse ano:

“As pessoas que fundamentam sua vida numa filosofia positiva e benéfica são fortes. Por outro lado, aqueles que vivem sem nenhuma filosofia assim, embora aparentemente desfrutem total liberdade, na verdade, navegam nas ondas da vida sem rumo certo. Por mais poder ou fama que possuam, isso tudo de nada adiantará quando enfrentarem as ondas furiosas da condição humana – descritas no budismo como os quatro sofrimentos: nascimento, envelhecimento, doença e morte.”

Eu sou um possibilista! E pratico uma filosofia de vida maravilhosa!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Arte pela Paz contagia Zona Leste


A convite do Centro Educacional Unificado (CEU) Aricanduva, a arte, a dança, a música e as artes cênicas invadiram o palco da instituição no dia 5. É o projeto Arte pela Paz, da Coordenadoria Cultural da BSGI que integra as atividades culturais e humanistas da BSGI à sociedade.

Fonte: Jornal Brasil Seikyo - Edição n. 2052

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Poeta do povo e da esperança


Fonte: Jornal Brasil Seikyo - 11 DE SETEMBRO DE 2010 — EDIÇÃO Nº 2051

Presidente da SGI é primeiro cidadão nomeado Poeta da Paz Mundial


O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, é o maior poeta vivo do mundo. Quem atesta é a Sociedade Intercontinental de Poesia Mundial (WPSI).

Numa cerimônia de nove horas de duração, 61 poetas desta Sociedade, com sede na Índia e presente em 50 países, subiram ao palco da instituição, dia 7 de agosto, e saudaram poeticamente, um a um, os motivos de estarem nomeando o presidente Ikeda como Poeta da Paz Mundial.

O presidente da SGI é o primeiro a receber essa honraria. O presidente da WPSI, A. Padmanaban, enalteceu que "o Dr. Ikeda é o único que vem concretizando a paz transcendendo a política. Alexandre, o Grande, dominou territórios de boa parte do mundo. Mas o Dr. Ikeda conquistou algo maior, conquistou o coração das pessoas dos povos do mundo!"

O presidente Ikeda agradeceu, em mensagem: "A grande missão de um poeta e ativista defensor da dignidade da vida com base no Budismo é a extinção total das guerras."

Além disso, o presidente Ikeda foi o primeiro japonês a receber o título de Poeta Laureado da Academia Mundial de Poetas (1981), Poeta Laureado do Mundo (1995) e Poeta dos Povos do Mundo (2007).