sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um grande arquiteto da paz e do diálogo

03 DE OUTUBRO DE 2009 — EDIÇÃO Nº 2006 / Brasil Seikyo (Publicação Editora Brasil Seikyo)

O noticiário da segunda-feira, 28 de setembro, estampava que Oscar Niemeyer, 101 anos é o mais respeitado arquiteto brasileiro no mundo, “está lúcido e respirando normalmente”, após cirurgia para retirada da vesícula.

Mais tarde, no Rio de Janeiro, seu neto, Paul Niemeyer, ouvia uma verdadeira aula de arquitetura de Daisaku Ikeda em sua mensagem para a cerimônia de concessão do título de Arquiteto e Urbanista Honoris Causa das Faculdades Integradas Silva e Souza.

“Meu avô e Daisaku Ikeda compartilham do mesmo ideal: a arquitetura e o urbanismo focado na dignidade do ser humano.”

A reitora da faculdade, Profa Vera Lúcia Dias Oliveira, visivelmente emocionada, declarou que “a satisfação é redobrada pois agraciamos uma personalidade que vive em prol da paz e enfatiza a unicidade de mestre e discípulo”.

O primeiro título

O vice-diretor da faculdade, Prof. Délio Costa Azevedo, propositor da homenagem, denominou Ikeda como um “legítimo arquiteto e construtor da paz. Nossa faculdade tem 40 anos e esse é o primeiro título que concedemos”. A tarde completou-se com a presença de convidados do mundo acadêmico.

O Prof. Dr. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão, representando o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Academia Brasileira de FIlosofia, disse ao BS (Brasil Seikyo) que “Daisaku Ikeda representa uma renovação no espírito humano em nível mundial. Pela sua carreira louvável vejo-o como um Prêmio Nobel da Paz. Meu diálogo com ele foi inesquecível. Ele tem uma profunda compreensão do cosmos e do homem.“ O diálogo entre Mourão e Daisaku Ikeda será publicado em novembro, pela EBS.

Outro eminente, o Prof. Ricardo Moderno, presidente da Academia Brasileira de Filosofia, afimou que “as atividades da Soka Gakkai e do presidente Ikeda são universais e transcendem quaisquer limites”.

O Prof. João Eduardo de Alves Pereira, chefe do gabinete da Reitoria da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, fez os cumprimentos e disse: “Ikeda é um homem de sensibilidades e construtor do diálogo, é uma pessoa diferenciada neste mundo. Ele marca o século 20 e abre para o século 21 horizontes da paz e harmonia“.

O diretor-geral da SGI, Yoshitaka Oba, leu uma extensa e interessante mensagem do líder da SGI [leia abaixo alguns trechos].

“Subi o Corcovado e me deslumbrei com a bela paisagem do RJ”

Nesse exato instante em que escrevo esta mensagem surge em minha mente o cenário que contemplei há 66 anos. Em março de 1966, meu sonho tornou-se realidade ao pisar pela primeira vez nas belas terras fluminenses.

Na companhia dos pioneiros da BSGI do RJ, subi o Corcovado e me deslumbrei com a bela paisagem da cidade. A sensação ainda permanece vívida em meu peito. A exuberância das praias de Copacabana e Ipanema, de areias alvas resplandecentes. As curvas sinuosas das montanhas pareciam bailar efusivamente. A alegria e paixão efusiva dos cariocas andando pelas ruas. Tudo isso compunha uma tela de riqueza sem igual no mundo inteiro.

Jossei Toda pensava em se mudar para o Brasil

Gostaria de lhes confidenciar que meu mestre da vida, professor Jossei Toda, quando jovem pensou seriamente em emigrar do Japão para o Brasil cativado pelo coração magnânimo do povo brasileiro. Isso demonstra o quanto meu mestre sentia-se atraído por esta nação. Ele dizia que jamais deveríamos nos esquecer de nossos débitos de gratidão para com o Brasil. Ele disse que devemos abrir o coração para aprender com a sabedoria e entusiasmo dos brasileiros. [...] Por isso, emociono-me ao imaginar a felicidade de meu mestre em virtude da outorga desta homenagem.

O grande mestre da arquitetura moderna, Lucio Costa, disse: “o Brasil vai dar o recado no tempo certo. É um país que não tem vocação para a mediocridade”. Acredito que o tempo certo não está longe. Por isso me considero um grande amigo dos brasileiros. Amo e venero a nação brasileira.

O mestre Lúcio Costa e seu discípulo, Oscar Niemeyer, realizaram uma obra fantástica e resplandecente na história da humanidade.

Há mais de meio século, quando foi anunciado o plano de transferência da capital para Brasília, iniciou-se a construção de uma metrópole. No começo, houve muitas vozes contrárias dizendo ser um projeto imprudente e impossível. Mas, seguindo à risca o projeto do mestre Lúcio Costa, o discípulo Oscar Niemeyer brigou ponto por ponto dando formas a obras como o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional, entre outras. Essas construções exibem uma originalidade genial e inovadora [...]. Assim nascia a capital do futuro, Brasília, patrimônio cultural da humanidade e obra conjunta de mestre e discípulo.
(Conteúdo extraido do site: www.bsgi.org.br - no espaço destinado aos associados).

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