sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Receios de crimes contra a humanidade em Cote d'Ivoire



Fonte: Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.

31/12/2010

Peritos da ONU pedem esforços redobrados para conter onda de violações no país da África Ocidental.

Cinco peritos das Nações Unidas dizem estar profundamente preocupados com as contínuas violações dos direitos humanos em Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.

Segundo referiram, fontes credíveis confirmaram que teriam ocorrido ou estavam a ser perpetradas violações forçadas e desaparecimentos involuntários no país.

Violações

A Cote d'Ivoire tem estado mergulhada numa situação de incerteza política, após o presidente em exercício, Laurent Gbagbo, ter-se recusado a aceitar os resultados das presidenciais de 28 de novembro.

As Nações Unidas endossaram a vitória de Alassane Ouattara, apesar de Gbagbo reclamar vitória no escrutínio.

Arma de Guerra

A lista de violações referida pelo Grupo de Trabalho da ONU sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários inclui arbitrariedade nas detenções, execuções sumárias ou extrajudiciais e actos de violência sexual.

Os peritos advertem que, quando cometidos em determinadas circunstâncias, os desaparecimentos forçados podem resultar em crimes contra a humanidade.

Justiça

Segundo frisaram, os que tenham perpetrado actos horrendos devem prestar contas.

A relatora especial da ONU sobre a Violência contra a Mulher, Rashida Manjoo, disse que a violência sexual estava a ser usada como arma de guerra e que mulheres e raparigas estavam sem protecção.

Assistência

Manjoo apela a todas as partes a redobrarem os esforços com vista a evitar que sejam perpetrados actos de violência sexual e que seja oferecida assistência judicial às vítimas.

Por outro lado, o relator especial sobre a Tortura, Juan Méndez, disse que todas as alegações de tortura, maus tratos ou punição cruéis, desumanos ou degradantes, que possam ter ocorrido no contexto das eleições presidenciais de 2010, devem ser investigados de forma imparcial.

Ele refere que os seus responsáveis devem ser levados à justiça para que sejam severamente punidos.

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Brasil faz doação recorde de alimentos para ONU



Fonte: Alessandra Ribeiro, da Rádio ONU em Nova York.

31/12/2010


País entra para a lista de dez maiores doadores do Programa Mundial de Alimentos, com fornecimento de 500 mil toneladas de comida.


O Programa Mundial de Alimentos, PMA, vai receber 500 mil toneladas de comida do Brasil. O volume é a maior doação já feita pelo governo brasileiro e coloca o país na lista dos dez maiores doadores da agência.

Segundo comunicado, os alimentos serão destinados a países em situações de emergência ou afetados por desastres naturais e conflitos, principalmente na África e América Latina.

Fome

A diretora-executiva do PMA, Josette Sheeran, comemorou a contribuição do Brasil. Segundo ela, a doação irá saciar a fome de milhares de pessoas.

O comunicado diz ainda que o PMA pretende trabalhar com a "presidente eleita Dilma Rousseff, ampliando a visão humanitária e a liderança do país na luta contra a fome."

Em visita ao Brasil este ano, a diretora-executiva do PMA conheceu de perto o programa Fome Zero, implantado pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A diretora acredita que o Brasil pode ajudar a promover políticas de combate à fome, compartilhando experiências com outras nações emergentes.

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quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

El año termina con diez periodistas muertos / O ano termina com dez jornalistas mortos

Fonte: Página 12 - Honduras

El presidente Porfirio Lobo vincula los crímenes a la delincuencia común, quitándoles contenido político. Siguen impunes la mayoría de los asesinatos de los trabajadores de medios cometidos después del golpe de Estado.

Otro periodista fue asesinado ayer en Honduras, con lo que ya suman diez los trabajadores de prensa asesinados en 2010. Mientras el presidente Porfirio Lobo vincula estos crímenes a la delincuencia común, las organizaciones de derechos humanos denuncian que la represión sigue creciendo en Tegucigalpa.

Al salir de su casa ubicada en el municipio de la Masica, Atlántida (norte), Henry Souza se desplomó. Varios sujetos, aún no está confirmado el número, lo acribillaron a balazos. Según relataron los vecinos de la zona, los atacantes tuvieron tiempo para fugarse en bicicleta. Al cierre de esta edición, no se había dado a conocer información oficial acerca del asesinato del comunicador, que era corresponsal de la importante emisora HRN en la ciudad de La Ceiba y que también trabajaba en el canal Cablevisión del Atlántico.

Jorge Abilio Díaz, propietario de esa emisora televisiva, dijo que el crimen habría sido perpetrado por sicarios y agregó que conocería los posibles móviles del asesinato. Según publicó la prensa local, el padre de Suazo sería un reconocido dirigente campesino en ese sector. “En ese lugar, hay una lucha de las comunidades por el uso de los ríos. Puede ser que Souza haya prestado su micrófono a la población y esté vinculado a eso su asesinato, aunque no lo tengo confirmado”, explicó a Página/12 Bertha Oliva de Nativí, coordinadora del Comité de Familiares de Detenidos-Desaparecidos en Honduras (Cofadeh).

Con el asesinato de Souza, son diez los periodistas que fueron asesinados en Tegucigalpa. Según publicó el diario hondureño La Tribuna, las víctimas son Joseph Hernández Ochoa (Canal 51), David Meza (Radio El Patio), José Bayardo Mairena y Víctor Manuel Juárez (Radio Súper 10), Nahum Palacios (Televisión del Aguán), Luis Chévez (emisora W105), Georgino Orellana (canal de San Pedro Sula), Nicolás Asfura (periodista radial) y Luis Arturo Mondragón, director de noticias del Canal 19 de El Paraíso. La organización Campaña para un Emblema de Prensa dio a conocer el lunes una lista con los países más peligrosos para ejercer el periodismo. No por casualidad, Honduras ocupó el tercer puesto, detrás de México y Pakistán.

Las organizaciones de prensa y los organismos de derechos humanos denuncian que sigue impune la mayoría de los asesinatos de los trabajadores de medios cometidos después del golpe de Estado que arrancó del poder al presidente Manuel Zelaya en junio de 2009. El actual mandatario hondureño, Porfirio Lobo, intentó en varias ocasiones sacarles el tinte político a estos crímenes y desligar al gobierno de la responsabilidad por la muerte de los periodistas. Según el gobernante, los homicidios se deben a la “violencia criminal” que sacude al país. “Hay una fina estrategia para justificar toda la persecución que hay y para que ésta aparezca como un crimen común”, declaró Oliva de Nativí.

La violencia y la represión están a la orden del día en Tegucigalpa, según hacen saber las organizaciones humanitarias. El Comisionado Nacional de los Derechos Humanos reconoció que en los primeros seis meses de 2010 hubo un promedio de 16 muertes violentas por día. “En el primer semestre de 2010, la tasa nacional de homicidios por cada 100.000 habitantes fue de 36 y podría llegar a 72 al final de 2010 de mantenerse la tendencia actual”, indicó Custodio en un informe reciente. En 2009, Tegucigalpa había registrado una tasa de homicidios por habitante que multiplicaba por ocho al promedio mundial, que el Informe Mundial de la Violencia y la Salud estableció en 8,8.

La semana pasada, Human Rights Watch (HRW) emitió un informe y una recomendación para que el gobierno de Honduras investigue 47 casos de agresiones o amenazas y otros 18 asesinatos cometidos desde enero de este año contra periodistas, militantes políticos y defensores de los derechos humanos. “A pesar de que el presidente Lobo expresó su preocupación por estos casos, en los últimos seis meses atacó directamente a las organizaciones de derechos humanos, a las que acusó de tener intereses políticos”, dijo a este diario Wilfredo Méndez, director del Centro de Investigación y Promoción de los Derechos Humanos en Honduras (Ciprodeh). Méndez dijo que aún las organizaciones no manejan cifras definitivas, pero que en 2011 se presentará la investigación que está llevando a cabo la Comisión de la Verdad, de la que es cofundadora Nora Cortiñas, Madre de Plaza de Mayo.

Informe: Luciana Bertoia.

Nota: Não publiquei a foto do jornalista assassinado por não achar necessário. Clique aqui para ler a matéria original.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Conselho dos Direitos Humanos da ONU debate situação em Cote d'Ivoire



Fonte: Rádio ONU
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.


Proposta de resolução apela às partes do país a cessarem violações; situação de instabilidade provocou pelo menos 173 mortos.

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas vai ter uma reunião de emergência, esta quinta-feira, em Genebra, para discutir a situação em Cote d'Ivoire, também conhecida por Costa do Marfim.

A alta comissária adjunta dos Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, disse ao conselho que a situação dos direitos humanos está a agravar-se no país da África Ocidental.

Incerteza

Segundo referiu, na semana passada ocorreram pelo menos 173 mortes, 471 prisões e 24 desaparecidos.

A Cote d'Ivoire tem estado mergulhada numa situação de incerteza política após o presidente em exercício, Laurent Gbagbo, ter-se recusado a aceitar os resultados eleitorais nas presidenciais de 28 de novembro.

As Nações Unidas endossaram a vitória de Alassane Ouattara, apesar de Gbagbo reclamar vitória no pleito.

Linha de Ajuda

Segundo a alta comissária adjunta, uma linha de ajuda especial, lançada pela Operação das Nações Unidas em Cote d'Ivoire, recebe cerca de 300 chamadas por dia sobre alegadas violações dos direitos humanos.

Em comunicado lido pela sua porta-voz, Kyung-wha Kang condenou igualmente o uso da rádio e televisão nacional e de alguns jornais privados, por apoiantes de Laurent Gbagbo, para o incitamento público a actos de violência.

Segundo a porta-voz, o incitamento ao ódio e à violência não são permitidos à luz do direito internacional. Ela refere que os incitamentos são puníveis ao abrigo do direito internacional. Segundo declara, tem sido impossível investigar todas as alegações de graves violações dos direitos humanos incluindo informações sobre a existência de valas comuns, devido a restrições de movimentação do pessoal da ONU.

Uma proposta de resolução a ser submetida ao órgão apela a todas as partes em Cote d'Ivoire a cessarem com violações aos direitos humanos, respeitarem a vontade popular, restaurarem a democracia e ao estado de direito.

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quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Unesco quer maior proteção para jornalistas em áreas de conflito


Fonte: Rádio ONU
Alessandra Ribeiro, da Rádio ONU em Nova York.


Comitê de Proteção aos Jornalistas revela que pelo menos 42 profissionais do setor foram mortos em 2010.

A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, reforçou o apelo para que a liberdade de imprensa seja garantida.

A diretora-geral da agência, Irina Bokova, pediu maior segurança para jornalistas e outros profissionais de mídia em áreas de conflito ou de instabilidade.

Mortes

Segundo um relatório do Comitê de Proteção aos Jornalistas, CPJ, pelo menos 42 profissionais foram mortos em 2010.

Irina Bokova diz que, apesar das mortes terem diminuído em relação a anos anteriores, o número ainda é "muito alto e inaceitável".

O levantamento do CPJ mostra que os ataques suicidas e os protestos violentos aumentaram a proporção de mortes.

Ranking

O Paquistão lidera o ranking de países com o maior número de jornalistas mortos em conflitos: oito profissionais. Em seguida vem o Iraque, com quatro. Honduras e México tiveram o mesmo número de jornalistas mortos: três.

A diretora-geral da Unesco também lamentou a morte do jornalista da rede de TV Al-Anbar, Omar Rasim al-Qaysi, durante um ataque suicida no Iraque, no último dia 12 de dezembro.

Ela pediu que países com áreas de conflito "façam o possível para melhorar as condições de segurança de trabalho dos jornalistas."

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sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ban apela o presidente Gbagbo a deixar o poder em Cote d'Ivoire


Fonte:Alassane Ouattara
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque


Secretário-Geral da ONU alerta que qualquer ataque contra as forças de manutenção da paz da organização é um ataque à comunidade internacional.

As Nações Unidas redobraram os seus esforços para resolver a crise pós-eleitoral em Cote d'Ivoire, também conhecida como Costa do Marfim.

A organização lançou um apelo ao presidente cessante, Laurent Gbagbo, que deixe o cargo, face à vitória de Alassane Ouattara.

Rumo Perigoso

No início da conferência de imprensa do fim do ano, em Nova Iorque, o Secretário-Geral, Ban Ki-moon, alertou para o rumo perigoso da situação que se saldou em pelo menos 12 mortos.

O Secretário-Geral adverte contra quaisquer medidas tendo como alvo o Hotel Gulf, na capital, Abidjan, onde estão estacionadas as forças de manutenção da paz da ONU e Ouattara está hospedado, devido à recusa de Laurent Gbagbo em deixar o palácio presidencial.

Segundo Ban, qualquer ataque contra as forças da organização constitui um ataque à comunidade internacional. Ele enfatizou que os responsáveis pela perda de vidas civis deverão prestar contas.

Contactos com Líderes

O Secretário-Geral disse estar em contacto com vários líderes africanos.

Na capital marfinense, o chefe da Missão das Nações Unidas em Cote d'Ivoire, Unoci, Young-Jin Choi, conferenciou com o presidente da Comissão da União Africana, Jean Ping, sobre formas para resolver a crise.

Um comunicado da Unoci refere ter sido o mais recente de uma série de contactos regionais e transcontinentais para assegurar que "seja respeitada a vontade do povo marfinense, expressa nas urnas a 28 de novembro".

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Lula rejeita chefiar ONU e diz temer poderio dos EUA

Fonte: Estadão online / REUTERS

Em sua última participação em uma reunião do Mercosul antes do fim do mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva rejeitou estar à frente a secretaria-geral da ONU e disse que teme que os Estados Unidos queiram ocupar todos os espaços na entidade.

Lula foi aclamado pelos demais presidentes presentes no encontro, realizado em Foz do Iguaçu (PR), e recebeu o incentivo do boliviano Evo Morales para ocupar a secretaria-geral da ONU.

"Eu só posso compreender a indicação como um gesto de cortesia do meu companheiro Evo Morales", disse Lula a jornalistas.

Lula voltou a defender um técnico para a secretaria-geral da ONU.

"Eu acho que a ONU precisa ser dirigida por algum técnico competente da ONU. Não pode ter um político forte na ONU, porque não pode ser maior que os presidentes dos países e eu fico meio preocupado se virar moda presidentes de países presidirem a ONU", disse Lula.

"Daqui a pouco os EUA estão disputando, além do Conselho de Segurança, também o controle das Nações Unidas e aí tudo ficará mais difícil", completou.

Disse ainda que, aos 65 anos, não vai "pendurar a chuteira" e que vai continuar fazendo política organizando os partidos da América Latina e levando experiências bem-sucedidas do Brasil a países da África.

"O Brasil tem políticas sociais extremamente exitosas e isso poderá servir de base para aplicação em outros países se eu respeitar as peculiaridades de cada país", disse.


(Reportagem de Raymond Colitt)

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quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Jornalista cubano recebe prêmio de direitos humanos, mas é impedido de participar de cerimônia

Fonte: Portal Imprensa

O jornalista Guillermo Fariñas, dissidente cubano que fico ficou mais de quatro meses em greve de fome pela liberdade de presos políticos, não pode deixar seu país para receber o prêmio de direitos humanos Sakharov, concedido pela União Europeia aos "indivíduos excepcionais que combatem a intolerância, o fanatismo e a opressão".

Nesta quarta-feira (15), em solenidade em Estrasburgo, na França, o prêmio foi entregue simbolicamente ao jornalista, que não obteve autorização do governo cubano para deixar a ilha. Para compensar a ausência, o dissidente enviou um vídeo à premiação.

"Isso (o vídeo) é uma prova irrefutável que infelizmente nada mudou em Cuba", afirmou Fariñas, segundo informa o Estadão.com.

Catherine Ashton,chefe da diplomacia da União Europeia, lamentou a ausência de Fariñas e pediu a "libertação incondicional" de todos os presos políticos cubanos. "Quero parabenizar Fariñas, que recebeu o prêmio em nome de todos aqueles que lutam em Cuba por mais liberdade e pelos direitos humanos", disse.

"A União Europeia continuará abordado o tema dos direitos humanos com as autoridades cubanas e neste contexto saúda a recente libertação de um número determinado de prisioneiros políticos. Esperamos que esse processo leve à liberdade todos eles", concluiu.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Mais de 3 milhões de pessoas assinam a petição da FAO para acabar com a fome


Fonte: Site da Organização das Nações Unidas (ONU) no Brasil

Na América Latina e caribe o número ultrapassou 600 mil assinaturas

Brasília, 6 de dezembro de 2010 - Mais de três milhões de pessoas no mundo assinaram a petição do projeto “1billionhungry” da Organização das Nações para Agricultura e Alimentação (FAO). Esse número foi apresentado pelo diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, aos governos do mundo em uma cerimônia realizada na sede da FAO, em Roma, para pedir a erradicação da fome e que o tema seja prioridade nas agendas dos governantes. A campanha teve início no mês de maio.

“Pessoas de todo mundo pedem mudanças, pedem, também,aos líderes políticos a atuarem e resolverem as causas da fome e segurança alimentar”, afirmou Diouf. “Espero sinceramente que suas vozes sejam ouvidas. Derrotar a fome é um objetivo realista em nosso tempo, sempre que se aplicam soluções duradouras a nível político, econômico, técnico e financeiro”, acrescentou.

As últimas estimativas da FAO, mostraram que o número de pessoas famintas no mundo chegou a 925 milhões. No ano passado, a crise econômica mundial e a alta dos preços dos alimentos ultrapassaram a barreira de um bilhão de pessoas com fome no mundo.

Das cerca de três milhões de assinaturas, a América Latina e o Caribe contribuíram com 619.700 assinaturas. "O grande apoio de pessoas da região demonstra que os países da América Latina e o Caribe estão comprometidos com a erradicação da fome, confirmando seu compromisso para acabar com esta injustiça social", disse o Representante Regional da FAO, José Graziano da Silva.

Dos países da América do Sul, o Brasil obteve 240.838 assinaturas. “Esta campanha demonstrou mais uma vez que o Brasil está comprometido com a causa do combate a fome, e que todos os setores da sociedade brasileira estão engajados nessa causa nobre”, afirmou o representante da FAO no Brasil, Hélder Muteia.

Brasil: compromisso com a luta contra a fome - Nos últimos anos, o Brasil promoveu importantes avanços institucionais para garantir o direito à alimentação, como a inclusão do direito à alimentação entre os direitos sociais assegurados na Constituição, e a promulgação da Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional e da lei que determina que 30% dos produtos que abastecem a merenda escolar sejam comprados de agricultores familiares.

Apoia à campanha – Importantes líderes políticos latinoamericanos e caribenhos se somaram ao projeto: O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, a presidenta da Argentina, Cristina Fernández Kirchner, o presidente de Honduras, Porfirio Lobo, o da Guatemala, Álvaro Colóm Caballeros, e da República Dominicana, Leonel Fernández apoiaram a iniciativa e assinaram a petição.

Outras personalidades destacadas como a primeira dama da República Dominicana, Margarita Cedeño de Fernández e a de El Salvador, Vanda Pignato, o enviado especial das Nações Unidas para mudança climática, Ricardo Lagos, e a secretária geral adjunta da ONU Mulheres, Michelle Bachelet,

Os Embaixadores da Boa Vontade da FAO e outras personalidades também assinaram a petição, entre eles cabe destacar os cantores Gilberto Gil, Fanny Lu, o músico cubano Chucho Valdés, o grupo mexicano maná, e a escritora chilena, Isabel Allende.

No Brasil, o projeto contou com diversos apoios, entre eles, do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea Nacional e Consea/RS), Rede Nacional de Mobilização Social (COEP), Agências do Sistema das Nações Unidas, Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), Ministérios, Defensoria Pública/SP, Ministério Público Estadual/RS, FETAG/RS, Emater/RS, Emater/DF, Embrapa, Contag, Visão Mundial, Portal do Voluntariado, Planeta Voluntários, Biblioteca Nacional de Brasília (BNB), e universidades como Unisinos/RS, UFRGS, IPA/RS, Escola de Saúde Pública/RS, UniCeub e IESB, entre outras instituições.

A campanha entra numa segunda fase para obter mais assinaturas.

Outras informações:
Lídia Maia – Assessora de Comunicação FAO Brasil
Fone: (61) 8455-1289 – lidia.silva@fao.org

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sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Para embaixador palestino no Brasil, reconhecimento formal ajuda no processo de paz

Fonte: Uol
Thiago Chaves-Scarelli
Do UOL Notícias
Em São Paulo


O Brasil reconheceu esta semana pela primeira vez, de modo formal, o Estado palestino "nas fronteiras de 1967", em carta enviada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahmoud Abbas. Para o maior representante diplomático palestino no Brasil, a medida é “grande avanço”.

“É um momento de alegria para o povo palestino, porque vem em concordância com o justo direito de nosso povo ter nosso próprio Estado e é um reflexo da política justa e equilibrada do governo brasileiro, do senhor Luiz Inácio Lula da Silva e de seu chanceler, Celso Amorim”, afirmou o embaixador Ibrahim Al Zeben ao UOL Notícias.

Questionado pela reportagem sobre as consequências deste reconhecimento para as negociações de paz no Oriente Médio, o embaixador palestino afirmou que “com certeza ajuda”.

“Está baseado no direito internacional”, argumentou Al Zeben, “Deve contribuir para uma paz justa”.

O reconhecimento brasileiro foi uma resposta a um pedido manifestado em uma carta enviada por Abbas a Lula no final de novembro. "Enquanto expressamos a Vossa Excelência o nosso orgulho das valorosas e históricas relações brasileiro-palestinas, que refletem suas posições firmes em relação ao nosso povo ao longo dos anos e em nossos recentes encontros, esperamos, nosso caro amigo, que Vossa Excelência decida tomar a iniciativa de reconhecer o Estado da Palestina nas fronteiras de 1967", escreveu Abbas.

“Por considerar que a solicitação apresentada por Vossa Excelência é justa e coerente com os princípios defendidos pelo Brasil para a Questão Palestina, o Brasil, por meio desta carta, reconhece o Estado palestino nas fronteiras de 1967”, respondeu Lula, em 1º de dezembro.

Segundo o embaixador Al Zeben, a carta é suficiente para configurar reconhecimento formal. Dessa forma, o Brasil se torna o quinto país na América a reconhecer o Estado palestino, ao lado de Cuba, Nicarágua, Venezuela e Bolívia, segundo o diplomata. Ao todo, mais de cem países reconhecem o Estado palestino.

Histórico

O Brasil já reconhecia desde 1975 a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) como instituição legítima de representação dos palestinos. Em 1993, o Brasil autorizou abertura da Delegação Especial Palestina no país, com “status” diplomático semelhante às representações das Organizações Internacionais. Em 1998, o tratamento concedido à Delegação foi equiparado ao de uma Embaixada, para todos os efeitos. As informações são do Itamaraty.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

AL pode evitar dano ambiental irreversível


Fonte: Radio das Nações Unidas (ONU)
BRUNO MEIRELLES
da PrimaPagina


Relatório da ONU alerta para necessidade de América Latina substituir modo de exploração de recursos naturais por plano mais sustentável


A manutenção de práticas não sustentáveis de exploração de recursos naturais na América Latina e Caribe vai levar ao registro de danos praticamente irrecuperáveis, que afetarão diretamente o crescimento econômico da região. É o que afirma o relatório “The Importance of Biodiversity and Ecosystems in Economic Growth and Equity in Latin America and Caribbean: A Regional Economic Valuation of Ecosystems" (A Importância da Biodiversidade e dos Ecossistemas para o Crescimento Econômico e a Igualdade na América Latina e Caribe: Uma Valoração Econômica dos Ecossistemas, em tradução livre).

O estudo, conduzido pelo PNUD em parceria com PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), CEPAL (Comissão Econômica para a América Latina e Caribe), UNCTAD (Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento) e outros órgãos e agências, tem como objetivo alertar autoridades e empresas sobre os riscos de se empreender tais atividades.

O relatório traz ainda uma série de recomendações em áreas como agricultura, pesca, produção farmacêutica, serviços hídricos, áreas protegidas e turismo para que os países da região realizem a transição para um modelo de manejo ambiental mais sustentável por meio de políticas que o tornem economicamente competitivo com o exploratório no curto prazo. Isso pode ser feito por meio de subsídios, isenções tributárias, pagamentos por serviços ambientais e esquemas de certificação.

Segundo o documento, a América Latina e o Caribe são “superpotências da biodiversidade”, pois concentram cerca de 40% das espécies do planeta e reúnem cinco dos dez países com maior riqueza biológica no mundo: Brasil, Colômbia, Equador, México e Peru.

"A América Latina e o Caribe possuem um dos maiores capitais naturais do mundo", diz Heraldo Muñoz, Secretário-Geral Adjunto da ONU e Diretor do PNUD para a região. "As políticas recomendadas em nosso relatório possuem o potencial de transformar modelos tradicionais de desenvolvimento – elevando a qualidade de vida de milhões de pessoas ao preservar e recuperar nossa biodiversidade e serviços ligados ao ecossistema."

No entanto, esse potencial não está sendo utilizado para reduzir a desigualdade, alerta o estudo. Apesar de o Produto Interno Bruto (PIB) da região ter crescido continuamente entre 2002 e 2008, um em cada quatro habitantes locais ainda vivia com menos de US$ 2 por dia. Estima-se que todos os anos seja derrubados 4 milhões de hectares de bosques tropicais na região, e os membros carentes da sociedade são os que mais dependem deles para sobreviver.

Entre os elementos responsáveis pela degradação dos sistemas naturais destacam-se a destruição e alteração de habitats, a superexposição e o uso não sustentável dos recursos, práticas equivocadas de gestão de terras, contaminação terrestre e aquática, propagação de espécies exógenas que afetam a estrutura dos ecossistemas e mudança climática.

"As empresas precisarão entender melhor e quantificar o quanto podem se beneficiar e que impacto geram na biodiversidade e nos serviços ligados ao ecossistema", afirma Enrique Iglesias, titular da Secretaria-Geral Iberoamericana e membro da Comissão de Biodiversidade, Ecossistemas, Financiamento e Desenvolvimento do relatório.

Recomendações de transição

O estudo identifica que os obstáculos para a adoção de um modelo de manejo sustentável na região incluem o preço demasiadamente baixo cobrado por áreas florestais, água e fertilizantes, o que estimula a superexploração dos recursos. Além disso, a transição implica em investimentos em tecnologia, capacitação e em abrir mão dos ganhos regulares no curto prazo, até que o novo sistema comece a dar lucros.

Para superar essas barreiras, o estudo recomenda que os governos locais façam uma análise das vantagens e desvantagens de uma política que maximize a produção e vise lucros no curto prazo e de outra que preserve os recursos dos ecossistemas.

Além disso, o documento destaca a necessidade de desenvolvimento de instrumentos de compensação para as perdas ambientais, fazendo com que os responsáveis por contaminar ou danificar recursos compensem o Estado por isso, dando maiores condições para que se invista na conservação.

Agricultura

A atividade tem vital importância para a economia da América Latina e Caribe, representando 44% de suas exportações em 2007 e empregando cerca de 9% da população local. Apesar de sua relevância, mais da metade das pessoas que vivem no campo está abaixo da linha da pobreza. Um dos principais problemas do setor é a adoção de um modelo que não respeita a capacidade produtiva do solo e vai provocando sua erosão, o que torna o negócio cada vez menos lucrativo, visto que aumentam os gastos com tecnologia, agrotóxicos e mão de obra para que a produtividade seja mantida.

O estudo sugere ainda que mais da metade das áreas florestais que são derrubadas para a criação de gado acaba abandonada por causa da degradação do solo. Enquanto nos primeiros quatro anos a média por hectare é de dois animais, após este período a taxa cai para apenas 0,3.

Outro fator preocupante é elevado o uso de agrotóxicos. Se, por um lado, ele triplicou a produtividade na região desde 1960, por outro estima-se que sejam aplicados anualmente 30 quilos de pesticidas por hectare, dez vezes mais do que nos países desenvolvidos. Isso leva a um aumento de gastos para o tratamento das enfermidades causadas por essas substâncias, especialmente no caso de trabalhadores que são muito pobres, em que os tratamentos representam uma pesada carga financeira.

Já culturas de exportação, como a soja, podem trazer benefícios econômicos aos agricultores da ordem de US$ 180 milhões. Porém, seus custos, considerando os danos ambientais causados pela destruição de habitats para aumentar as superfícies cultivadas, ficam entre US$ 762 milhões e US$ 1,9 bilhão.

Para reverter essa situação, o documento destaca a importância de se disseminar a visão de que as terras agrícolas não oferecem apenas comida. Com uma boa gestão, elas também podem fornecer serviços como os de captura de carbono, regulação da qualidade da água e conservação da biodiversidade.

Entre os exemplos positivos citados no documento destaca-se a adoção de adubos orgânicos na região Sul do Brasil, que aumentou a renda agrícola anual em US$ 98.460 para o milho, em US$ 56.071 para a soja e em US$ 12.272 para o feijão. Já no México, a rotação de cultivos de feijão e abóboras aumentou a produtividade entre 47% e 74% em relação à monocultura.

Pesca

De acordo com o relatório, das 49 populações de peixes da América Latina e Caribe sobre as quais existem dados disponíveis, apenas 12% apresentam algum potencial para aumentar a produção. Cerca de 30% delas têm sido exploradas de forma moderada ou completa e, portanto, estão se aproximando de seus limites de sustentabilidade. Outros 12% são totalmente explorados ou superexplorados. Mais de um terço (35%) das unidades populacionais estão além do seu limite ou esgotadas, enquanto 10% estão se recuperando.

Essa situação é possibilitada por fatores como a sobrecapacidade das frotas marítimas, os subsídios que a pesca predatória encontra e a falha no controle legal, já que muitas vezes não há qualquer regulamentação ou registro. Como consequência, a perda de produtividade implica em custos mais elevados de viagem, já que, em resposta à deterioração, a frota deve mover-se para áreas cada vez mais distantes da costa.

Como a maioria dos recursos do setor estão em níveis críticos de exploração, o estudo recomenda a reconstituição das unidades populacionais de peixes, criando cotas ou reduzindo a capacidade de pesca para níveis que correspondam à produtividade dos recursos, além de reorientar os subsídios do setor.

Produção farmacêutica

O relatório alerta que as operações florestais predatórias na região são viabilizadas por condições como abundância relativa de recursos, presença limitada do governo, extração ilegal de madeira, falta de direitos de propriedade de terras bem definidos, subsídios perversos e insuficiência de informações sobre os custos reais da degradação. Esta situação faz com que os recursos florestais sejam vistos como bens livres, e o Estado deixa de se beneficiar com a renda resultante da sua extração.

Além disso, a produtividade do setor depende de vários elementos, como chuva e umidade do solo, reciclagem de nutrientes, fertilidade, polinização e controle de pragas. Caso algum destes fatores sejam alterados significativamente, as florestas podem mudar sua natureza, ou mesmo entrar em colapso. Por isso, estima-se que a adoção de técnicas de baixo impacto e uma redução de 10% nas taxas de desmatamento anual na América Latina e Caribe poderia gerar lucros entre US$ 600 milhões e US$ 2,5 bilhões por ano.

Um exemplo positivo citado são as Áreas Protegidas do México, como parques nacionais, que contribuem com pelo menos US$ 3,5 bilhões por ano para a economia nacional. Cada peso mexicano (cerca de US$ 0,07) investido em áreas protegidas gera 52 pesos (US$ 4) para a economia.

Turismo

América Latina e Caribe concentram 5% do mercado mundial e, segundo o documento, têm um grande potencial de expansão, pois contam com atrativos como praias e água limpa, recifes, rios cristalinos, aves, peixes, baleias e florestas. Porém, o setor é ameaçado por modelos de turismo em massa, como os vigentes no Caribe e caracterizados por grandes hotéis e resorts, cruzeiros e assentamentos urbanos de férias que utilizam aspectos não-sustentáveis. A demanda turística per capita por água potável, por exemplo, varia entre 3 e 10 vezes a de usuários residenciais da região.

Em vista disso, o estudo alerta que o turismo dedicado à natureza pode se tornar uma ferramenta vital não só para combater este modelo, como também para gerar emprego e renda em áreas subdesenvolvidas, mas ricas em recursos naturais. A atividade pode estimular a venda de artesanato, alimentação, serviços culturais e transporte para grupos de turistas, além de proporcionar outros benefícios para os mais pobres, como, por exemplo, infra-estrutura e melhoria dos serviços.

Por exemplo, a maioria dos turistas internacionais que chegou à região – entre 66% e 75% – visitou pelo menos uma área protegida, e aproximadamente 94% das empresas de turismo e hospedagem do Caribe, consultadas para o relatório, indicaram depender do meio ambiente para sua sobrevivência.

Economia global não deve melhorar em 2011, diz relatório



Fonte: Rádio das Nações Unidas (ONU)
Mônica Villela Grayley, da Rádio ONU em Nova York.


Crescimento deve ser de 3,1%, seguidos por 3,5% em 2012, taxas insuficentes para sustentar uma recuperação dos 30 milhões de postos de trabalho perdidos com a recessão.

Um relatório das Nações Unidas revela que a economia global não deve melhorar em 2011. O documento foi divulgado nesta quinta-feira na sede da ONU.

Segundo o relatório, "Estimativas e Situação Econômica Mundial 2011", a falta de empregos pode frear a possibililidade de recuperação.

Níveis Insuficientes

A previsão do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais, Desa, é de que a taxa de crescimento para o próximo ano seja de 3,1%. Em 2012, a economia deve crescer 3,5%. Ambos os níveis são insuficientes para recuperar os postos de trabalho perdidos durante a recessão.

Numa entrevista à Rádio ONU antes da divulgação do relatório, o vice-chefe da Cepal, Antônio Prado, disse que os países latino-americanos precisam monitorar a situação da economia, principalmente na Europa e nos Estados Unidos.

Europa e Estados Unidos

"Ainda existem preocupações em relação ao que acontece nos Estados Unidos. Isso afeta alguns países da região, principalmente, México, América Central e Caribe. E também o que pode ocorrer com a Europa", explicou.

Entre 2007 e 2009, pelo menos 30 milhões de pessoas em todo o mundo ficaram desempregadas. Segundo o relatório, as medidas de austeridade fiscal de vários governos estão impedindo uma recuperação rápida de criação de postos de trabalho.

O chefe da pequisa, Rob Vos, disse que o caminho para a recuperação será longo. Segundo ele, os problemas apresentados este ano por economias de países desenvolvidos levaram à diminuição do ritmo.

Países em desenvolvimento como China e Índia continuam com performance forte, mas devem sofrer uma moderação em torno de 7% nos próximos dois anos.

Brasil

Já na América Latina, o crescimento da economia deve ser de 4%, um pouco menos do que os 5,6% que eram esperados. Considerada a locomotiva do continente, o Brasil deverá permanecer forte e ajudando no crescimento dos países vizinhos.

A recuperação também tem sido sólida na maioria do continente africano que deve crescer 5% em 2011 e 2012. Nos Estados Unidos, a projeção de crescimento é de 2,2% em 2011 e de 2,8% em 2012. Para os economistas do relatório, a recuperação de postos de trabalho nos Estados Unidos deve levar pelo menos mais quatro anos.

O relatório da ONU mostra que os países em desenvolvimento continuam puxando a recuperação global, mas este quadro sofrerá mudanças com a desaceleração das economias ricas e o fim das medidas de estímulo fiscal.

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sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Convenio para recuperar áreas degradadas en Amazonas


Fonte: Centro de Notícias ONU

26 de noviembre - 2010 La FAO y el gobierno de Brasil firmaron un convenio para recuperar áreas degradadas y ociosas en el Amazonas.
Se estima que en ese país hay cerca de 70 millones de hectáreas de pasto degradadas, de las cuales 16 millones se encuentran en la zona amazónica.

Además, entre 17 y 18 millones de hectáreas corresponden a áreas desmanteladas por los productores después de un período de explotación agrícola.

El representante de la FAO en Brasil, Hélder Muteia, destacó la importancia de la iniciativa porque el Amazonas es un ecosistema con características y funciones únicas en materia de equilibrio ambiental.

La agencia de la ONU aportará cooperación técnica y asegurará la calidad de los resultados del proyecto, mediante supervisión, seguimiento y apoyo.

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segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Audiência debate direitos humanos nos países no Mercosul

Fonte: Site Jusbrasil

A Comissão de Cidadania e Direitos Humanos do Parlamento do MercosulBloco econômico formado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, com o objetivo de criar um mercado comum com livre circulação de bens e serviços, adotar uma política externa comum e harmonizar legislações nacionais, tendo em vista uma maior integração.

A adesão da Venezuela ao Mercosul já foi aprovada por Brasil, Argentina e Uruguai mas ainda precisa ser aprovada pelo Paraguai. Chile, Bolívia, Peru, Colômbia e Equador são países associados, ou seja, podem participar como convidados de reuniões do bloco. realiza hoje audiência pública sobre direitos humanos nos Estados partes do bloco.

Os debates serão abertos às 9 horas pela presidente da comissão, Mirtha Palacios (Paraguai), e pelo senador brasileiro Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC).

Às 9h30, haverá uma palestra de Daniella Hiche, representando o Comitê de Direitos Humanos e Políticas Internacionais da Comunidade Baha'i.

A audiência será realizada no plenário 19 da ala Senador Alexandre Costa, no Senado.

Autor: Agência Câmara
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quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Academia empossa personalidade


Fonte: Site Correio do Estado de Mato Grosso do Sul

Reportagem: Cristina Medeiros



Ele é pacifista, filósofo, poeta laureado e escritor com obras em mais de 20 idiomas. O dr. Daisaku Ikeda é a personalidade mundialmente conhecida que, a partir de amanhã, se tornará membro correspondente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras. Fundador de universidades, escolas de ensino fundamental e médio, recebedor do título de Honoris Causa em mais de 130 universidades do mundo, é sócio-correspondente da Academia Brasileira de Letras desde 1992, na qual ocupa a cadeira nº 14.

O evento programado pela diretoria da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras acontecerá às 19h30min, quando será dada a posse a Daisaku Ikeda, na ocasião representado pelo vice-presidente da Associação Brasil-SGI, Paulo Endo. Ele será saudado pelo acadêmico Rubenio Marcelo.

“A posse do dr. Daisaku Ikeda enriquecerá ainda mais esta academia, já que seus 34 livros, totalmente traduzidos para o português, farão parte de nossa biblioteca e estarão à disposição da população. Trata-se de um homem cujo trabalho e prestígio é reconhecido mundialmente e muito nos orgulha tê-lo como membro correspondente”, disse Reginaldo Araújo, presidente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras.

A solenidade contará com atrações culturais e acontecerá no Auditório da Anoreg (Rua Tabelião Nelson Pereira Seba, 50, B. Chácara Cachoeira).

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terça-feira, 16 de novembro de 2010

Posse do humanista Daisaku Ikeda como Membro Correspondente da Academia Sul-Matogrossense de Letras - ASL


Ainda como parte das comemorações de 39 anos de fundação da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, acontecerá – na próxima noite de 18/novembro, às 19h30min - a posse solene do consagrado humanista e escritor Daisaku Ikeda como novo membro correspondente do sodalício. A solenidade aberta será no Auditório da ANOREG (Rua Tabelião Nelson Pereira Seba, 50, B. Chácara Cachoeira) e contará com atrações culturais.

Eleito recentemente, de acordo com Edital da ASL, o renomado pacifista e filósofo Daisaku Ikeda será saudado e apresentado, por ocasião da sessão magna de posse, pelo acadêmico Rubenio Marcelo.

Residente no Japão, Dr. Daisaku Ikeda é fundador do Instituto de Filosofia Oriental, do Museu de Arte Fuji de Tóquio, do Centro de Pesquisas para o Século 21 - de Boston, da Universidade Soka da América nos EUA. É autor de dezenas de obras publicadas em mais de 20 idiomas (também em português) e ostenta inúmeras premiações internacionais, inclusive no Brasil, como por exemplo: a Ordem Nacional Cruzeiro do Sul, e a Ordem do Pinheiro no Grau Grã Cruz do Paraná. Palestrante e conferencista mundial, proferiu em 1993 na Academia Brasileira de Letras (da qual é membro correspondente), a palestra “A Alvorada de Esperanças da Civilização Universal”. É Doutor Honoris Causa e Professor Honorário de dezenas de universidades. É presidente da ONG Soka Gakkai Internacional, que integra a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura.

Fonte: Site Academia Brasileira de Letras de MS. Para ver matéria original, clique aqui.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Japonês será empossado membro correspondente da Academia de Letras de MS

O escritor e pacifista japonês Daisaku Ikeda será membro correspondente da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras (ASL). A homenagem ao fundador do Instituto de Filosofia Oriental faz parte das comemorações dos 39 anos de atividades da academia.

Atrações culturais vão marcar a solenidade, que ocorrerá na próxima quinta-feira (18), às 19h30, no auditório da Anoreg (Rua Tabelião Nelson Pereira Seba, 50, - Chácara Cachoeira).

Residente no Japão, Daisaku Ikeda é autor de dezenas de obras publicadas em mais de 20 idiomas (também em português) e ostenta inúmeras premiações internacionais, inclusive no Brasil, como a Ordem Nacional Cruzeiro do Sul.

É doutor Honoris Causa e professor honorário de dezenas de universidades, e preside a ONG Soka Gakkai Internacional, com sede também em Campo Grande.

Recentemente, a ASL empossou como membro efetivo o advogado e ex-governador do Estado, Wilson Barbosa Martins.

Fonte: site Mídia Mix News
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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Prêmios Nobel da Paz se unem para pedir o fim das armas nucleares


Cúpula Mundial de Agraciados com o Prêmio Nobel da Paz tem como lema ‘O legado de Hiroshima: um mundo sem armas nucleares’

Fonte: Veja on-line

Vários premiados com o Nobel da Paz, entre eles o líder espiritual tibetano Dalai Lama, se reuniram nesta sexta-feira em Hiroshima, no Japão, para pedir a erradicação das armas nucleares. O ato fez parte da inauguração da Cúpula Mundial de Agraciados com o Prêmio Nobel da Paz, que tem como lema "O legado de Hiroshima: um mundo sem armas nucleares". Em setembro de 1945, as cidades de Hiroshima e Nagasaki foram arrasadas pelo lançamento de bombas atômicas.

O Dalai Lama afirmou que a eliminação dessas armas é "essencial". Os grandes ausentes da reunião de três dias são o presidente americano, Barack Obama, que está em Seul para a cúpula do G20( grupo que reúne os países ricos e os principais emergentes), e Mikhail Gorbachov, último presidente da União Soviética, que não pôde participar por motivos de saúde. A presença de Obama no encontro era considerada muito importante pelos organizadores do evento, já que em 2010 completaram-se 65 anos do bombardeio americano sobre as cidades japonesas.

O ativista chinês Liu Xiaobo, premiado com o Nobel da Paz neste ano, será representado pelo seu compatriota Wuer Kaixi na reunião. Xiaobo está preso desde 2008 por ter sido um dos 10.000 signatários de uma petição formulada para exigir reformas políticas no regime comunista chinês. O encontro terá a presença de Mohamed ElBaradei, ex-diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Na lista dos laureados que participam da cúpula também estão o ex-presidente sul-africano Frederik Willem De Klerk, a ativista irlandesa Mairead Corrigan Maguire, a iraniana Shirin Ebadi e a americana Jody Williams. Também acudiram ao encontro altos representantes das Nações Unidas, do Alto Comissão da ONU para os Refugiados (Acnur), da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), da Cruz Vermelha e da Anistia Internacional, além de especialistas em desarmamento nuclear.

No encerramento da cúpula, no domingo, será prestada uma homenagem às centenas de milhares de vítimas dos ataques atômicos sobre Hiroshima e Nagasaki, e será adotada um uma resolução contra as armas nucleares. Durante a reunião, o jogador italiano de futebol Roberto Baggio será agraciado com o Prêmio da Paz Mundial 2010, enquanto a confederação japonesa de organizações de vítimas de bombas atômicas e de hidrogênio também será reconhecida.

(Com agência EFE)

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sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Brasil: Primeira missão de uma perita da ONU sobre direitos culturais

Fonte: Site Organização das Nações Unidas (ONU) / Brasil

Genebra/Rio de Janeiro, 5 de novembro de 2010

Farida Shaheed, Perita Independente da ONU, visitará o Brasil entre os dias 8 e 19 de novembro de 2010, na primeira visita oficial de uma perita nomeada pelo Conselho de Direitos Humanos para monitorar e apresentar relatórios na área de direitos culturais, um dos últimos temas a receber acompanhamento especial por parte do Conselho.

“O Brasil, o maior e mais populoso país da América do Sul, com uma vasta diversidade cultural, oferece uma grande oportunidade para o meu mandato em minha primeira visita de monitoramento”, disse Shaheed, que visitará o Brasil a convite do Governo Brasileiro.

Em 2009 o Conselho de Direitos Humanos estabeleceu o novo mandato de Perita Independente no Campo dos Direitos Culturais para identificar boas práticas e obstáculos à realização dos direitos culturais, bem como para promover a adoção de medidas que protejam e promovam esses direitos.

“O direito à vida cultural e ao desenvolvimento cultural é parte essencial e inerente do direito de todos os indivíduos e povos, incluindo o direito a não ser forçado a participar”, afirma Shaheed.

“Não se trata apenas de dar acesso a obras de arte e humanidades, mas proteger a aquisição de conhecimento e a necessidade de comunicar”, disse. “Eles também implicam prover membros de grupos culturais que diferem dos grupos dominantes com caminhos para expressar seu ponto de vista cultural, participando do desenvolvimento cultural e social, e paralelamente preservando aqueles elementos de suas culturas que eles desejem manter.”

Durante a missão ao Brasil, a Perita se reunirá com representantes de instituições governamentais, incluindo autoridades nas áreas da cultura, educação, ciência e tecnologia, direitos humanos, mulheres, igualdade racial, questão indígena e relações exteriores. Ela também se reunirá com acadêmicos, líderes comunitários, representantes de movimentos afrodescendentes e indígenas. Shaheed visitará Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Dourados e Campo Grande (Mato Grosso do Sul), e Salvador (Bahia).

No final de sua viagem, no dia 19 de novembro às 11h00, a Perita Independente dará uma coletiva de imprensa em Brasília no Auditório IBICT – SAUS Quadra 05, Bl. H, Lote 06, Ed. IBICT/UNESCO – Sobreloja – Brasília.
Sobre a Perita Independente no Campo dos Direitos Culturais

Farida Shaheed assumiu como Perita Independente no Campo dos Direitos Culturais em 1º de agosto de 2009. Ela trabalhou por mais de 25 anos promovendo e protegendo direitos culturais através da promoção de iniciativas que respeitem diferenças culturais e apóiem o direito de setores marginalizados, incluindo mulheres, camponeses e minorias étnicas e religiosas. Ela recebeu vários prêmios internacionais e nacionais de direitos humanos e é uma experiente participante de negociações nacionais, regionais e internacionais.

Para saber mais sobre a Perita Independente, clique aqui.

Página do Brasil do Escritório do Alto Comissariado dos Direitos Humanos, clique aqui.

Informações para a imprensa

Valéria Schilling, Assessora de Comunicação
Centro de Informação das Nações Unidas para o Brasil (UNIC Rio)
Tel.: (21) 2253-2211 / Email: valeria.schilling@unic.org
Website: www.unicrio.org.br

Associação Budista Soka Gakkai celebra 80 anos de empenho pela paz

Fonte: Site Yahoo! - Clique aqui para ler a matéria original.

TÓQUIO, 4 de novembro de 2010 - A associação budista Soka Gakkai celebrou seu 80o aniversário com um encontro comemorativo em Tóquio, Japão, em 3 de novembro, atendido por cerca de 5 mil pessoas, incluindo 250 membros da Soka Gakkai International (SGI), representando 65 países e territórios.

No encontro, orquestra, coral e outras performances musicais foram intercaladas com um discurso do presidente da Soka Gakkai, Minoru Harada, e apresentações de representantes jovens descrevendo sua visão de que como a organização budista se desenvolverá nos próximos anos.

O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, enviou uma mensagem que encorajou os jovens membros a continuarem o esforço pela contribuição para paz mundial. "A solidariedade amigável e harmoniosa que vocês demonstram", ele afirmou, "é o retrato da paz futura tal como a humanidade há muito tempo sonhou".

O movimento SGI data suas raízes em 18 de novembro de 1930, dia em que Tsunesaburo Makiguchi (1871-1944) e Josei Toda (1900-58) publicaram a teoria "Soka" de Makiguchi, ou educação para a criação de valores. Ambos eram praticantes do budismo Nichiren e, ao longo dos anos 1930, a organização desenvolveu uma incrível orientação religiosa.

Depois de terem sido presos como "criminosos do pensamento", pela oposição ao governo militarista, Makiguchi morreu na prisão, em 1944, enquanto Toda foi libertado pouco antes do fim da guerra. Toda reconstruiu a Soka Gakkai como uma organização budista laica com uma mensagem de auto-empoderamento, e o movimento cresceu rapidamente.

Daisaku Ikeda, o sucessor de Toda, contava 32 anos quando se tornou presidente da Soka Gakkai, em 1960. Sob sua liderança, o movimento iniciou uma era de inovação e expansão e, em 1975, a Soka Gakkai International (SGI) foi fundada. Hoje ela é uma rede de budistas socialmente engajados e comprometidos com a promoção da paz, cultura e educação, com 90 organizações constituintes e 12 milhões de membros em 192 países e territórios.

Os membros da SGI praticam o budismo ensinado pelo monge japonês do século 13, Nichiren (1222-82), que estava convencido que o Lotus Sutra de Shakyamuni contém a mensagem central do budismo - de que todas as pessoas podem alcançar a iluminação. Isto é expresso no âmbito da SGI como "revolução humana" - a crença que uma profunda transformação dentro de um único indivíduo pode exercer uma influência positiva sobre toda uma sociedade.

A SGI é também ativa como uma ONG com laços formais com as Nações Unidas, promovendo atividades para a paz e o desarmamento, educação em direitos humanos e sustentabilidade. Tem criado também exposições itinerantes e promoveu campanhas para destacar a educação para desenvolvimento sustentável e angariar apoio público para a abolição nuclear.

Ikeda é amplamente reconhecido como um filósofo budista, autor e pacificador. Cinqüenta de seus diálogos, tais como o com Mikhail Gorbachev e Linus Pauling, foram publicados até a presente data. Ele devotou a si mesmo para a construção de pontes de entendimento entre pessoas de diferentes culturas e fé, e trabalhou com afinco para restaurar a confiança entre o Japão e países asiáticos que sofreram com o militarismo japonês durante a Segunda Guerra.

Como resultado de seus esforços para promover a paz e a educação humanística, Ikeda tem sido amplamente reconhecido por instituições acadêmicas em todo o mundo. Ele é o receptor de cerca de 300 títulos honorários e professorados de universidades em mais de 50 países, da Universidade Estadual de Moscou a Universidade de Hong Kong e a Universidade de Glasgow, na Escócia, Reino Unido.

Detalhes dos 80 anos de história da Soka Gakkai podem ser encontrados em http://www.sgi.org/

Mais informações sobre Daisaku Ikeda podem ser encontradas aqui: http://www.daisakuikeda.org/

Contato: Joan Anderson Escritório de Informação Pública Soka Gakkai International Tel: +81-3-5360-9475 Fax: +81-3-5360-9885 E-mail: janderson[at]sgi.gr.jp FONTE Soka Gakkai International

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Exposição "Sementes da Mudança" é inaugurada na cidade de Campo Grande / MS


A exposição “SEMENTES DA MUDANÇA: A CARTA DA TERRA E O POTENCIAL HUMANO” estreiou na cidade de Campo Grande, Capital do Mato Grosso do Sul, na noite do último dia 06 de outubro, nas dependências da Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul (FCMS), órgão ligado ao governo do Estado.

Estiveram presentes na abertura do evento o presidente da FCMS, Américo Calheiros, o presidente da Academia Sul Matogrossense de Letras, Reginaldo Alves de Araújo, além de políticos, professores de universidades e cerca de 200 membros da BSGI (Brasil Soka Gakkai Internacional) da localidade.

Essa é a quinta vez que a BSGI promove uma exposição neste local. Vale ressaltar também que a Academia Sul Matogrossense de Letras está em processo de tornar o presidente da SGI (Soka Gakkai Internacional), Dr. Daisaku Ikeda, seu sócio correspondente.

Documentário - Durante a exposição será exibido o documentário “Uma Revolução silenciosa”, projeto realizado em conjunto pela Soka Gakkai Internacional, UNEP (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), UNDP (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e Conselho da Terra.

O documentário e os painéis da exposição foram incorporados no currículo educacional de 80% das escolas do Canadá, dentro do programa “Criando a Paz: Empreendendo Ações”.

Oficina – Também está marcada a realização de uma oficina de atividades denominada “Trilha da Vida”, cujo objetivo é conscientizar crianças e adultos sobre o meio ambiente e os problemas ambientais.

Ao percorrer a trilha com os olhos vendados e pés descalços, os participantes adquirem a experiência cognitiva de perceber o meio ambiente através dos sentidos do tato, audição, olfato e paladar. A experiência visa despertar valores e interesses e motivar as pessoas a participar da proteção do meio ambiente e da melhoria da qualidade de vida.

A Exposição “SEMENTES DA MUDANÇA: A CARTA DA TERRA E O POTENCIAL HUMANO” foi criada pela Soka Gakkai Internacional (SGI) e pela Iniciativa da Carta da Terra, sendo apresentada pela primeira vez na Conferência Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, em Joanesburgo, em 2002.

Serviço:

A exposição Sementes da Mudança: A Carta da Terra e o Potencial Humano tem entrada franca e ficará no Memorial da Cultura até o dia 29 de outubro.


A visitação pode ser feita de segunda à sexta-feira, das 8h às 20 horas e sábados e domingos, das 10h às 18 horas.


O Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho fica na Avenida Fernando Corrêa da Costa, 559, no Centro.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Você é um determinista ou um possibilista?

Encontre sua filosofia

Fonte: VOCÊ S/A (setembro de 2010) / Artigos / Papo de Líder

Filosofar não é só para filósofos, basta pôr-se a pensar. Certamente você conhece quem tenha “sua filosofia”, sendo executivo, cozinheiro, professor ou engenheiro. Lembro, por exemplo, de dois geógrafos que criaram filosofias: Friedrich Ratzel e Vidal de La Blache. O primeiro afirmava que “O homem é produto do meio”, e sua filosofia recebeu o nome de “determinista”. O segundo dizia “O meio é produto do homem”, e assim criou o “possibilismo”. Aparentemente opostas, as duas visões são complementares, pois somos, sim, influenciados pelo ambiente em que estamos, mas também temos o poder de influenciar o mesmo ambiente. Essa percepção pode fazer uma imensa diferença.

Quando VOCÊ S/A publica as conclusões da pesquisa das 150 Melhores para Trabalhar, algo salta aos olhos: as que oferecem melhores condições e ambiente de trabalho são mais rentáveis. Ratzel diria que não há novidade nisso, pois, afinal, o homem é resultado do meio, e a qualidade de seu trabalho é conseqüência da cultura, do clima, das causas e das ferramentas disponíveis. O geógrafo alemão dando pitacos no RH, veja só.

Mas, analisando o mundo corporativo, percebemos que a empresa é responsável pelo ambiente de trabalho, mas só por uma parte, a outra é coisa de cada um. Certamente você conhece gente que passa a vida descontente no trabalho, cultivando a posição passiva de esperar que sua capacitação, sua promoção e sua qualidade de vida sejam providenciadas pela empresa. Esses são os deterministas.

Já os possibilistas fazem sua parte, dão sua contribuição na criação de um bom ambiente de trabalho, aceitam e oferecem feedback com sinceridade, sentem-se parte da tripulação e não passageiros temporários., Cuidam de seu autodesenvolvimento, organizam-se, planejam seu futuro, não desprezam a saúde e a vida pessoal, e jamais se omitem diante das dificuldades. Ponto para os possibilistas. A filosofia do francês La Blache pode explicar muitas carreiras bem- sucedidas.

Para terminar, outro lado: as empresas consideradas as melhores para trabalhar atraem e abrem as portas exatamente para aqueles que estão dispostos a colaborar para torná-las ainda melhores e maiores. Essa é a lógica que sustenta o processo que garante o progresso.

Eugênio Mussak, professor do MBA da FIA e consultor da Sapiens e Sapiens.

Reflexão do Blogueiro

Esse assunto é realmente muito interessante. Nós somos deterministas ou possibilistas? Nosso comportamento é de uma pessoa que influencia ou se deixa influenciar? Ambos os pensadores que desenvolveram essas teorias, Friedrich Ratzel e Vidal de La Blache, respectivamente, viveram entre o final do século 19 e início do século 20. Contudo, estas questões já foram examinadas há muito mais tempo, mais precisamente, em meados do século 13, por meio do Budismo Nitiren.

O princípio que examina essa questão sob os olhos do budismo é chamado de “Esho-Funi”, que significa “Inseparabilidade de Pessoa e Ambiente”. O bacana é que o possibilismo de Blache se parece muito com o princípio exposto no budismo. Ouso até dizer que o francês deve der bebido nessa fonte para desenvolver a sua teoria.

Em linhas gerais, o princípio de Esho-Funi elucida que a pessoa e seu ambiente são dois fenômenos independentes, porém unos em sua existência fundamental. Em outras palavras, a pessoa e seu ambiente formam uma vida única e completa, sendo que nenhuma pode existir separada da outra.

É como se o ambiente fosse o corpo e a pessoa a sombra. Sem o corpo não pode haver a sombra. Ou seja, sem a vida o corpo não pode existir, embora a vida seja sustentada pelo ambiente. Isso é fascinante! Pois deixa claro que, embora possamos ser influenciados pelo ambiente (determinismo), também podemos – ao transformar a nossa vida e promover a nossa Revolução Humana – influenciar positivamente o ambiente (possibilismo).

É importante conscientizarmo-nos de que a mudança das condições que nos rodeiam passa obrigatoriamente pela nossa própria transformação. Conforme o exemplo citado, querer transformar o ambiente sem a mudança de si próprio é tão absurdo quanto à tentativa de endireitar uma sombra sem mexer o corpo.

Enfim, podemos compreender o fato inegável de que a pessoa e seu ambiente são inseparáveis. Contudo, o princípio de Esho-Funi não se restringe apenas a uma simples explicação da relação inseparável entre os dois, mas vai muito além, elucidando de que forma a vida se manifesta no ambiente, dando suas características peculiares.

Digno de nota também é lembrar que o presidente fundador da Soka Gakkai (em 1930), o educador Tsunessaburo Makiguti, foi também o precursor da geografia, demonstrando (tal como Le Blache) a simbiose entre o ser humano e seu meio ambiente por meio de sua obra a “Geografia da Vida Humana”.

Para encerrar, compartilho um trecho de um artigo do meu Mestre, o presidente da SGI (Soka Gakkai Internacional), Daisaku Ikeda, publicado na revista mensal Daibyakurengue, de setembro desse ano:

“As pessoas que fundamentam sua vida numa filosofia positiva e benéfica são fortes. Por outro lado, aqueles que vivem sem nenhuma filosofia assim, embora aparentemente desfrutem total liberdade, na verdade, navegam nas ondas da vida sem rumo certo. Por mais poder ou fama que possuam, isso tudo de nada adiantará quando enfrentarem as ondas furiosas da condição humana – descritas no budismo como os quatro sofrimentos: nascimento, envelhecimento, doença e morte.”

Eu sou um possibilista! E pratico uma filosofia de vida maravilhosa!

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Arte pela Paz contagia Zona Leste


A convite do Centro Educacional Unificado (CEU) Aricanduva, a arte, a dança, a música e as artes cênicas invadiram o palco da instituição no dia 5. É o projeto Arte pela Paz, da Coordenadoria Cultural da BSGI que integra as atividades culturais e humanistas da BSGI à sociedade.

Fonte: Jornal Brasil Seikyo - Edição n. 2052

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Poeta do povo e da esperança


Fonte: Jornal Brasil Seikyo - 11 DE SETEMBRO DE 2010 — EDIÇÃO Nº 2051

Presidente da SGI é primeiro cidadão nomeado Poeta da Paz Mundial


O presidente da SGI, Daisaku Ikeda, é o maior poeta vivo do mundo. Quem atesta é a Sociedade Intercontinental de Poesia Mundial (WPSI).

Numa cerimônia de nove horas de duração, 61 poetas desta Sociedade, com sede na Índia e presente em 50 países, subiram ao palco da instituição, dia 7 de agosto, e saudaram poeticamente, um a um, os motivos de estarem nomeando o presidente Ikeda como Poeta da Paz Mundial.

O presidente da SGI é o primeiro a receber essa honraria. O presidente da WPSI, A. Padmanaban, enalteceu que "o Dr. Ikeda é o único que vem concretizando a paz transcendendo a política. Alexandre, o Grande, dominou territórios de boa parte do mundo. Mas o Dr. Ikeda conquistou algo maior, conquistou o coração das pessoas dos povos do mundo!"

O presidente Ikeda agradeceu, em mensagem: "A grande missão de um poeta e ativista defensor da dignidade da vida com base no Budismo é a extinção total das guerras."

Além disso, o presidente Ikeda foi o primeiro japonês a receber o título de Poeta Laureado da Academia Mundial de Poetas (1981), Poeta Laureado do Mundo (1995) e Poeta dos Povos do Mundo (2007).

terça-feira, 10 de agosto de 2010

II Fórum de Educação Inclusiva será realizado na BSGI

Fonte: www.foruminclusao.com.br

Data: 12 e 13 de Agosto/10

Local: Auditório da BSGI – Brasil Soka Gakkai Internacional – São Paulo
Endereço: Rua Tamandaré, 984 – Vergueiro.

A iniciativa da organização do Fórum de Educação Inclusiva surgiu na Região Leste 2, no ano de 2009, a partir dos encontros dos professores coordenadores do ciclo I com a equipe da Oficina Pedagógica, nos quais as necessidades dos docentes eram apontadas. O Fórum de Educação Inclusiva é uma instância de intercâmbio de discussão das ações de educação especial e inclusiva, desenvolvidas nas Diretorias de Ensino e em outros locais, portanto, representadas por pessoas que atuam na área da Educação e na defesa de direitos humanos.

O II Forum, organizado pelas Diretorias de Ensino Leste 1, Leste 2, Leste 3, Leste 4 e Leste 5, tem a finalidade de promover a implementação e avaliação da política de Educação Especial da região, bem como a promoção de estudos e de debates sobre a forma de atendimento às diferenças individuais, com vistas à efetivação de uma política de educação inclusiva.

Pesquisas recentes apontam que as duas últimas décadas foram marcadas por movimentos sociais importantes, organizados por pessoas com deficiências e por militantes dos direitos humanos, que conquistaram o reconhecimento do direito das pessoas com necessidades especiais à plena participação social. Essa conquista tomou forma nos instrumentos internacionais que passaram a orientar a reformulação dos marcos legais de todos os países, inclusive do Brasil.

Essas pesquisas mostram que a Educação precisa ser para todos, assim, o Brasil deve fazer da diversidade presente na composição de seu povo um alicerce na construção de um mundo que articula as diferenças para a igualdade de direitos e cidadania. A escola é, portanto, o ambiente naturalmente inclusivo da diversidade social/cultural/econômica/física de todos que a utilizam.

Sendo assim, é função da Oficina Pedagógica, juntamente com órgãos da Educação, contribuírem para que a inclusão efetive-se plenamente, tornando o mundo mais humano, justo e solidário.

PROGRAMAÇÃO

PRIMEIRO DIA – 12/08

8h – Credenciamento

8h30 – Coffee Break

9h - Abertura

9h20 – Legislação: Educação Especial
Papel da Secretaria e da Escola
Parceria – Atendimento
CAPE – Centro de Apoio Pedagógico Especializado
Diretora Maria Elizabete da Costa

10h20 – ECA-Educação Especial
Papel do Poder Publico /Sociedade Civil
Promotor de Justiça de São Paulo
DR. Júlio César Botelho

11h50 – Educação Inclusiva e Educação Matemática
Universidade Bandeirante de São Paulo
Profª. Dra.Lulu Healy (Londes)

12h30 – Almoço

14h – Distúrbio / Deficiência / Dificuldade
Consultora Educacional rede particular de Ensino
Coordenadora do PEC – Programa de Especialização e Capacitação AVAPE – Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência
Viviane Heredia Vivaldini

15h – Educação para o Trabalho
Coordenadora do Serviço de Capacitação e Orientação para o Trabalho APAE de São Paulo
Maria Aparecida Baptista Soler

16h – Interação

16h50 – Encerramento

SEGUNDO DIA – 13/08

8h – Credenciamento

8h30 - Coffee Break

9h - Secretaria da Pessoa com Deficiência
Assessor Técnico de Gabinete e Representante do Comitê de Apoio ao Paradesporto.
Prof. Vanilton Senatore

10h – Inclusão do Deficiente Visual / Baixa Visão - DV
Professora de informática, Pedagoga com Especialização em Deficiência Visual.
Instituto de Cegos Padre Chico
Profª. Cynthia Carvalho

11h – Inclusão Escolar: Conhecendo o Aluno Surdo
Psicólogo, Mestrado em Educação (Faculdade de Educação da USP)

Rúbem da Silva Soares
Pedagoga, Mestre em Educação (UNIMEP), Doutora em Linguística Aplicada (LAEL/PUCSP)
Silvana Zajac

12h – Almoço

14h – Inclusão na Escola
Pós-Doutorado (PUC-SP) na formação de professores para a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais (NEE)
Sueli Salles Fidalgo

15h – Doença x Deficiência
AVAPE – Associação para Valorização de Pessoas com Deficiência
DR. CAMPANELLA

16h – Motivação

“Inclusão – Mais do que um desafio escolar, um desafio social” – Case de Sucesso
Prof. Jairo de Paula – Editora JP

17h – Encerramento

domingo, 8 de agosto de 2010

Conferência Internacional sobre Desenho Universal - Carta do Rio / 2004

A CARTA DO RIO

Em dezembro de 2004, no Rio de Janeiro, foi realizada a "Conferência Internacional sobre Desenho Universal. No evento foi lançado o documento intitulado Carta do Rio - Desenho Universal para um desenvolvimento Inclusivo e Sustentável, um dos mais modernos documentos sobre o desenho universal. Vamos à ele:

Reunidas e reunidos no Rio de Janeiro, Brasil, em 12 de dezembro de 2004, na Conferência Internacional sobre Desenho Universal “Desenhando para o Século XXI”, profissionais, representantes de ONG e de diversos setores da sociedade civil, de universidades, funcionários e funcionárias de instituições estatais, de organismos internacionais e multilaterais, provenientes de diversos países da América Latina, concordamos com a seguinte declaração:

1. O propósito do desenho universal é atender às necessidades e viabilizar a participação social e o acesso aos bens e serviços à maior gama possível de usuários, contribuindo para a inclusão das pessoas que estão impedidas de interagir na sociedade e contribuir para o seu desenvolvimento. Exemplos destes grupos excluídos são: as pessoas pobres, são as pessoas marginalizadas por sua condição cultural, racial, étnica, pessoas com diferentes tipos de deficiência, pessoas muito obesas, mulheres grávidas, meninos e meninas, pessoas muito altas ou muito baixas e outras, que por diferentes razões são também excluídas da participação social.

2. Concebemos o Desenho Universal como gerador de ambientes, serviços, programas e tecnologias acessíveis, utilizáveis equitativamente, de forma segura e autônoma por todas as pessoas – na maior extensão possível – sem que tenham que ser adaptados ou readaptados especificamente, em virtude dos sete princípios que o sustentam, a saber:

· Uso equiparável (para pessoas com diferentes capacidades);
· Uso flexível (com leque amplo de preferências e habilidades);
· Simples e intuitivo (fácil de entender);
· Informação perceptível (que diminui riscos ou ações involuntárias);
· Tolerante ao erro;
· Com pouca exigência de esforço físico e
· Tamanho e espaço para o acesso e o uso.

3. Reconhecemos o valor do conceito emergente de Desenvolvimento Inclusivo, que tenta expandir a visão de desenvolvimento, reconhece a diversidade como aspecto fundamental do processo de desenvolvimento sócio-econômico e humano, reivindica a contribuição de cada ser humano para o processo de desenvolvimento e, em vez de implantar políticas e ações isoladas, promove uma estratégia integrada em benefício das pessoas e da sociedade como um todo. O Desenvolvimento Inclusivo é uma ferramenta eficaz para a superação da exclusão social que prevalece no mundo e, conseqüentemente, para conseguir avançar na erradicação da pobreza.

4. Concebemos o desenvolvimento humano sustentável como uma forma produtiva de entender as políticas sociais, considerando os vínculos entre crescimento econômico, distribuição equitativa dos benefícios do crescimento e em convivência harmoniosa com o meio ambiente.

5. Consideramos que a situação de pobreza e exclusão social atinge milhões de pessoas no mundo todo, impede o desenvolvimento humano e uma existência digna e com qualidade – e que na América Latina e no Caribe esta situação atinge quase a metade da sua população. Estamos também convencidas e convencidos de que esta situação de exclusão e pobreza, bem como a desigualdade, as doenças, a insegurança, a contaminação e a degradação ambiental e o desenho inadequado são perigos públicos, que afetam muitas pessoas e ameaçam a todas.

6. Neste contexto de domínio do desenvolvimento pela exclusão, propomos os seguintes desafios:

· Como aplicar os princípios do Desenho Universal quando existem pessoas cuja principal preocupação não é o “amanhã”, mas a incerteza quanto à próxima refeição ... ou que não têm moradia e nem a assistência médica mais básica?
· Como tornar tais princípios consistentes com o fato de que para a maioria da população mundial o conceito de “porta” não existe? Assim como “padrões básicos”, “códigos de edificação”, “regulamentações”?
· Nesta situação, que sentido real têm serviços como “o banheiro”, “a cozinha”, “o vestíbulo”, “a rampa”, “a iluminação”, “a acústica”?
· E, principalmente, como acrescentar qualidade de vida aplicando o Desenho Universal?

7. Salientamos que a aplicação no presente de um desenho inadequado de programas, serviços e infraestrutura gera inacessibilidade e perpetua condições de exclusão para o futuro. Consideramos inaceitável que recursos públicos continuem sendo utilizados para a construção de qualquer tipo de barreira.

8. Concordamos que o Desenho Universal deve se transformar num componente imprescindível das políticas e ações que promovem o desenvolvimento, para que este atinja um caráter verdadeiramente inclusivo e contribua eficazmente para a redução da pobreza no mundo.

9. Concordamos também, que para avançar na direção de um Desenho Universal para um Desenvolvimento Inclusivo Sustentável, toda nova ação terá de:

· ser planificada, equilibrando aspectos legais, de direitos, econômicos, tecnológicos e culturais locais;
· atender necessidades autênticas da comunidade;
· contar com a participação dos interessados;
· incorporar os critérios do Desenho Universal, para evitar que os investimentos gerem custos de adaptações necessárias futuras;
· aplicar materiais e tecnologias disponíveis no local, ao mais baixo custo possivel;
· planejar a manutenção com os meios locais e
· proporcionar capacitação adequada para permitir a aplicação técnica cada vez mais extensa do desenho universal.

10. Estamos convencidas e convencidos de que para conseguir que o Desenho Universal se transforme num instrumento a serviço do Desenvolvimento Inclusivo, é necessário que todos os atores envolvidos nestes temas (Estados e governos, setor privado, sociedade civil, ONG, Universidades, profissionais e organismos internacionais e regionais) desempenhem ativamente seus papéis e consideramos que devem seguir as seguintes linhas de ação:

· Que os governos envidem esforços para conseguir instrumentos jurídicos que façam com que o Desenho Universal seja aplicado permanentemente e que este seja um componente transversal nos planos nacionais de desenvolvimento e nas políticas públicas.

· Que o setor privado seja atraído para a aplicação do Desenho Industrial no desenho de produtos e serviços, que este tema se transforme num assunto de interesse público.

· Que as Universidades promovam o Desenho Universal na formação das profissões relacionadas ou afins com este conceito e incentivem a pesquisa que permita a expansão, a aplicação e o desenvolvimento do Desenho Universal.

· Que os profissionais diretamente relacionados com o Desenho Universal forneçam orientação técnica para conseguir sua aplicação mais eficaz e eficiente, voltada para o desenvolvimento e a inclusão social.

· Que as organizações no momento mais conscientes da necessidade do Desenho Universal contribuam para disseminar o conceito em outros setores da sociedade civil e exerçam um papel ativo de vigilância social para que se avance permanentemente na acessibilidade e inclusão através de sua aplicação efetiva.

· Que os organismos internacionais e regionais avancem no instrumental jurídico e normas técnicas que promovam a aplicação permanente do Desenho Universal ao serviço do Desenvolvimento Inclusivo.

· Que os organismos multilaterais de crédito transformem o Desenho Universal num tema do desenvolvimento, promovam seu avanço, sua aplicação prática, pesquisa e difusão com recursos econômicos e o coloquem como uma salvaguarda para a elboração de projetos e requisito para a aprovação de empréstimos aos países.

11. Pensamos que todos os esforços e ações realizados neste sentido serão mais fortes e eficazes se avançarmos numa agenda comum sobre o Desenho Universal e o Desenvolvimento Inclusivo e construirmos alianças e parcerias entre os diferentes setores e atores envolvidos. Mas continua necessária a criação de redes promotoras destes temas, que contribuam para sua disseminação e debate construtivo, para potencializar os diferentes esforços.

12. Finalmente afirmamos que estamos profundamente convencidas e convencidos de que se trabalharmos na construção de um mundo guiado pelos princípios do Desenho Universal e do Desenvolvimento Inclusivo, este será um mundo melhor, mais pacífico, mais habitável, mais equitativo e, inexoravelmente, com melhor qualidade de vida.

Rio de Janeiro, 12 de dezembro de 2004.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Conceitos de Paz

Fonte: www.bsgi.org.br

A paz não é um conceito abstrato e remoto de nossa vida diária. É uma questão de como cada um de nós planta e cultiva as sementes da paz em nosso mundo real, em nosso cotidiano, nas profundezas de nosso ser e por toda nossa vida. Tenho certeza de que nisso se encontra o caminho mais seguro para a paz duradoura.

A paz não se concretiza com uma espera passiva. Deve ser trabalhada com energia e concentração. A "arma" mais poderosa daqueles que desejam criar a paz é o diálogo, a recusa em abandonar a capacidade da linguagem, que é o que nos faz humanos. O diálogo e a comunicação - seja qual for o resultado imediato - são em si um ato de fé em nossa humanidade. É essa fé que devemos nos empenhar incessantemente para fortalecer e reafirmar. A luta para compreender e ser compreendido requer que cada um de nós retorne à fonte mais profunda de nossa humanidade, além das diferenças históricas, culturais e de crença.

Nós todos fazemos parte da grande família da humanidade e somos moradores em comum de uma imensa casa chamada Terra. Não há outra forma se não nos entendermos. Mesmo que ressalte a importância de sua raça ou de sua crença, sem a paz, não existe nem a religião nem a prosperidade do povo.

Cada um de nós tem diferentes personalidades e temperamentos. Cada qual pensa de um modo diferente. Nossas bagagens culturais diferem, assim como nossos costumes. A fim de superarmos essas diferenças, a primeira coisa que devemos fazer é nos tornarmos amigos.

Os alegres intercâmbios de amizade entre as pessoas ampliam o caminho para a paz.

Como aspiramos a concretizar um século de união global, é mais do que natural que diálogos pela paz e intercâmbios educacionais e culturais que transcendam as fronteiras de religião, raça e nacionalidade tornem-se cada vez mais importantes.

Uma transformação em nossa determinação inicialmente produzirá uma transformação nos limites internos de nossa vida; isso nos possibilita a manifestar qualidades de excelente saúde, uma força abundante e uma ilimitada sabedoria. Uma vida que foi transformada dessa forma conduzirá outras em direção à felicidade e se comprometerá em extinguir o mal. Também terá um impacto na sociedade e no meio ambiente, transformando ambos num paraíso de paz e prosperidade.

A paz mundial inicia-se com uma grande revolução humana de uma única pessoa. Em primeiro lugar, deve-se realizar decididamente uma mudança pessoal -- uma revolução do próprio ser. Se mesmo uma única pessoa fizer sua revolução humana, a felicidade se espalhará entre aqueles que estão ao seu redor, assim como a água molha a terra seca. Uma esfera de paz e felicidade se formará ao redor dessa pessoa.

"Auto-aprimoramento" e "levar paz e segurança às pessoas" pode parecer muito simples. Mas Confúcio ensinou que aquele que pode realizar isso é de fato um líder da mais alta qualidade.

A compreensão budista de benevolência pode, estou certo, servir para criar uma nova cultura de simbiose que seja baseada no respeito pela pessoa humana, ou para criar um novo relacionamento com a natureza que seja de florescimento mútuo da humanidade e do meio ambiente global. Além disso, ela encoraja o tipo de ação altruística ou prática de Bodhisattva que pode redirecionar a história humana da divisão para a unidade, da confrontação para a harmonia, da guerra para paz.

A tolerância é o pré-requisito para a coexistência pacífica de todos os povos da Terra e a única alternativa para o ódio que leva aos horríveis crimes contra a humanidade. O ódio é o lado maligno da tolerância.

Gigantes da literatura


Fonte: Jornal Brasil Seikyo, 3 de julho de 2010 — EDIÇÃO Nº 2042


Num evento sublime, ilustres literários da Academia Camarajibense de Letras homenageiam o presidente da SGI, Dr. Daisaku Ikeda, e enaltecem o seu gigantismo literário e os esforços do líder para a promoção da paz, cultura e educação entre os povos.

Sensível pelo gosto da literatura desde a juventude, o presidente da SGI, Daisaku Ikeda, é um voraz leitor de obras épicas, incentivado com vigor por seu mestre, o professor Jossei Toda. O vasto conhecimento acumulado durante os anos de instruções recebidas na “Universidade Toda” o tornou um exímio conhecedor das palavras. Daisaku Ikeda é hoje poeta e literário laureado internacionalmente.

A poesia encanta


Neste ano, o Brasil homenageou o líder da SGI por diversas ocasiões. O título de sociocorrespondente da Academia Camarajibense de Letras (ACL), é a primeira homenagem do estado de Pernambuco. Realização exaltada com orgulho por todos os membros da localidade. A solenidade ocorreu durante a sessão ordinária da ACL, no dia 26 de junho no plenário da Prefeitura Municipal de Camaragibe, e foi presidida por Francisco Chagas, presidente da ACL.

O evento contou com a participação dos membros da Academia Camarajibense de Letras; do vice-presidente da BSGI, Paulo Endo, que representou o homenageado; do responsável pela Subcoordenadoria Nordeste 2, Nabor Haruno; de líderes e membros da BSGI local.

Pernambuco é conhecido pelas belas paisagens litorâneas, e em seu hall de líderes influentes está Joaquim Nabuco, célebre literário e um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras, da qual o líder da SGI ocupa desde 1993 a 14a cadeira de sociocorrespondente.

Entre seus altos relevos, a cidade de Camaragibe, distante 17 quilômetros da capital, Recife, é composta por cinquenta mil habitantes e sete famílias praticantes do Budismo Nitiren, formando um bloco.

O escritor Leonardo de Lima Durval, propositor da homenagem, conhecido entre os literários como “Léo Durval” disse: “Este título é reflexo do seu esforço abnegado em construir uma sociedade justa e pacífica”.

O Coral Veneza da RE Pernambuco ofereceu duas canções aos presentes. Com as vozes carregadas de emoção, os dezessete coralistas foram ovacionados pelo público participante.

Em agradecimento ao título de sociocorrespondente, o presidente Ikeda enviou uma significativa mensagem lida por Paulo Endo. “Devemos, sim, erguer ainda mais vigorosamente as tochas da coragem e da esperança e fortalecer o poder da criatividade e o poder da solidariedade.”

Esforço contínuo


O Dr. Daisaku Ikeda vem se empenhando incansavelmente ao longo dos cinquenta anos à frente da SGI para a construção de pontes pacíficas e duradouras entre os povos. O esforço contínuo do presidente Ikeda foi lembrado nas palavras de impressão dos membros da ACL.

“Conhecer os trabalhos do Dr. Daisaku Ikeda inspirou-me a trabalhar com mais ardor por uma sociedade mais humana. Após conhecer seus feitos, gostaria de apertar sua mão em agradecimento pela pessoa humanista que tem sido ao longo destes anos que preside a SGI”, ressaltou Francisco Chagas.

IKEDA: LUZ EM CAMARAGIBE


Pela vida circulante,

sob o sol do Ocidente,

Vislumbra a madrugada

e logo renasce o dia,

Fortes lembranças

de 26 de junho,

Ikeda corresponde

sob a luz do Oriente



Onde assim nascem

as palavras?

as mais belas:

A paz,

O humanismo,

A educação,

vêm do coração de Leão,

que manifestam o

Kossen-rufu desde sempre,

Ikeda sensei,

luz em Camaragibe.



Poema escrito na noite de 26 de junho na entrega de título ao presidente Ikeda, por Léo Durval, poeta, membro da BSGI e proponente da homenagem.