terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Campanha "Natal com Respeito e Cidadania"

Fonte: SMPED

No dia 23, das 16h às 20h, nove shopping centers da capital distribuirão material educativo, com formato semelhante ao de uma multa, para ser colocado no pára-brisa de carros flagrados desrespeitando as vagas de estacionamento reservadas para pessoas com deficiência.

Participam da campanha os shoppings:
Butantã, Center Norte, Mega Pólo Moda, Nações Unidas, Pátio Higienópolis, Raposo Tavares, SP Market, Villa-Lobos e West Plaza.

Segundo o secretário municipal da Pessoa com Deficiência, a campanha é apropriada para esta época do ano, já que o respeito ao próximo também faz parte do chamado espírito de Natal. “Por isso, a correria típica das compras natalinas não pode servir de desculpa para que as pessoas não cumpram com requisitos básicos de educação e cidadania”.

A iniciativa faz parte do acordo firmado entre a Prefeitura de São Paulo, o Ministério Público Estadual (MPE) e diversos shopping centers da Capital que assinaram, em setembro deste ano, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), comprometendo-se a fiscalizar o uso das vagas.

Vistorias

Além de fiscalizar os estabelecimentos e orientar a população por meio de campanhas educativas, a SMPED oferece o curso “Sem Barreiras no Atendimento” para os funcionários dos shoppings que aderiram ao TAC e já iniciou um cronograma de visitas aos estabelecimentos comerciais que não assinaram o termo.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Campanha Trânsito Mais Gentil

Como esse espaço não é "pautado" por um único tipo de assunto, embora as questões relacionadas à causa da pessoa com deficiência e a cultura humanística tenham um maior espaço, achei muito bacana o vídeo da campanha "Trânsito mais Gentil", da Porto Seguro. Quem me conhece sabe o quanto me incomoda aquelas pessoas que dirigem de maneira desrespeitosa, irresponsável e até mesmo agressiva!
Uma das primeiras lições de volante que tive com o meu pai foi: Você dirige para os outros, não para você! Ah como será legal quando os pseudo-motoristas se conscientizarem que não estão sozinhos!

Prefeitura e INSS criam Turma Piloto de Capacitação Profissional de Reabilitandos

Texto que escrevi para SMPED:

A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipais da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e do Trabalho (SMTRAB) estabeleceu uma parceria com o setor de Reabilitação Profissional da Gerência Executiva São Paulo Centro da Previdência Social, com o objetivo de ampliar a inserção profissional de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida no mercado de trabalho. Uma turma piloto com 40 pessoas em processo de reabilitação profissional - por motivo de afastamentos decorrentes de acidentes de trabalho e auxílio doença -, foi criada em novembro deste ano.

Por meio de um Curso de Capacitação Profissional, esses reabilitandos recebem aulas de Gestão Comportamental (carga horária de 24 horas), Informática (60 horas) e Marketing Profissional (60 horas), de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, no Centro Universitário Sant’Anna – UniSant’Anna. As aulas são ministradas por profissionais contratados pela SMPED. O foco principal do curso é identificar as implicações para a contração de pessoas com deficiência e reabilitandos nas empresas. Outro aspecto fundamental desse novo formato é incentivar e conscientizar esse público sobre a importância de retomar suas atividades profissionais.

Rosana Aparecida Valle, FCT (Função Comissionada Técnica) de Reabilitação Profissional da Gerência Executiva São Paulo Centro (GEX SP Centro), fala dos desafios deste projeto. “A Reabilitação Profissional é um dos Serviços da Previdência Social, que tem o objetivo de oferecer os meios de reeducação ou readaptação profissional para o retorno dos segurados ao mercado de trabalho. Existem vários desafios dentro deste contexto. Mas, na minha opinião, o maior deles ocorre logo após à recusa das empresas às propostas de readaptação encaminhadas pelas Orientadoras Profissionais do INSS”. Ainda assim, segundo Rosana, o retorno dos segurados com relação a esse curso é muito positivo. “Já estamos conseguindo apurar através do feedback dos segurados, os resultados positivos desta importante parceria com a SMPED, SMTRAB e a UniSant’Anna. O Programa de Reabilitação Profissional GEX SP Centro, aliado aos cursos ministrados pelos profissionais contratados pela SMPED e o ambiente físico proporcionado pela UniSant' Anna, só ratificam o compromisso comum de atendermos da melhor forma o cidadão, comemora.

Jocélio Fernandes Dantas, 32 anos, morador de Vila Prudente, Zona Leste da Capital é um dos participantes do curso. Devido ao peso excessivo das caixas que carregava diariamente em seu trabalho como encarregado de produção, adquiriu sérios problemas ao longo de toda a coluna vertebral. Ele foi submetido a uma cirurgia em fevereiro de 2007, pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e desde então está afastado do trabalho. A empresa que Jocélio trabalhou por mais de seis anos alega que não têm mais interesse em ficar com o funcionário. Fernandes não consegue ficar em pé por mais de cinco minutos devido as fortes e implacáveis dores na coluna e no quadril. Ele também não consegue ficar sentado por muito tempo, pois os pinos e hastes colocados entre a chamada L5 (5ª e última vértebra da região lombar) e o sacro (região entre as vértebras lombares e o cóccix) são extremamente desconfortáveis. “Aqui no curso somos tratados com dignidade. Eles nos incentivam a buscar um recomeço. Quero mostrar que ainda tenho forças”, brada Jocélio.

Já Claudianor Paulo Filho, 35 anos, casado, morador da Mooca, zona leste da capital, trabalhava na área da Construção Civil. Estava muito bem empregado quando sofreu um acidente em dezembro de 2006. Ele contou que ao sair do trabalho, dirigiu-se para o ponto de ônibus próximo ao Aeroporto de Congonhas. Surpreendentemente, um carro desgovernado subiu na calçada e pegou-o em cheio. Claudianor foi levado para o Hospital São Paulo e teve a perna direita amputada. Após o período de recuperação a empresa encaminhou-o para reabilitação na AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente), arcando com todas as despesas. “Já conversei com os meus superiores e após esse curso volto a trabalhar numa outra área. A empresa está oferecendo todo o suporte desde que sofri o acidente. O pessoal do curso é muito compreensivo e atencioso”. Filho comentou ainda sobre os vários exemplos de pessoas que palestraram no primeiro módulo do curso (Gestão Comportamental). Para ele, compartilhar essas experiências é fundamental para que todos os reabilitandos percebam que tem potencial para superar suas dificuldades.

De acordo com dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho de 2007, foram registrados 653.090 acidentes de trabalho que geraram 2.804 óbitos; 8.504 Incapacidades permanentes parciais ou totais e 281.696 incapacidades temporárias de mais de quinze dias. Diante deste cenário, a Prefeitura de São Paulo, pretende acompanhar permanentemente os segurados do Curso de Capacitação Profissional de Reabilitandos do INSS, verificando o processo de encaminhamento ao mercado de trabalho, bem como a qualidade da inclusão desses profissionais nas empresas.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Livro: "Meu manifesto pela Terra" - Mikhail Gorbachev


Resenha:
Como reverter a globalização em favor da humanidade? É esta pergunta difícil que Mikhail Gorbachev se propõe a responder em ' Meu Manifesto pela Terra'. Evocando sua infância no Cáucaso, retraça sua trajetória pessoal, o impacto de Tchernobil e sua tomada de consciência ecológica, que o levou a criar a associação Cruz Verde.

Nota:
Vale ressaltar que na segunda parte do livro, Gorbachev fala de sua amizade com o Dr.Daisaku Ikeda, presidente da Soka Gakkai Internacional. Que orgulho!!!

Livro: "Astronomia & Budismo – Uma jornada rumo ao distante Universo"


Resenha / Fonte:

Este livro, Astronomia e Budismo, nos fornece uma visão abrangente do Universo, dos planetas e das estrelas auxiliando-nos a entender que a Terra faz parte desse imenso sistema galáctico.

Mourão e Ikeda, um astrônomo e outro budista, apresentam visões diferentes e, ao mesmo tempo, convergentes do papel dos seres humanos no futuro da Terra, tendo, ambos a preocupação pelo futuro da humanidade. Apostam nos jovens como agentes modificadores do rumo da humanidade e na apreciação do Universo como um dos fatores para a mudança do pensar humano.

Apesar do enfoque do diálogo ser astronomia e budismo, ele transita pela economia, política, ética, humanidade, família, futuro e esperança.

Segundo Arno Wehling, presidente do Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, o peso intelectual de Mourão e Ikeda dá à troca de ideias e experiências um valor único, justamente por serem representantes de duas tradições culturais, uma judaico-cristã e outra japonesa, e de suas tradições intelectuais, a da ciência ocidental e a do budismo.

Mourão: Graças ao mestre Daisaku Ikeda e a SGI e seus associados reafirmei minha crença no poderoso e positivo valor existente no coração de cada indivíduo. Revivi a preciosidade e o extraordinário amor de vida humana e o espetacular potencial que temos dentro de nós para a criação e a recriação do bem. E cito aqui o forte e decisivo refrão de Daisaku Ikeda ‘A mudança de uma única pessoa irá mudar o destino de sua família, de sua sociedade e de toda a humanidade’. Aguardei ansiosamente, mas muito ansiosamente, o lançamento deste livro. Ele é um dos principais tesouros de minha vida. Espero que sirva de estímulo criativo para muitas pessoas.

Ikeda: ‘O coração humano é tão grandioso quanto a imensidão do Universo!’ — esta pode ser considerada como uma das conclusões deste livro. Os homens do passado, desafiando ondas bravias, partiram para as grandes navegações contemplando a Estrela Polar ou o Cruzeiro do Sul como pontos de referências para se orientarem pelo mar. Da mesma forma, esperamos que este diálogo possa servir também como uma estrela de referência para as pessoas que singram rumo à construção de um mundo melhor. Por fim, juntamente com o Dr. Mourão, quero dedicar aos jovens que vão conduzir o futuro os versos do poeta alemão Schiller cujo nome figura em um dos asteroides:

Tal como os sóis bailam pela imensidão do espaço celestial,
Que meus irmãos avancem alegremente
E visem à triunfante vitória como dignos heróis.
(Daisaku Ikeda)

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Passeata Movimento SuperAção no Centro de São Paulo


Passeata do MovimentoSuperAção encerra Semana Internacional da Pessoa com Deficiência

O Movimento SuperAção, com apoio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e da Andefac (Associação Nacional de Defesa de Famílias Carentes), realiza neste sábado, 5 de dezembro, a 6ª edição da “Passeata da Superação: incluindo diferenças, em defesa dos direitos humanos”.

"Blitz da Acessibilidade" no Pão de Açucar do Tatuapé


(Secretário Marcos Belizário (D), conversa com Milene Brandão, Gerente Geral do Pão de Açucar da Rua Serra de Bragança)

Acessibilidade e Inclusão são temas que não devem ser encarados como "especiais". Eles fazem parte do dia-a-dia de todos nós, mesmo que não saibamos ou entendamos. A frase é velha e tem sido usada de maneira leviana por muita gente, mas ainda cabe: "A maior barreira encontrada pelas pessoas com deficiência na sociedade não é a barreira física, mas sim a atitudinal (do comportamento das pessoas).

Na manhã dessa sexta-feira (04/11), nós da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência visitamos o Pão de Açucar da Rua Serra de Bragança, no Tatuapé. A "Blitz da Acessibilidade" foi motivada por uma denúncia de um morador do bairro que reclamou da falta de respeito dos frequentadores do estabelecimento com relação às vagas de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Central de Libras (CELIG) começa a funcionar nas Subprefeituras da Sé, Mooca e Lapa



Central de Libras começa a funcionar na Subprefeitura da Sé:

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Central de Libras vai facilitar acesso de pessoas com deficiência a Serviços Públicos

Fonte: Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED)

Na Semana Internacional da Pessoa com Deficiência, sistema inédito no país coloca a tecnologia a serviço da comunidade surda.
Central funcionará de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h.


A partir do dia 1º de dezembro, a comunidade surda terá mais facilidade para obter informações sobre os serviços oferecidos pela Prefeitura de São Paulo. Nessa data, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida coloca em operação o projeto piloto da CELIG – Central de Libras, Intérpretes e Guias-Intérpretes.

A Central vai utilizar terminais de computador e webcam instalados em diferentes pontos do serviço público municipal para que o cidadão surdo possa conversar à distância, pelo monitor, com intérpretes da Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Os intérpretes podem transmitir todas as informações hoje só disponíveis ao público ouvinte pelo telefone 156. Tal intermediação também vai facilitar o contato com o atendente presente no local.

No projeto piloto – com duração 6 meses – haverá terminais nas Praças de Atendimento das subprefeituras da Sé, Mooca e Lapa. Ainda não será possível acessar o serviço a partir das residências.

Expansão

Em meados de 2010, a CELIG chegará a todas as 31 subprefeituras e, gradualmente, a outras unidades do serviço público municipal, com prioridade para hospitais e outras unidades da rede de saúde.

No futuro, também será possível agendar um guia-intérprete para acompanhar surdo-cegos no atendimento em órgãos públicos municipais.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Praça Benedito Calixto recebe a 1ª Feira Cultural Inclusiva

Fonte: SMPED

FEIRA CULTURAL PROMOVE A INCLUSÃO

A Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e a Subprefeitura de Pinheiros promovem, dia 29 de novembro (domingo), das 10h às 17h, na Praça Benedito Calixto (Pinheiros), a 1ª Feira Cultural Inclusiva.

O evento celebra a Semana Internacional da Pessoa com Deficiência e busca promover a inclusão, a auto-estima, a cidadania e o combate ao preconceito.

A festa terá atrações artístico-culturais, área de alimentação e uma exposição/feira de artesanato e instituições do segmento, englobando todos os tipos de deficiência.

O público que comparecer ao evento poderá também conhecer ou tirar dúvidas sobre os serviços públicos voltados à pessoa com deficiência na cidade, como bilhete especial para transporte, autorizações para estacionamento em vagas reservadas, núcleos de reabilitação, táxis adaptados, programas para inserção no mercado de trabalho, entre outros.

Haverá transporte adaptado gratuito até o local do evento pelo serviço Atende, no período das 9h às 17h, com saída e chegada na estação Barra Funda do Metrô.

Arte e inclusão
O show trará espetáculos inclusivos, como contação de histórias e apresentações de música e teatro com tradução para a Língua Brasileira de Sinais (Libras) e com audiodescrição, balé adaptado e oficinas de arte e recreação. Entre as atrações confirmadas está o clown Marcos Casuo, conhecido internacionalmente por ter integrado a trupe do Cirque Du Soleil.

SMPED

Criada em 2005, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) foi uma iniciativa pioneira no Brasil e atua como ferramenta facilitadora para que o poder público e os vários setores da sociedade desenvolvam projetos que propiciem a interação da diversidade humana, com objetivo de melhorar a qualidade de vida da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzida.


Programação

Palco Inclusivo


10h – Duo Simpatia (música)
10h30 – Dança Inclusiva
11h – Sorri Brasil (teatro de bonecos)
11h30 – Contadores de Histórias (com tradução para LIBRAS)
12h30 - Peter Pan e Pinóquio Salvando a Natureza (teatro)
13h – Abertura Oficial e Hino Nacional (com tradução para LIBRAS)
13h30 – Clown Marcos Casuo (humor)
14h30 – Giovanna Maira (música)
15h – Trupe do Trapo (teatro inclusivo)
16h – Universo Casuo (espetáculo circense, com humor e música)

Outras atrações (tendas)

• Oficinas Culturais (adultos e crianças)
• Capoeira inclusiva


O evento conta com apoio da São Paulo Turismo e do Centro Cultural São Paulo.

Secretaria da Pessoa com Deficiência inicia série de vistorias em shopping centers da capital


Texto Lincoln Tavares / SMPED.

Principal objetivo é verificar se os estabelecimentos estão cumprindo a lei que determina a reserva de 3% de vagas de estacionamento para as pessoas com deficiência

Foto: Secretário Marcos Belizário (e) e Marcelo Bueno (Gerente de Operações do Shopping Anália Franco)

Dando continuidade ao acordo firmado com o Ministério Público Estadual (MPE) e diversos shopping centers da cidade para fiscalização das vagas de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) visitou na tarde desta quarta-feira (25) o Shopping Anália Franco, na zona leste da Capital.

Acompanhado por engenheiros e arquitetos da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA) e agentes vistores da Subprefeitura do Aricanduva, o secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Marcos Belizário verificou questões como: quantidade de vagas de estacionamento reservadas às pessoas com deficiência, sinalização e dimensionamento destas vagas, acessibilidade arquitetônica (rampas de acesso, banheiros, bebedouros), sinalização vertical e horizontal (piso tátil e placas em braile), elevadores etc.

Com as informações obtidas nesta visita, os agentes vistores da Subprefeitura de Aricanduva, em conjunto com os técnicos da CPA, vão elaborar um relatório detalhado com todas as alterações necessárias para o cumprimento das normas de acessibilidade. Esse relatório será entregue nos próximos dias e o shopping deverá promover as adequações imediatamente, sob pena de multa, a ser aplicada pela Subprefeitura da região.

Até o momento, 16 shoppings da capital já assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o MPE e a SMPED, assumindo o compromisso de fiscalizar o uso das vagas reservadas para pessoas com deficiência e mobilidade reduzida. Outros 14 estabelecimentos não aceitaram o acordo, serão acionadas pelo MPE e poderão receber sanções mais pesadas. Aproximadamente vinte shoppings ainda negociam a adesão ao TAC.

Os signatários que descumprirem o TAC estão sujeitos a multa diária de 500 cestas básicas por autuação. A fiscalização é responsabilidade do Ministério Público do Estado de São Paulo e da própria população, que pode encaminhar denúncias para a Promotoria de Justiça de Direitos Humanos – Área de Pessoas com Deficiência, localizada à Rua Riachuelo, nº 115 – tel. 3119-9054.

Pelo acordo, 50% dessas vagas devem ser cercadas e funcionários devem estar disponíveis para prestar informações sobre localização e liberar essas vagas em, no máximo, 15 minutos. Outra alternativa prevista é a concentração dessas vagas no estacionamento VIP, pelo mesmo preço de uma vaga comum. Além disso, cada shopping desenvolverá, por diversos meios, campanhas educativas junto aos clientes.

Segundo a lei municipal 11.228/92 (Código de Obras e Edificações - COE), 3% das vagas de estacionamentos com capacidade acima de dez veículos devem ser reservadas para veículos que transportem pessoas com deficiência – independentemente dos 5% reservados a idosos pela lei 10.741/2003 (Estatuto do Idoso) – e obedecer a normas de localização e dimensões previstas na NBR 9050/2004 ou no próprio COE. Entretanto, a legislação também determina que as áreas de estacionamento privadas não podem sofrer fiscalização pelas autoridades de trânsito.

Lista de shoppings que assinaram o TAC até o momento:
- Brascan Century Plaza;
- Shopping Pátio Higienópolis;
- Shopping Pátio Paulista;
- Shopping Raposo;
- West Plaza Shopping;
- Shopping Butantã;
- Shopping Center Norte e Lar Center;
- Shopping D&D;
- Shopping Center Fiesta;
- SP Market;
- Shopping Ibirapuera;
- Shopping Light;
- Shopping Mega Polo Moda;
- Shopping Nações Unidas;
- Shopping Vila Lobos
- Shopping Pirituba;
- Shopping Bourbon.

Lista dos Shoppings que serão acionados judicialmente:
- Shopping Anália Franco
- Shopping Aricanduva
- Shopping Central Plaza
- Shopping Continental
- Shopping D
- Shopping Eldorado
- Shopping Frei Caneca
- Shopping Iguatemi
- Shopping Interlagos
- Shopping Jardim Sul
- Shopping Market Place
- Shopping Santa Cruz
- Shopping Metrô Tatuapé
- Shopping Morumbi

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

A cidade é bem mais deficiente que as pessoas!

Todos temos "necessidades especiais", mas quem é deficiente: a cidade ou as pessoas? Propaganda da França, fantástica!!!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Secretário Marcos Belizário propõe utilização do IPTU para reforma das calçadas

Uma proposta apresentada na Câmara de São Paulo prevê uma reforma geral nos 30 mil km de calçadas da capital. O custo seria bancado pelo dono de cada imóvel. Segundo o secretário municipal da Pessoa com Deficiência, Marcos Belizário, uma contribuição para a reforma das calçadas é necessária e seria administrada pela Prefeitura. A proposta deve ser enviada ao prefeito Gilberto Kassab até o fim deste mês.

sábado, 7 de novembro de 2009

Impostos e publicidade podem financiar acessibilidade de calçadas

Fonte: Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED

Utilizar receitas da contribuição sobre combustíveis, do aluguel de espaços publicitários em mobiliários urbanos e do IPTU para tornar as calçadas de São Paulo mais acessíveis. Estas foram propostas apresentadas no seminário “Passeios Públicos e Mobiliário Urbano na Cidade de São Paulo”, promovido dia 22 de setembro pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED).

Destinar 1% da receita da CIDE, durante três anos, para financiar ações de acessibilidade nos municípios foi a proposta apresentada por Manuel Rossitto, coordenador do Grupo de Vias da FIESP. Outra sugestão nasceu do programa Cidade Limpa. A lei, que praticamente baniu a publicidade das fachadas comerciais da cidade, abriu exceção para a exploração de espaços no mobiliário urbano. A receita obtida com esse uso poderia ser utilizada em projetos de readequação do próprio mobiliário.

O secretário da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida defendeu o modelo de contribuição de melhorias para ampliar e financiar as ações de adequação e padronização das calçadas. Por este mecanismo, a Prefeitura poderia construir ou reformar as calçadas mais problemáticas e o custo seria incorporado ao IPTU dos moradores beneficiados.

“Com base nas conclusões deste encontro, vamos formular uma proposta que será levada ao prefeito e debatida com a sociedade. Este é um tema que interessa a todos e não só às pessoas com deficiência. A calçada deve ser vista como um espaço privilegiado do pedestre”, conclui a arquiteta e presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), Silvana Cambiaghi, organizadora do seminário.

Uma homenagem a um doutor em paz e filosofia

Daisaku Ikeda, presidente da SGI recebe título honorário da Universidade da Indonésia
A Universidade da Indonésia, uma das mais conceituadas e tradicionais universidades do Sudeste Asiático, concedeu um título de Doutor Honorário em Filosofia e Paz para o presidente da SGI, Daisaku Ikeda.
A solenidade de entrega da homenagem ocorreu na tarde do dia 10 de outubro no Auditório Memorial da Universidade Soka, localizada em Hatioji, cercanias de Tóquio, e foi a primeira cerimônia de concessão realizada no exterior por essa universidade.
A homenagem reconhece os contínuos esforços do líder da SGI na promoção da paz, da cultura e do diálogo, estreitando assim os laços de amizade entre as nações.
Uma comitiva especial da universidade, liderada pelo seu presidente, professor doutor Gumilar Rusliwa Somantri, viajou especialmente ao Japão para a concessão do título.
O embaixador indonésio no Japão, Jusuf Anwar, e outros representantes da embaixada também estiveram presentes na ocasião junto com várias autoridades que prestigiaram a homenagem entregue ao presidente da SGI. Esse é o 263o título oferecido por instituições de ensino de todo o mundo.
A Universidade da Indonésia foi fundada em 1849. Ela possui hoje convênios com diversas outras universidades e já formou mais de 400 mil estudantes. Além disso, ela é hoje considerada uma instituição moderna, abrangente, humanista e multicultural, possuindo renome no campo das pesquisas científicas realizadas em parceria com diversos centros acadêmicos por meio de programas de intercâmbio.

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fé - A mais espetacular experiência humana

Por Luiz Vieira
(Extraido do Jornal Brasil Seikyo, Edição 2008 / Caderno da Comunidade)

Fé sem a compaixão é simples teoria, abstração, algo desprezível, sem valor. É crença estática, parada, sem ação. Por outro lado, a compaixão sem a fé não é compaixão. É domínio de uma pessoa sobre a outra. É exploração, autoritarismo, “fascismo com sorriso”.

Fé é um mergulho do ser humano na realidade. É a mais significativa e radical experiência do ser humano.

É o encontro do homem ou da mulher, de qualquer idade, cor, nação, credo ou religião, com a totalidade do Universo, no mais profundo do seu próprio ser. “O Buda está no coração”, afirma Nitiren. Ter fé é “experienciar” o sentido último da vida na própria história, pessoal e coletiva. Segundo o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, “fé significa conhecer a si próprio. Quem sou eu? O que é a vida?”. Tal experiência, em que se reconhece o fenômeno da fé, somente é possível por meio da compaixão.

Fé e compaixão se articulam, se entrelaçam num movimento permanente em que, pela compaixão descobre-se a fé e esta fecunda a própria compaixão. Eis porque viver a cada momento do dia ou da noite concentrado em propagar a Lei é, para nós budistas do Sutra de Lótus, a condição sine qua non, para nos declararmos discípulos genuínos de Nitiren. A fé sem a compaixão é simples teoria, abstração, algo desprezível, sem valor. É crença estática, parada, sem ação. Por outro lado, a compaixão sem a fé não é compaixão. É domínio de uma pessoa sobre a outra. É exploração, autoritarismo, “fascismo com sorriso”.

Não existe tribo, sociedade, cultura ou civilização onde não se tenha constatado o fenômeno da fé. Todo ser humano nasce carregando em si um desejo de alcançar o infinito. De abrir-se para o outro, para o mundo, para a totalidade, para o ilimitado. Assim, a fé é um fenômeno distinto da religião e anterior a ela. A fé nasce com a humanidade, em cada ser humano, como resposta ao desejo infinito de preencher o vazio de si mesmo, abrindo-se à realidade cósmica total que não está fora, mas no seu próprio interior.

O ser humano sempre esbarra nas coisas finitas, nas limitações que lhe são impostas pelo próprio ego construído sobre a base movediça do que Daishonin chamou de três venenos: a avareza, a ira e a estupidez. Nesse esforço incansável e, aparentemente inútil, de atender aos apelos do consumo, do prazer e de acumular bens, o ser humano é atirado às frustrações, às angústias, à ansiedade, aos erros nas escolhas, aos fracassos, ao sofrimento total.

A fé, então, surge como um horizonte de compreensão, de encontro, de entrada, de mergulho na realidade, sua fonte originária e, ao mesmo tempo, de possibilidade de transformação.

Superstição

Superstição é crendice. É distorção da fé. É ignorância religiosa. Em qualquer parte do mundo, existem várias superstições. Não há cultura ou civilização onde não existam superstições. Mas pessoas não precisam se sustentar nelas.

As superstições são práticas culturais em que estão envolvidos muitos comportamentos humanos complexos. Em qualquer parte do mundo, existem superstições. Não há cultura ou civilização onde não existam crendices. As religiões contribuem, de forma determinante, para o surgimento das superstições e das crendices. Toda religião, sem exceção, é sincrética. E é exatamente, nesse processo permanente de sincretização da religião, que se amplia o universo das superstições.

Qualquer tipo de superstição ou crendice atrapalha, significativamente, a vivência da genuína fé. As superstições contribuem para a estagnação espiritual das pessoas. Fé exige conversão diária. Mudança de comportamento e de hábitos. É inútil a fé sem transformação, sem desconstrução do ego, por meio da despoluição da mente contaminada pelo ódio, pela raiva, inveja, pensamentos negativos etc.

As pessoas supersticiosas não lutam para transformarem-se. Permanecem na ilusão, na ignorância, praticando a religião como um processo mágico, milagroso, ao sabor das circunstâncias.

Acham que, num passe de mágica, conseguem o que precisam, mudam as circunstâncias, sem precisar mudar a si mesmas. Enganando a si e aos outros. Viver com base em superstições é mais fácil. Isso porque forças do além resolvem tudo. Mas, não transformam, não contribuem para a revolução humana necessária e imprescindível para a construção de um viver digno, como ser humano.

Acham que, num passe de mágica, conseguem o que precisam, mudam as circunstâncias, sem precisar mudar a si mesmas. Enganando a si e aos outros. Viver com base em superstições é mais fácil. Isso porque forças do além resolvem tudo. Mas, não transformam, não contribuem para a revolução humana necessária e imprescindível para a construção de um viver digno, como ser humano.

O budismo, como todas as outras, é uma religião sincrética. Alguns membros vão acrescentando elementos de outras religiões, sem qualquer interação entre eles, baseados apenas na própria experiência de crentes, possuidores de uma religiosidade difusa e indefinida, sem identidade. (...)

Luiz Vieira Marques, 66, é teólogo, sociólogo, advogado e procurador geral da Câmara Municipal de Timóteo, Minas Gerais. Integrante da BSGI há 20 anos, Vieira atua como vice-responsável da RM Vale do Aço e vice-coordenador do Núcleo de Estudos da Religião da BSGI. Mineiro, cresceu ouvindo histórias e vivendo no ambiente religioso do interior de Minas Gerais. Depois de muitas andanças, tornou-se associado da BSGI e desde então reflete e mergulha nas profundas teorias do budismo. O teólogo acredita que “fé é atitude, comportamento, postura na relação de convivência diária com as pessoas”. A pedido do Brasil Seikyo, escreveu um artigo exclusivo sobre o tema fé e superstição.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

A Organização das Nações Unidas

24 DE OUTUBRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 2008

Comemora-se neste sábado o “Dia das Nações Unidas”. A Organização das Nações Unidas à qual a Soka Gakkai Internacional (SGI) é filiada, completa os seus 64 anos desde a sua inauguração oficial em 24 de outubro de 1945. Na época, após a Segunda Guerra Mundial, esse acontecimento representou uma grande esperança para o mundo.

Apesar de longos anos já decorridos desde o seu surgimento e de ter a representação de 192 estados-membros, pouco se conhece sobre a ONU. E o “pouco que se conhece” dela, muitas vezes é pelas críticas em consequência de ações ineficazes relacionadas a diversas questões, ou ainda por conta das excessivas burocracias que a torna de certa forma ineficientes e refém de si própria. É cada vez mais frequente o clamor pela reforma total da ONU.

Coincidentemente, há 64 anos também, três meses antes da instituição da ONU, no instante da sua libertação da prisão naquele inesquecível dia 3 de julho de 1945, o presidente Toda, 2º presidente da Soka Gakkai, dava o primeiro passo para propagar a maior rede de humanismo pelo mundo. Essa rede de humanismo da SGI, também vista como a esperança da humanidade, hoje presente em 192 países e territórios, avança atualmente tendo esse glorioso dia como o ponto primordial e o eterno ponto de renovada partida.

Acreditando que a Organização das Nações Unidas pode centralizar um movimento popular de coexistência pacífica e mantendo sua firme posição de que em vez de criticar devemos trabalhar juntos, oferecendo sugestões ou propostas, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, continua, mais do que nunca, a manifestar seu apoio irrestrito, e quase que solitário, enviando propostas e mais propostas ao sistema das Nações Unidas, incluindo nelas a necessária reforma que possibilite à ONU desempenhar com eficácia e eficiência seu papel neste novo século.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um grande arquiteto da paz e do diálogo

03 DE OUTUBRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 2006 / Brasil Seikyo (Publicação Editora Brasil Seikyo)

O noticiário da segunda-feira, 28 de setembro, estampava que Oscar Niemeyer, 101 anos é o mais respeitado arquiteto brasileiro no mundo, “está lúcido e respirando normalmente”, após cirurgia para retirada da vesícula.

Mais tarde, no Rio de Janeiro, seu neto, Paul Niemeyer, ouvia uma verdadeira aula de arquitetura de Daisaku Ikeda em sua mensagem para a cerimônia de concessão do título de Arquiteto e Urbanista Honoris Causa das Faculdades Integradas Silva e Souza.

“Meu avô e Daisaku Ikeda compartilham do mesmo ideal: a arquitetura e o urbanismo focado na dignidade do ser humano.”

A reitora da faculdade, Profa Vera Lúcia Dias Oliveira, visivelmente emocionada, declarou que “a satisfação é redobrada pois agraciamos uma personalidade que vive em prol da paz e enfatiza a unicidade de mestre e discípulo”.

O primeiro título

O vice-diretor da faculdade, Prof. Délio Costa Azevedo, propositor da homenagem, denominou Ikeda como um “legítimo arquiteto e construtor da paz. Nossa faculdade tem 40 anos e esse é o primeiro título que concedemos”. A tarde completou-se com a presença de convidados do mundo acadêmico.

O Prof. Dr. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, representando o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de FIlosofia, disse ao BS (Brasil Seikyo) que “Daisaku Ikeda representa uma renovação no espírito humano em nível mundial. Pela sua carreira louvável vejo-o como um Prêmio Nobel da Paz. Meu diálogo com ele foi inesquecível. Ele tem uma profunda compreensão do cosmos e do homem.“ O diálogo entre Mourão e Daisaku Ikeda será publicado em novembro, pela EBS.

Outro eminente, o Prof. Ricardo Moderno, presidente da Academia Brasileira de Filosofia, afimou que “as atividades da Soka Gakkai e do presidente Ikeda são universais e transcendem quaisquer limites”.

O Prof. João Eduardo de Alves Pereira, chefe do gabinete da Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, fez os cumprimentos e disse: “Ikeda é um homem de sensibilidades e construtor do diálogo, é uma pessoa diferenciada neste mundo. Ele marca o século 20 e abre para o século 21 horizontes da paz e harmonia“.

O diretor-geral da SGI, Yoshitaka Oba, leu uma extensa e interessante mensagem do líder da SGI [leia abaixo alguns trechos].

“Subi o Corcovado e me deslumbrei com a bela paisagem do RJ”

Nesse exato instante em que escrevo esta mensagem surge em minha mente o cenário que contemplei há 66 anos. Em março de 1966, meu sonho tornou-se realidade ao pisar pela primeira vez nas belas terras fluminenses.

Na companhia dos pioneiros da BSGI do RJ, subi o Corcovado e me deslumbrei com a bela paisagem da cidade. A sensação ainda permanece vívida em meu peito. A exuberância das praias de Copacabana e Ipanema, de areias alvas resplandecentes. As curvas sinuosas das montanhas pareciam bailar efusivamente. A alegria e paixão efusiva dos cariocas andando pelas ruas. Tudo isso compunha uma tela de riqueza sem igual no mundo inteiro.

Jossei Toda pensava em se mudar para o Brasil

Gostaria de lhes confidenciar que meu mestre da vida, professor Jossei Toda, quando jovem pensou seriamente em emigrar do Japão para o Brasil cativado pelo coração magnânimo do povo brasileiro. Isso demonstra o quanto meu mestre sentia-se atraído por esta nação. Ele dizia que jamais deveríamos nos esquecer de nossos débitos de gratidão para com o Brasil. Ele disse que devemos abrir o coração para aprender com a sabedoria e entusiasmo dos brasileiros. [...] Por isso, emociono-me ao imaginar a felicidade de meu mestre em virtude da outorga desta homenagem.

O grande mestre da arquitetura moderna, Lucio Costa, disse: “o Brasil vai dar o recado no tempo certo. É um país que não tem vocação para a mediocridade”. Acredito que o tempo certo não está longe. Por isso me considero um grande amigo dos brasileiros. Amo e venero a nação brasileira.

O mestre Lúcio Costa e seu discípulo, Oscar Niemeyer, realizaram uma obra fantástica e resplandecente na história da humanidade.

Há mais de meio século, quando foi anunciado o plano de transferência da capital para Brasília, iniciou-se a construção de uma metrópole. No começo, houve muitas vozes contrárias dizendo ser um projeto imprudente e impossível. Mas, seguindo à risca o projeto do mestre Lúcio Costa, o discípulo Oscar Niemeyer brigou ponto por ponto dando formas a obras como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, entre outras. Essas construções exibem uma originalidade genial e inovadora [...]. Assim nascia a capital do futuro, Brasília, patrimônio cultural da humanidade e obra conjunta de mestre e discípulo.
(Conteúdo extraido do site: www.bsgi.org.br - no espaço destinado aos associados).

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Impostos e publicidade podem financiar acessibilidade de calçadas

Fonte: Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED

Utilizar receitas da contribuição sobre combustíveis, do aluguel de espaços publicitários em mobiliários urbanos e do IPTU para tornar as calçadas de São Paulo mais acessíveis. Estas foram propostas apresentadas no seminário “Passeios Públicos e Mobiliário Urbano na Cidade de São Paulo”, promovido dia 22 de setembro pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED).

Destinar 1% da receita da CIDE, durante três anos, para financiar ações de acessibilidade nos municípios foi a proposta apresentada por Manuel Rossitto, coordenador do Grupo de Vias da FIESP. Outra sugestão nasceu do programa Cidade Limpa. A lei, que praticamente baniu a publicidade das fachadas comerciais da cidade, abriu exceção para a exploração de espaços no mobiliário urbano. A receita obtida com esse uso poderia ser utilizada em projetos de readequação do próprio mobiliário.

O secretário da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Marcos Belizário, defendeu o modelo de contribuição de melhorias para ampliar e financiar as ações de adequação e padronização das calçadas. Por este mecanismo, a Prefeitura poderia construir ou reformar as calçadas mais problemáticas e o custo seria incorporado ao IPTU dos moradores beneficiados.

“Com base nas conclusões deste encontro, vamos formular uma proposta que será levada ao prefeito e debatida com a sociedade. Este é um tema que interessa a todos e não só às pessoas com deficiência. A calçada deve ser vista como um espaço privilegiado do pedestre”, conclui a arquiteta e presidente da Comissão Permanente de Acessibilidade (CPA), Silvana Cambiaghi, organizadora do seminário.

Dr. Mohamed ElBaradei — diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)

O líder da SGI dialoga com Dr. ElBaradei, uma respeitada personalidade internacional. Dentre os assuntos, a solidariedade entre os povos.

O Dr. ElBaradei nasceu no Cairo, Egito, no ano de 1942. Entrou para o serviço diplomático egípcio em 1964, trabalhando nas Missões Permanentes do Egito para as Nações Unidas tanto em Nova York como em Genebra. Em 1980, o Dr. ElBaradei deixou o serviço diplomático para entrar para as Nações Unidas e, em 1984, tornou-se membro sênior do Secretariado da AIEA, mantendo várias posições políticas de alto nível. Ele foi nomeado diretor-geral da AIEA no ano de 1997 e renomeado para um terceiro mandato em 2005. Ele recebeu, junto com a AIEA, o Prêmio Nobel da Paz de 2005.

A voz humana tem um poder enorme e não há nada que ressoe com tanta força como as vozes das mulheres que desejam a paz com todo ardor.

Neste mês de abril (2009), foi apresentado em Oslo, na Noruega, um DVD como parte da exposição “Da Cultura de Violência para a Cultura de Paz: a Transformação do Espírito Humano”, promovida pela SGI. Esse DVD deixou as pessoas que o assistiram profundamente impressionadas.

Produzido pelo Comitê de Paz das Mulheres da Soka Gakkai, o DVD apresenta relatos originais de oito mulheres que sobreviveram às bombas atômicas lançadas em Hiroshima e Nagasaki, relatando o horror e a crueldade das armas nucleares. Uma dessas mulheres, que com os filhos sofreu os efeitos posteriores da exposição à radiação liberada na explosão, declarou veementemente: “Continuarei a bradar contra as armas nucleares enquanto eu viver. Elas jamais devem ser empregadas novamente. Estou determinada a viver o máximo que puder e a cumprir essa missão até morrer”.

Traduzido para quatro idiomas, o DVD está inspirando uma resposta positiva em todo o mundo. Creio firmemente que essas vozes em meio ao povo são a esperança para unir os corações da humanidade e promover o esforço para eliminar as armas nucleares, e minha convicção é compartilhada por um influente líder da paz, Mohamed ElBaradei, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).

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A AIEA é uma organização fundamental na promoção do emprego pacífico da energia nuclear e em impedir que seja utilizada para fins militares. O Dr. ElBaradei enfatizou: “A AIEA é única dentre as organizações internacionais, pois lidamos com questões vitais para a segurança nacional — questões que, em alguns casos, podem fazer a diferença entre a guerra e a paz”.1 Durante todo o período em que foi diretor-geral da organização, ele assumiu firmemente essa solene responsabilidade.

Falei com o Dr. ElBaradei no dia 30 de novembro de 2006, quando ele conseguiu um momento em sua agenda lotada para vir me visitar no Seikyo Shimbun (em Shinanomati, Tóquio) com a esposa, a educadora Aida Elkachef. Eu os recepcionei calorosamente junto com os jovens Soka, a quem confiei a tarefa de garantir a paz no futuro.

O trabalho do diretor-geral exige muito. Ele tem de tentar ajustar os interesses conflitantes nacionais e econômicos, lidando frequentemente com questões obscurecidas pela suspeita e pela desconfiança. Apesar de diariamente suportar todo o peso desses desafios, ele irradia enorme otimismo e energia, o vigor de uma pessoa que está no auge da carreira. Profundamente ciente do que está acontecendo no mundo, ele possui uma mente aguçada e incisiva e a disposição de um verdadeiro campeão que deseja lutar arriscando a vida por suas convicções.

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A AIEA foi fundada no ano de 1957 — coincidentemente, esse foi o mesmo ano em que meu mestre Jossei Toda (1900–1958), segundo presidente da Soka Gakkai, apresentou sua Declaração pela Abolição das Armas Nucleares em Yokohama, na Província de Kanagawa. O Sr. Toda foi um verdadeiro visionário. Uns dois anos antes disso, por ocasião da primeira convenção do Distrito Sakai da Soka Gakkai, em Osaka, ele proclamou que o Japão, sendo a única nação que havia sofrido os ataques nucleares, possuía a missão especial de trabalhar pela total eliminação das armas nucleares.

Em 1956, o Sr. Toda se manifestou contra as armas nucleares em Kita-Kyushu, na Província de Fukuoka, um dos locais que havia sido considerado como alvo nuclear durante a Segunda Guerra Mundial. Essa ocasião foi um outro exemplo brilhante de sua previsão, numa época em que a corrida pelas armas nucleares estava se intensificando durante a Guerra Fria. Ele fez esta declaração: “Nos dias de hoje, é de importância muito maior empregar todos os meios políticos e diplomáticos para evitar a ameaça das armas nucleares. Além disso, nós da Soka Gakkai devemos nos apressar para difundir a filosofia humanística e os ideais do Budismo de Nitiren Daishonin em prol da paz mundial. A suprema chave encontra-se em dissipar a escuridão existente nas profundezas da vida humana”.

Eu herdei essa missão e a tornei minha. Após o falecimento de meu mestre, viajei no lugar dele até Hiroshima e Nagasaki, locais que ele tinha o desejo de visitar, mas não pôde por causa da doença. Corajosamente dei início ao diálogo com vários países. Tenho pedido com persistência pela total eliminação das armas nucleares por meio de várias propostas de paz, incluindo aquelas que apresentei em três sessões especiais das Nações Unidas sobre desarmamento (em 1978, 1982 e 1988) e também em cada Dia da SGI (26 de janeiro) desde o ano de 1983. Conversei com líderes de algumas das nações mais poderosas do mundo e compartilhei com eles minhas opiniões francas a respeito da urgente necessidade de abolir as armas nucleares. Todas as minhas ações são motivadas pelo profundo compromisso de fazer com que as perspectivas de meu mestre sobre a paz e o desarmamento nuclear fossem compreendidas e aceitas pelos povos do mundo.

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O Dr. ElBaradei nasceu no Egito, que é um dos grandes berços da civilização. Visitei o Egito duas vezes (em fevereiro de 1962 e em junho de 1992) e também dialoguei com vários líderes egípcios. O ex-secretário-geral das Nações Unidas, Boutros Boutros-Ghali, também é egípcio e eu me recordo com carinho dos diálogos que tive com ele sobre a importância das Nações Unidas como “o parlamento da humanidade”. Também visitei a Embaixada do Egito em Meguro, Tóquio (em setembro de 1992).

Desde a época em que era garoto, o Dr. ElBaradei era um ávido estudante e um apaixonado entusiasta em tudo o que empreendia. Sua mãe se recorda de que ele tinha uma enorme curiosidade e sempre a bombardeava com perguntas.

O Dr. ElBaradei tornou-se diretor-geral da AIEA em 1997. Sua convicção é continuar a manter elevadas a imparcialidade e a independência — os princípios e valores essenciais do serviço civil internacional. Seus colegas dizem que o Dr. ElBaradei é extremamente dedicado ao trabalho. Ele é um homem de princípios que se recusa a comprometer suas crenças. É profissional. Mesmo nos dias de folga, permanece em contato com a equipe. Está sempre a trabalho. Também estuda muito, lendo documentos e revistas especializadas e ouvindo relatórios de estudiosos, empregando também seus olhos e ouvidos para obter informações. E ele é rápido em colocar suas decisões em prática.

Ele acredita que é preciso sintonizar no que está acontecendo “na base” e agir com velocidade. Essas chaves para o sucesso são as mesmas em todos os campos da vida. Ao mesmo tempo, não importando o quanto esteja ocupado, ele continua atento àqueles que trabalham nos bastidores para manter a organização funcionando tranquilamente, elogiando-os sinceramente.

O Dr. ElBaradei trabalhou no projeto de um novo método para evitar a proliferação nuclear. Suas capacidades extraordinárias, sua postura imparcial e sua calorosa humanidade fizeram com que ele conquistasse a admiração de líderes de vários países e, no ano de 2005, foi nomeado pela terceira vez como diretor-geral da AIEA. O Dr. ElBaradei também foi muito amigo do Dr. Joseph Rotblat (1908–2005), ganhador do Prêmio Nobel da Paz e ex-presidente das Conferências Pugwash sobre Ciência e Relações Mundiais, com quem publiquei um diálogo. Ele compartilha a crença do Dr. Rotblat de que é vital livrar o mundo das armas nucleares e de que a paz não pode depender de força militar. O Dr. ElBaradei também se orgulha muito de um artigo que ele publicou com o Dr. Rotblat [no Financial Times em fevereiro de 2004].

No último dia 5 de abril (de 2009), o presidente americano Barack Obama esteve em Praga, capital da República Tcheca, onde anunciou uma estratégia abrangente para a concretização de um mundo sem armas nucleares. Quatro dias antes disso, o presidente Obama encontrou-se com o presidente da Rússia, Dmitry Medvedev, sendo que ambos concordaram em iniciar as negociações sobre um novo acordo para cortar seus respectivos arsenais nucleares. Ao saber das notícias, o Dr. ElBaradei observou ter recebido com agrado essa declaração conjunta e que se sentiu muito encorajado por ela.

A proliferação nuclear continuará ou será concretizado o desarmamento nuclear? Nosso mundo está numa encruzilhada. Tenho o mais elevado respeito pelo Dr. ElBaradei, que está trabalhando duro em todo o mundo em meio a situação de extrema tensão.

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Durante nosso encontro, conversamos sobre a vida do pai do Dr. ElBaradei, Mostafa Elbaradei, ex-presidente da Associação Egípcia dos Advogados. O pai do Dr. ElBaradei foi um ardente defensor da profissão jurídica, dedicado a proteger a dignidade da lei. Ele se recusou firmemente a permitir que as autoridades fizessem pressão injusta sobre a profissão legal.

Quando perguntei ao Dr. ElBaradei a respeito das recordações que guardava do pai, ele sorriu e disse: “A maior lição que meu pai me ensinou foi que temos de seguir nossa consciência. Se comprometer sua consciência, também compromete seu espírito e acaba traindo-o”. Aplaudi essas palavras manifestando minha sincera aprovação. Nosso mundo é dominado pelo egoísmo, em vez de ser governado pela consciência. O budismo ensina: “Descartar o superficial e buscar o profundo é o caminho que uma pessoa corajosa deve seguir”.2 O Dr. ElBaradei incorporou em sua vida as crenças do pai. Ele acrescentou ainda que seu pai lhe deixou este ensinamento: “Não importando o quanto a situação esteja ruim, ouça a voz em seu interior e acredite na força que está dentro de você. Se acreditar em sua força interior, sempre chegará à vitória, independentemente do quanto a situação seja desafiadora ou de quanto tempo leve”.

O orgulho e a coragem de uma vida dedicada à verdade e à justiça e a firme esperança e a persistência para conquistar a vitória são os tesouros intangíveis que conseguimos transmitir aos nossos sucessores por meio dos exemplos de nossa própria vida.

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O Dr. ElBaradei teve uma agenda muito cheia durante sua visita ao Japão no ano de 2006, incluindo uma viagem a Quioto, onde discursou. Mesmo assim, conseguiu tempo para redigir uma mensagem para os alunos da Universidade Soka do Japão, na qual escreveu as seguintes palavras: “Nossa capacidade de conquistar a paz depende de compreendermos que todos fazemos parte da família humana, independentemente de cor, raça ou religião. (...) É somente por meio da segurança humana que conseguiremos concretizar a paz e a segurança globais”.

O ser humano deveria ser o foco — o bem-estar e a segurança de cada pessoa, seus direitos humanos e sua dignidade humana. Também é importante ampliar o foco para a coexistência pacífica e o desenvolvimento sustentável para todos.

A ideia de que a segurança e o interesse nacional de um país necessitam ou podem justificar a opressão dos cidadãos de outro país é totalmente inaceitável. A importância de difundir, no nível das pessoas, uma nova filosofia de paz com base na felicidade de cada indivíduo, em vez de limitados interesses nacionais, está se intensificando a cada dia que passa. Essa filosofia está em profundo acordo com a sabedoria budista do Caminho do Meio.

No discurso que ele proferiu ao receber o Prêmio Nobel da Paz de 2005 — que compartilha com a AIEA —, o Dr. ElBaradei afirmou: “É preciso um novo modo de pensar e uma mudança no coração para conseguir enxergar a pessoa do outro lado do oceano como nosso vizinho”.3 É com base nessa convicção que o diretor-geral apoia tão firmemente a SGI como um movimento que transcende as fronteiras e os interesses nacionais. Em nosso diálogo, o Dr. ElBaradei falou várias vezes sobre a necessidade de as pessoas encontrarem valores compartilhados. Ele afirmou que a paz pode ser concretizada se as pessoas conseguirem superar suas diferenças e aceitar umas às outras como seres humanos, sentindo solidariedade pelos outros.

Também concordamos plenamente que cabe aos jovens concretizar esse propósito. As palavras do Dr. ElBaradei sobre esse tema ainda ecoam em meus ouvidos: “As pessoas de todas as cores, raças e religiões possuem as mesmas esperanças, as mesmas aspirações. Se os jovens de todos os lugares também reconhecerem esse ponto e conseguirem enxergá-lo, então teremos futuro — somente assim é que a raça humana será salva.” Tudo depende dos jovens. Devemos confiar na determinação deles. O Dr. ElBaradei, uma respeitada personalidade internacional, está observando as atividades dos jovens Soka com profundo interesse e as mais elevadas esperanças.

Notas: 1. Mohamed ElBaradei, “Nuclear Power: Preparing for the Future” (Poder Nuclear: Preparando-se para o Futuro), palestra proferida na Agência de Energia Atômica do Japão no dia 30 de novembro de 2006, em Tóquio. (9 de julho de 2009). 2. Palavras do Grande Mestre Tient’ai da China. Cf. The Writings of Nichiren Daishonin, vol. 1, pág. 402. 3. Mohamed ElBaradei, “Nobel Lecture” (Discurso do Nobel), proferido no Auditório Municipal de Oslo, na Noruega, em 10 de dezembro de 2005. (9 de julho de 2009).

sexta-feira, 19 de junho de 2009

DIA DO ORGULHO AUTISTA DETECTOU A NECESSIDADE DE CRIAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS PARA PESSOAS COM AUTISMO


Fonte: Gabinete Vereador Penna

No debate “Dia do Orgulho Autista”, realizado na Câmara Municipal de São Paulo, em 18 de junho, por iniciativa do vereador Penna (PV), familiares, médicos e sociedade civil cobraram a criação de políticas públicas para as pessoas com autismo. Representantes da Associação de Amigos do Autista (AMA), da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida e o vereador Penna participaram das discussões.

“Temos que trabalhar com este grupo de pessoas que não tem ajuda do governo, uma vez que o autismo não é considerado deficiência. Além disso, os professores das escolas públicas e a sociedade em geral não sabem como lidar com estas pessoas. A realização deste evento aqui na Câmara Municipal é uma forma de divulgar informações e recuperar este espaço público da cidade”, disse Penna, que também é o líder da bancada do PV na Câmara.

Marli Marques, coordenadora da AMA, fez uma breve apresentação da instituição, criada há 26 anos por pais que não encontravam atendimento adequado para seus filhos portadores de autismo. “Tenho uma filha com autismo e ajudei a difundir o formato educacional que conseguimos implantar na AMA. Estou muito feliz de estar pela primeira vez aqui na Câmara Municipal de São Paulo falando sobre autismo”.

A psiquiatra da AMA, Rosa Magaly Morais, apresentou um vídeo com a história de duas mães e seus filhos com autismo, que ilustrou bem a dificuldade de integração tanto com a família quanto com a sociedade. “Uma em cada mil crianças é portadora de autismo, que é o terceiro distúrbio psiquiátrico mais comum. Suas causas são biológicas e não há tratamento com remédios. Autismo não tem cura, mas pode ser controlado. E para isso é necessário um trabalho individualizado e intensivo”, disse Rosa.

O método de trabalho mais utilizado com pessoas com autismo é o TEACHH – Tratamento e educação para crianças com autismo e com distúrbios correlatos da comunicação – que se baseia na organização do ambiente físico com rotinas e sistemas de trabalho para facilitar a vida da criança.

Outra possibilidade de tratamento é a equoterapia (terapia com cavalo), que está sendo estudada pela Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED). “Estamos desenvolvendo um projeto na Secretaria para levar este tratamento gratuitamente para a população. O trabalho com cavalos ajuda bastante tanto na movimentação do corpo, quanto no equilíbrio, na percepção das coisas, além de ajudar a pessoa a superar o medo e melhorar a auto-estima”, explicou a médica Márcia Montez.

Pelo projeto, a equoterapia passará a ser oferecida no Parque do Trote, na Vila Guilherme criado no local da antiga Sociedade Paulista do Trote, e que já é um parque adaptado às pessoas com deficiência e mobilidade reduzida.

“A intenção da SMPED é identificar os meios de minimizar as dificuldades dos munícipes de São Paulo e criar políticas públicas para viabilizar isso. Nossa intenção é criar uma cidade mais feliz, mais plena para atender as necessidades das pessoas com dificuldades, como os portadores de deficiência, de autismo e também os idosos, que com o passar dos anos também necessitam de cuidados especiais”, explicou Luiz Carlos Bosio, chefe de gabinete da SMPED, que representou o secretário Marcos Belizário no evento.

Outra preocupação levantada no debate é: quem vai cuidar das pessoas com autismo quando os pais e os familiares faltarem? E quando ficarem idosos? Por isso a criação de políticas públicas é essencial para que se garanta a sobrevivência dessa parcela da população. “Que esta semente que foi lançada aqui neste debate possa prosperar”, finalizou Cristiane Eugênio, presidente da AMA.


Para mais informações acesse:
http://www.vereadorpenna.com.br/
http://www.ama.org.br/
www.prefeitura.sp.gov.br/pessoacomdeficiencia

Pesquisa indica que há 99,3% de preconceito no ambiente escolar

Flávia Albuquerque Agencia Brasil

Pesquisa realizada em 501 escolas públicas de todo o país, baseada em entrevistas com mais de 18,5 mil alunos, pais e mães, diretores, professores e funcionários, revelou que 99,3% dessas pessoas demonstram algum tipo de preconceito étnico-racial, socioeconômico, com relação a portadores de necessidades especiais, gênero, geração, orientação sexual ou territorial. O estudo, divulgado hoje (17), em São Paulo, e pioneiro no Brasil, foi realizado com o objetivo de dar subsídios para a criação de ações que transformem a escola em um ambiente de promoção da diversidade e do respeito às diferenças.

De acordo com a pesquisa Preconceito e Discriminação no Ambiente Escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 96,5% dos entrevistados têm preconceito com relação a portadores de necessidades especiais (PESSOAS COM DEFICIÊNCIA), 94,2% têm preconceito étnico-racial, 93,5% de gênero, 91% de geração, 87,5% socioeconômico, 87,3% com relação à orientação sexual e 75,95% têm preconceito territorial.

Segundo o coordenador do trabalho, José Afonso Mazzon, professor da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP), a pesquisa conclui que as escolas são ambientes onde o preconceito é bastante disseminado entre todos os atores. ?Não existe alguém que tenha preconceito em relação a uma área e não tenha em relação a outra. A maior parte das pessoas tem de três a cinco áreas de preconceito. O fato de todo indivíduo ser preconceituoso é generalizada e preocupante?, disse.

Com relação à intensidade do preconceito, o estudo avaliou que 38,2% têm mais preconceito com relação ao gênero e que isso parte do homem com relação à mulher. Com relação à geração (idade), 37,9% têm preconceito principalmente com relação aos idosos. A intensidade da atitude preconceituosa chega a 32,4% quando se trata de portadores de necessidades especiais e fica em 26,1% com relação à orientação sexual, 25,1% quando se trata de diferença socioeconômica, 22,9% étnico-racial e 20,65% territorial.

O estudo indica ainda que 99,9% dos entrevistados desejam manter distância de algum grupo social. Os deficientes mentais são os que sofrem maior preconceito com 98,9% das pessoas com algum nível de distância social, seguido pelos homossexuais com 98,9%, ciganos (97,3%), deficientes físicos (96,2%), índios (95,3%), pobres (94,9%), moradores da periferia ou de favelas (94,6%), moradores da área rural (91,1%) e negros (90,9%).

De acordo com o diretor de Estudos e Acompanhamentos da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) do Ministério da Educação (MEC), Daniel Chimenez, o resultado desse estudo será analisado detalhadamente uma vez que o MEC já demonstrou preocupação com o tema e com a necessidade de melhorar o ambiente escolar e de ampliar ações de respeito à diversidade.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Prefeitura de SP assina Termos de Cooperação para difusão do Curso “Sem Barreiras - Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência”

No próximo dia 9 de junho, às 10h30, a Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida (SMPED) e do Trabalho (SMTRAB), em parceria com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego de São Paulo (SRTE/SP), realizará a assinatura de Termos de Cooperação com a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP), com a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) e com a Associação Brasileira de Recursos Humanos de São Paulo (ABRH-SP), visando promover a inclusão profissional das pessoas com deficiência por meio da difusão do curso “Sem Barreiras - Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência” da SMPED.

O Curso “Sem Barreiras – Inclusão Profissional de Pessoas com Deficiência” promove a orientação e sensibilização dos profissionais de recursos humanos acerca da cultura de acessibilidade aplicada ao ambiente de trabalho, disseminando a inclusão profissional de pessoas com deficiência por meio da identificação dos procedimentos legais e técnicos necessários à implantação de um programa de RH que contemple as premissas básicas do respeito à diversidade.

Serviço:

Assinatura do Termo de Cooperação para difusão do Curso “Sem Barreiras – inclusão Profissional de pessoas com deficiência”

Data: 9 de junho de 2009 (terça-feira)
Horário: 10h30
Local: Sede da Prefeitura Municipal – Edifício Matarazzo
Endereço Viaduto do Chá, 15 - 7º andar


Mais informações:

Lincoln Tavares
Assessor de Comunicação e Imprensa
Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência
e Mobilidade Reduzida - SMPED
Prefeitura da Cidade de São Paulo
11 3113-8778 // 8794 // 9631-6684
lincolnsilva@prefeitura.sp.gov.br

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Nunca é demais falar das temíveis "Terminologias"

fonte: Agencia Inclusive / Adelino Ozores / Adaptado do Manual da Mídia Legal, publicado pela Escola de Gente, disponível no seguinte link: www.escoladegente.org.br

Terminologias

Que termos usar e não usar. Estas recomendações valem para a área de comunicação. Não se trata do politicamente correto, mas sim de legitimar avanços de mudança de mentalidade que as palavras devem refletir.

DEFICIÊNCIA é a terminologia genérica para englobar toda e qualquer deficiência (física ou motora, intelectual, sensorial e múltipla). O uso da preposição COM é ideal para designar PESSOAS COM DEFICIÊNCIA. Outras opções são as expressões “QUE TEM” ou “QUE NASCEU COM”.

Exemplos: inclusão das pessoas COM deficiência; ator QUE NASCEU COM síndrome de Down; menina QUE TEM paralisia cerebral; estudante COM deficiência visual etc.

Use INSERÇÃO quando estiver em dúvida se o caso relatado na matéria é de integração ou de inclusão. O vocábulo inserção é neutro porque não está vinculado a movimentos internacionais de defesa de direitos de pessoas com deficiência.

Não tenha receio em usar a palavra DEFICIÊNCIA. As deficiências são reais e não há por que disfarçá-las.

Use SURDO e nunca surdo-mudo. Sob a ótica da diversidade humana é natural existirem múltiplas formas de comunicação entre seres da nossa espécie, sendo impossível compará-las como "a mais humana" ou a "menos humana". O fato de a maioria das pessoas "falarem pela boca" não nos dá o direito de considerar esta forma de expressão como a única valorada, ou seja, o modelo. Esta é uma visão integradora, pois favorece a comparação entre condições humanas. Para uma pessoa surda é difícil falar o português, sendo natural que opte pela Língua de sinais brasileira (Libras). Neste caso, não é mudo, apenas SURDO.

A Libras não é uma linguagem, mas uma LÍNGUA. Existem outras formas de linguagem envolvendo, ou não, pessoas surdas como a linguagem gestual e a corporal.

Deficiência Visual e Auditiva são exemplos de DEFICIÊNCIA SENSORIAL. O aconselhável é retratá-las dessa forma: PESSOAS CEGAS (deficiência visual total) ou SURDAS (deficiência auditiva total); PESSOAS COM DEFICIÊNCIA VISUAL (ou COM BAIXA VISÃO) ou AUDITIVA (há resíduo auditivo) ou PESSOAS QUE TÊM DEFICIÊNCIA VISUAL ou AUDITIVA.

Os substantivos CEGUEIRA e SURDEZ podem ser usados.

A palavra deficiente não deve ser usada como substantivo. Exemplo: "os deficientes" jogam bola. Mas pode ser usada como ADJETIVO. Essa preocupação fica mais clara de ser compreendida ao substituirmos "deficiente" por outros substantivos, como gordo, negro, magro, louro, careca etc. Quem usaria, em uma matéria, a expressão "os gordos", "os negros", "os carecas" etc.

A normalidade hoje é um conceito polêmico, por isso, para designar uma pessoa sem deficiência use o adjetivo COMUM. Exemplo: PESSOAS COMUNS, PESSOAS SEM DEFICIÊNCIA.... Pela mesma razão, evite usar termos como: "defeituoso", "incapacitado" e "inválido" ao se referir a alguém COM DEFICIÊNCIA.

A expressão SÍNDROME GENÉTICA é a mais indicada. Anote algumas sugestões que podem ser usadas para não repeti-la: EVENTO GENÉTICO; OCORRÊNCIA GENÉTICA; SITUAÇÃO GENÉTICA. Evitar o uso das expressões anomalia, mutação, erro, acidente e doença genética.

A palavra deficiente não deve ser usada para designar outras limitações como o alto grau de miopia. Existem critérios muito rígidos para designar o que é uma pessoa com deficiência visual ou cega. Por isso não é adequado dizer que "todos nós somos deficientes".Quando a pauta for relacionada à educação, ao se referir às escolas que não são especiais, o ideal é usar ESCOLA REGULAR ou ESCOLA COMUM e no caso das turmas, CLASSE REGULAR ou CLASSE COMUM.

segunda-feira, 18 de maio de 2009



Prefeito Gilberto Kassab entrega a chave da Cidade de São Paulo ao Presidente da SGI (Soka Gakkai Internacional), Dr. Daisaku Ikeda, em Tókyo, no último dia 13 de maio.

O secretário dos Transportes, Alexandre de Moraes e o vereador Adolfo Quintas acompanharam o prefeito.

Extraodinário!!!!!

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Terra – um pequeno pedaço de chão

matéria publicada na revista Terceira Civilização, Edição Nº 489, pág. 28, maio de 2009.

Ensaio: Eduardo Jorge Martins Alves Sobrinho, secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente de São Paulo.

Em 2009, a Prefeitura de São Paulo acolheu na entrada principal de sua sede a exposição “Gandhi, King, Ikeda — Pelo Ideal do Humanismo”.
Quem percorreu, como eu, todos os painéis — que retratam anos de esforços destes gigantes da cultura de paz — não deixaria de ficar intimidado ao comentar sobre a Proposta de Paz, enviada anualmente por Daisaku Ikeda, presidente da SGI, à direção da Organização das Nações Unidas (ONU). Faço-o, no entanto, encorajado por um conceito do próprio movimento da SGI: uma ação local que gera contribuição global, mesmo que pareça pequena.

O homem parece ser um fenômeno de evolução da vida neste planeta minúsculo e perdido no Universo. Aqui, três forças se encontram: a força selvagem/bárbara da selva, a força da humanidade e a força do divino.

Ao longo de milhões de anos, esta tríplice aliança pendeu de um polo a outro com predomínio ora de uma força, ora de outra.

Quando saímos das savanas africanas para o primeiro movimento de globalização, espalhando a espécie por todos os continentes, a componente bárbara era dominante. A lei da selva, do mais forte, predominava em nosso comportamento, quase uma necessidade de sobrevivência entre outros seres tão selvagens quanto o homem.

Aos poucos, as forças do ser humano e o sopro do divino foram equilibrando as energias aparentemente indomáveis do selvagem.

A força humana criou um tipo de vida na Terra. Tipo este que tem consciência de si mesmo e, milagre, tem consciência da existência do universo dele próprio.

Tão presente nesta transição, quase física, material, a força divina, tencionava o selvagem e o humano levando-os a um equilíbrio superior.

O predomínio do divino é fenômeno raro. Ele gera santos, profetas, pessoas iluminadas que se doam totalmente e sinalizam caminhos que duram por milhares de anos. O cruel é que o divino, sem levar em conta o barro do qual somos feitos, pode tornar-se paradoxalmente selvagem, desumano.

O humano é a nossa criação propriamente dita. É o caminho do meio do homem.
Daisaku Ikeda impressiona pelo seu esforço permanente de fundir Oriente e Ocidente. Impressiona por sua fidelidade aos tesouros do Oriente e pelo conhecimento enciclopédico da aventura intelectual ocidental.

É assim neste texto. A crítica do existencialista francês Gabriel Marcel ao “espírito de abstração”, que coloca alguns sistemas de ideias criadas pelo homem como uma forma de opressão e escravidão dos próprios homens, é contrastada pela inspiradora ideia da “competição humanitária” desenvolvida pelo educador com os pés no chão e o coração na mão, Tsunessaburo Makiguti.

O “espírito de abstração” pode-se transvestir de ideologias religiosas, intolerantes e absolutistas ou de ideologias aparentemente laicas, mas que se comportam tão absolutistas quanto as mais absolutistas das religiões. Foi o drama do “socialismo científico”, que desligado do humano evoluiu para uma liga metálica do selvagem com o divino. Crucifique-se o homem comum no presente para que o paraíso desça do céu para a Terra.

Veja, leitor, por outro lado, o sentido humano de Makiguti, que via “as realidades de vastas extensões da Terra... num pequeno pedaço de chão... de uma simples vila de uma região isolada”. De nada servem os sistemas complexos ideológicos se não ajudarem ao ser humano a viver bem no “pequeno pedaço de chão”. A amizade, o amor entre os vizinhos como base para o amor entre os “vizinhos” de terras distantes das nossas, mas tão perto quando se sabe da pequenez da Terra.

É com esta visão local e global que Daisaku Ikeda incansavelmente oferece propostas de paz, dirigidas à ONU — a mais importante organização humana já construída.
Dois mil e nove nos encontra submersos em duas crises — uma, conjuntural econômica; outra, estrutural ambiental, cuja síntese é o aquecimento do planeta.

Na contramão desses problemas, as propostas de Daisaku são concretas como gostaria Makiguti.
Em relação ao aquecimento global, está a Agência Internacional de Energia Renovável e a Parceria Internacional para a Cooperação em Eficiência Energética. Isso porque a essência da crise ambiental é nossa forma de viver, conviver, produzir, consumir, sendo insustentável do ponto de vista energético. A energia limpa é a chave para quebrar o impasse. O farol que ilumina os caminhos de superação do desastre.

O Banco Mundial de Alimentos trata do núcleo da injustiça mundial da extrema desigualdade entre os mais ricos dos ricos e os mais pobres dos pobres — a fome. São 963 milhões de desnutridos, quando nosso desenvolvimento tecnológico já permite, há muitos anos, que esta escravidão vergonhosa estivesse abolida.
A Convenção sobre Armas Nucleares é um esforço concentrado das nações em superar este símbolo da cultura da violência — as armas nucleares — por uma progressiva hegemonia da cultura de paz nas relações entre nações.

Por fim, Daisaku Ikeda não esquece o seu mantra de fortalecimento da ONU — tão criticada pelas suas insuficiências — porém nunca suficientemente exaltada pelas suas virtudes de potencial casa comum do ser humano da Terra.

É um chamado para chegarmos a 2010, ano do 80º aniversário da Soka Gakkai e do 35º aniversário da SGI.

Exposição humanista em São Paulo

No dia 2 de fevereiro deste ano, foi inaugurada, no saguão da Prefeitura de São Paulo, a exposição “Gandhi, King, Ikeda — Pelo Ideal do Humanismo”.

A cerimônia de abertura contou com a participação de várias autoridades do município. Entre elas estava o prefeito Gilberto Kassab e o secretário Municipal do Verde e do Meio Ambiente, Eduardo Jorge Sobrinho.

Durante 45 dias, os paulistanos apreciaram as obras e a trajetória de vida de Mahatma Gandhi, Martin Luther King Jr. e Daisaku Ikeda. A mostra já percorreu 21 países. No Brasil, passou por Campinas, São Paulo (SP) e Campo Grande (MS), evidenciando quanto são necessárias ações para promover a paz em todo o mundo.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Direitos Humanos avalia política externa do governo Lula

(matéria extraida do site da Câmara dos Deputados / Agência Câmara)

A semana - 19/05/2008 11h57

A Comissão de Direitos Humanos e Minorias analisa nesta quarta-feira (21) as prioridades do Ministério das Relações Exteriores para a Organização dos Estados Americanos (OEA), para a Organização das Nações Unidas (ONU) e para o Mercosul.

O debate foi solicitado pelo presidente da comissão, deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS). "Neste mundo globalizado, a política externa exerce papel fundamental na vida dos cidadãos. Ela gera impactos nos direitos humanos de todos nós e define o grau de compromisso com a comunidade internacional ao assinar os tratados. Daí a importância de acompanharmos as relações exteriores do Brasil com o olhar dos direitos humanos."

Pompeo de Mattos explica que, nos últimos meses, dois fatores reforçaram a necessidade de maior atenção da comunidade internacional e da sociedade brasileira para os direitos humanos no País. "O primeiro é a Revisão Periódica Universal (RPU) da ONU - novo mecanismo de avaliação dos direitos humanos nos países. O Brasil é um dos primeiros países a se submeter a essa avaliação. O segundo foi a criação da Comissão de Direitos Humanos do Parlamento do Mercosul, que terá um relatório sobre o Brasil."

Foram convidados para participar da audiência:
- a diretora do departamento de Direitos Humanos e Temas Sociais do Ministério das Relações Exteriores, Ana Lucy Petersen;
- a coordenadora da Assessoria Internacional da Secretaria Especial dos Direitos Humanos, Cristina Cambiaghi;
- o presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado Federal, Paulo Paim (PT-RS), onde foi apresentado, em fevereiro deste ano, o relatório brasileiro para a RPU;
- o deputado Geraldo Thadeu (PPS-MG), integrante da Representação Brasileira do Parlamento do Mercosul; - Mary Caetana, representante do Comitê Brasileiro de Direitos Humanos e Política Externa.A audiência será realizada no plenário 9 a partir das 14 horas.
agencia@camara.gov.br

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Revelando um futuro de esperança para a sociedade global

(matéria extraida no jornal Brasil Seikyo, de 9 de maio de 2009, uma publicação semanal da BSGI - Brasil Soka Gakkai Internacional).

"No dia 24 de fevereiro, a Universidade Aberta da Malásia (OUM, na sigla em inglês), concedeu o título de doutor honorário em Ciências Humanas ao líder da SGI, Daisaku Ikeda, fundador da Universidade Soka, por suas notáveis contribuições ao desenvolvimento da educação e à promoção da paz mundial. A chanceler da OUM e a primeira-dama da Malásia, Datin Seri Jeanne Abdullah, entregou a homenagem numa reunião especial realizada no Auditório Soka da Amizade Internacional em Sendagaya, Tóquio. A chanceler estava acompanhada por uma delegação da OUM, da qual faziam parte o presidente e o vice-chanceler, Prof. Tan Sri Anuwar Ali e sua esposa, Puan Sri Eveline Anuwar; e o embaixador da Malásia no Japão, Dato’ Mohd. Radzi Abdul Rahman e sua esposa Datin Jazliza Jalaludin."

"O presidente e o vice-chanceler da Universidade Aberta da Malásia, Prof. Tan Sri Anuwar Ali, famoso economista, compartilhou estas inspiradoras palavras com a comunidade universitária no início do ano: “Haverá obstáculos em nosso caminho — isso é esperado. Nós podemos transpor, escalar ou passar ao redor de um obstáculo, desde que não fiquemos parados, esperando que os outros tirem o obstáculo para nós”.4

Quero pedir aos jovens da SGI que também avancem para a vitória com essa mesma disposição corajosa. O segredo para a vitória está na profunda e genuína união que respeita e valoriza a diversidade. Nitiren Daishonin destacou esse ponto. Muitas outras personalidades sábias ao longo da história, entre elas o antigo general chinês Zhuge Liang, perceberam sua importância. Conforme nos ensina este famoso provérbio malaio: “Bersatu kita teguh, bercerai kita roboh. (Onde há força, há união; onde há divisão, há destruição.)” ".


Audiodescrição do filme Nossa vida não cabe num Opala - dia 17/05, às 11h - Grátis

Colaboração Zaira Hayek, Assessoria de Imprensa Centro Cultural São Paulo

O Centro Cultural São Paulo vai promover no próximo dia 17 (domingo), às 11 horas, na Sala Lima Barreto, a audiodescrição do filme Nossa vida não cabe num opala, com direção de Reinaldo Pinheiro, como parte do Programa de Acessibilidade - Livre Acesso / Ler Pra Crer, realizado em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED.

A audiodescrição é um recurso de acessibilidade que permite que as pessoas com deficiência visual possam assistir e entender melhor filmes, peças de teatro, programas de TV, exposições, mostras, musicais, óperas e outros, ouvindo o que pode ser visto. É a arte de transformar aquilo que é visto no que é ouvido, o que abre muitas janelas para o mundo para as pessoas com deficiência visual. Com este recurso, é possível conhecer cenários, figurinos, expressões faciais, linguagem corporal, entrada e saída de personagens de cena, bem como outros tipos de ação, utilizados em televisão, cinema, teatro, museus e exposições.

Neste dia as funcionárias Ana Maria Campanha, Carmita Muylaert, Iris Fernandes e Maria Adelaide Pontes farão a audiodescrição. O roteiro foi elaborado por Lívia Maria Villela de Mello Motta.

Ficha técnica:
Gênero: drama
Duração: 104 minutos
Lançado no Brasil em 2008
Título original: Nossa vida não cabe num opala
Distribuidora: Imovision
Direção: Reinaldo Pinheiro
Produção: Marçal de Souza
Fotografia: Jacob Solitrenick
Trilha sonora: Mário Bortoloto
Elenco: Leonardo Medeiros, Milhem Cortez, Maqria Luiza Mendonça e Paulo César Pereio

Livre Acesso / Ler Pra Crer - Programa de acessibilidade do Centro Cultural São Paulo em parceria com a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida - SMPED.

O Centro Cultural São Paulo tem, ao longo dos últimos meses, se reestruturado para facilitar o acesso e possibilitar maior inclusão de pessoas com deficiência a todos os seus espaços, à programação e aos acervos. A proposta do Centro Cultural São Paulo para acessibilidade é o programa Livre Acesso / Ler Pra Crer, orientado por sua própria missão, que é a de promover o livre acesso aos livros, aos espetáculos, aos shows, às exposições, ao lazer, promovendo assim a integração das linguagens artísticas, das práticas culturais e do conhecimento. Para tanto, Livre Acesso não só investe na infra-estrutura como também tem um propósito poético, de ampliação e potencialização da sensibilidade, da percepção e do conhecimento.

O início dessa reestruturação deu-se com a mudança da Biblioteca Louis Braille para a Praça das Bibliotecas, o que permitiu, sem rodeios, que a cegueira conviva, lado a lado, com outras coleções que, juntas, fazem do Centro Cultural a segunda maior biblioteca de São Paulo. Essa e outras reconfigurações nos espaços do CCSP permitem que os deficientes interajam não só com os demais usuários como com outras atividades que são promovidas em seus vários espaços culturais. O prédio foi adaptado, várias melhorias foram realizadas, inclusive a instalação de piso tátil. Recebemos apoio de várias entidades, entre elas a Fundação Dorina Nowill e Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual -, mas foi com a consolidação da parceria com a SMPED e Instituto Vivo que Livre Acesso ampliou o seu escopo: novos equipamentos que promovem a inclusão do deficiente foram adquiridos, como uma cabine de tradução para que deficientes visuais possam assistir a peças de teatro, espetáculos de dança e cinema, um vídeo ampliador, audiolivros e os softwares Magic e Openbook, aumentando, assim, a oferta de serviços, sempre com o propósito de ampliar nossa missão de interface sociocultural.
Martin Grossmann, Diretor do CCSP

Cotas raciais e para pessoas com deficiência são justas?

O Estadão de hoje, 13 de maio, publicou dois artigos com opiniões distintas sobre os Projetos de Lei em tramitação no Congresso Nacional, que aplicam o sistema de cotas raciais e para pessoas com deficiência em Universidades e instituições de ensino médio.


As cotas raciais e para deficientes são justas?


SIM:


Antonio Carlos Moraes*

O sistema de cotas, em uma sociedade democrática, deve existir para corrigir distorções históricas nos campos social, cultural e econômico. É inaceitável viver uma democracia em que seus entes sejam separados em agrupamentos humanos que, coincidentemente, são interligados em suas condições objetivas de vida onde a ausência do ensino superior é elemento comum. É coincidência que as pessoas com deficiência, dos pretos, dos índios e dos oriundos da escola básica pública sejam, em sua maioria, pobres e sem curso superior? Outro dia, alguém me perguntou: vamos transformar a universidade em uma pizza fatiada para vários setores da sociedade? Eu respondi que sim e as maiores fatias deveriam ser destinadas aos setores que mais precisam.Se é verdade que o curso superior muda a vida das pessoas, então não tenho dúvida de que tal possibilidade deve estar ao alcance do maior número de pessoas e, para corrigir as distorções históricas e colocar o Brasil nos trilhos da modernidade, as maiores fatias devem ser destinadas aos setores que mais precisam. Até agora tanto as iniciativas isoladas das universidades quanto o projeto 180/2008 da Câmara são bastante generosas com os velhos "donos das vagas". São menos de 20% e ficarão com 40% das vagas. Deficientes e estudantes de escolas públicas são mais de 80% e ficarão com apenas 60%.Na Universidade Federal do Espírito Santo, a implantação de cotas foi muito positiva. A sociedade capixaba, em pesquisa de opinião, em 2007, aprovou, com 80% das respostas positivas, o sistema. Em resposta, os primeiros cotistas apresentaram rendimento significativo. Em 40% dos cursos pelo menos uma nota 10 e nenhuma reprovação em 60% dos cursos, dentre eles medicina e direito.Enquanto o sistema era implantado de forma isolada pelas instituições havia uma sanha da soberba do direito individual sobre o projeto coletivo de cada universidade. Os "donos das vagas" e seus defensores clamam pela igualdade constitucional e se negam a pagar a dívida. A universidade sabe que igualdade se faz com distribuição de bens públicos e o acesso ao conhecimento é a sua parte no processo.

*Mestre e doutor em Educação e secretário de Inclusão Social da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes)


NÃO:

Bolívar Lamounier*

Tenho orgulho de viver num país que repele a ideia de "raça" como critério de política pública. Sou, pois, contrário à instituição de cotas raciais ou de natureza semelhante para ingresso no ensino superior público, matéria de projeto que tramita no Senado. Se aprovado, tal projeto dará início a um processo de "racialização" da política educacional . Daí a ser estendido ao emprego no setor público, e eventualmente também no setor privado, serão poucos anos. Ou seja, o Brasil que conhecemos, de brasileiros, começará a ser retalhado em segmentos ditos "raciais". O projeto é inconstitucional, inócuo em relação a seus objetivos declarados, e imprudente. A Constituição de 1988 exprime o sentimento anti-"racialista" dos brasileiros em diversos dispositivos. O Artigo 19 diz: "É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos municípios criar distinções entre brasileiros ou preferências entre si." O Artigo 208 dispõe que "o dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um".Como proposta de política social, o que o projeto pretende é apressar a eliminação de diferenças residuais - decorrência de diferenças historicamente acumuladas entre os grupos étnicos que formaram o Brasil - no acesso ao ensino superior. É pois manifesta a inadequação entre fim e meio. Para lograr um objetivo de pequena monta, e que pode ser logrado de maneira mais eficiente através de bolsas de estudo e crédito educativo, recorre-se ao grave precedente da "racialização". Em tudo e por tudo, o projeto é imprudente. O Senado precisa ponderar seriamente se está fazendo justiça social ou dando acolhida ao ovo de serpente do ódio racial. Onde hoje há jovens que só se veem como brasileiros, cujo objetivo é melhorar de vida, ajudar a família e a comunidade, amanhã (se o malsinado projeto for aprovado) teremos "afro-brasileiros" e "brancos". Quem se responsabilizará por tamanha temeridade? Custa-me crer que o mesmo Legislativo que elaborou a Constituição venha a aprovar um texto que não trará os benefícios propalados e, seguramente, vai dividir os brasileiros em grupos "raciais".

* Cientista político, diretor do Instituto de Estudos Econômicos, Sociais e Políticos de São Paulo (Idesp)

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090513/not_imp369943,0.php