sexta-feira, 19 de junho de 2009

DIA DO ORGULHO AUTISTA DETECTOU A NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PESSOAS COM AUTISMO


Fonte: Gabinete Vereador Penna

No debate “Dia do Orgulho Autista”, realizado na Câmara Municipal de São Paulo, em 18 de junho, por iniciativa do vereador Penna (PV), familiares, médicos e sociedade civil cobraram a criação de políticas públicas para as pessoas com autismo. Representantes da Associação de Amigos do Autista (AMA), da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida e o vereador Penna participaram das discussões.

“Temos que trabalhar com este grupo de pessoas que não tem ajuda do governo, uma vez que o autismo não é considerado deficiência. Além disso, os professores das escolas públicas e a sociedade em geral não sabem como lidar com estas pessoas. A realização deste evento aqui na Câmara Municipal é uma forma de divulgar informações e recuperar este espaço público da cidade”, disse Penna, que também é o líder da bancada do PV na Câmara.

Marli Marques, coordenadora da AMA, fez uma breve apresentação da instituição, criada há 26 anos por pais que não encontravam atendimento adequado para seus filhos portadores de autismo. “Tenho uma filha com autismo e ajudei a difundir o formato educacional que conseguimos implantar na AMA. Estou muito feliz de estar pela primeira vez aqui na Câmara Municipal de São Paulo falando sobre autismo”.

A psiquiatra da AMA, Rosa Magaly Morais, apresentou um vídeo com a história de duas mães e seus filhos com autismo, que ilustrou bem a dificuldade de integração tanto com a família quanto com a sociedade. “Uma em cada mil crianças é portadora de autismo, que é o terceiro distúrbio psiquiátrico mais comum. Suas causas são biológicas e não há tratamento com remédios. Autismo não tem cura, mas pode ser controlado. E para isso é necessário um trabalho individualizado e intensivo”, disse Rosa.

O método de trabalho mais utilizado com pessoas com autismo é o TEACHH – Tratamento e educação para crianças com autismo e com distúrbios correlatos da comunicação – que se baseia na organização do ambiente físico com rotinas e sistemas de trabalho para facilitar a vida da criança.

Outra possibilidade de tratamento é a equoterapia (terapia com cavalo), que está sendo estudada pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED). “Estamos desenvolvendo um projeto na Secretaria para levar este tratamento gratuitamente para a população. O trabalho com cavalos ajuda bastante tanto na movimentação do corpo, quanto no equilíbrio, na percepção das coisas, além de ajudar a pessoa a superar o medo e melhorar a auto-estima”, explicou a médica Márcia Montez.

Pelo projeto, a equoterapia passará a ser oferecida no Parque do Trote, na Vila Guilherme criado no local da antiga Sociedade Paulista do Trote, e que já é um parque adaptado às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

“A intenção da SMPED é identificar os meios de minimizar as dificuldades dos munícipes de São Paulo e criar políticas públicas para viabilizar isso. Nossa intenção é criar uma cidade mais feliz, mais plena para atender as necessidades das pessoas com dificuldades, como os portadores de deficiência, de autismo e também os idosos, que com o passar dos anos também necessitam de cuidados especiais”, explicou Luiz Carlos Bosio, chefe de gabinete da SMPED, que representou o secretário Marcos Belizário no evento.

Outra preocupação levantada no debate é: quem vai cuidar das pessoas com autismo quando os pais e os familiares faltarem? E quando ficarem idosos? Por isso a criação de políticas públicas é essencial para que se garanta a sobrevivência dessa parcela da população. “Que esta semente que foi lançada aqui neste debate possa prosperar”, finalizou Cristiane Eugênio, presidente da AMA.


Para mais informações acesse:
http://www.vereadorpenna.com.br/
http://www.ama.org.br/
www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia

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