quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Conselho dos Direitos Humanos da ONU debate situação em Cote d'Ivoire



Fonte: Rádio ONU
Eleutério Guevane, da Rádio ONU em Nova Iorque.


Proposta de resolução apela às partes do país a cessarem violações; situação de instabilidade provocou pelo menos 173 mortos.

O Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas vai ter uma reunião de emergência, esta quinta-feira, em Genebra, para discutir a situação em Cote d'Ivoire, também conhecida por Costa do Marfim.

A alta comissária adjunta dos Direitos Humanos, Kyung-wha Kang, disse ao conselho que a situação dos direitos humanos está a agravar-se no país da África Ocidental.

Incerteza

Segundo referiu, na semana passada ocorreram pelo menos 173 mortes, 471 prisões e 24 desaparecidos.

A Cote d'Ivoire tem estado mergulhada numa situação de incerteza política após o presidente em exercício, Laurent Gbagbo, ter-se recusado a aceitar os resultados eleitorais nas presidenciais de 28 de novembro.

As Nações Unidas endossaram a vitória de Alassane Ouattara, apesar de Gbagbo reclamar vitória no pleito.

Linha de Ajuda

Segundo a alta comissária adjunta, uma linha de ajuda especial, lançada pela Operação das Nações Unidas em Cote d'Ivoire, recebe cerca de 300 chamadas por dia sobre alegadas violações dos direitos humanos.

Em comunicado lido pela sua porta-voz, Kyung-wha Kang condenou igualmente o uso da rádio e televisão nacional e de alguns jornais privados, por apoiantes de Laurent Gbagbo, para o incitamento público a actos de violência.

Segundo a porta-voz, o incitamento ao ódio e à violência não são permitidos à luz do direito internacional. Ela refere que os incitamentos são puníveis ao abrigo do direito internacional. Segundo declara, tem sido impossível investigar todas as alegações de graves violações dos direitos humanos incluindo informações sobre a existência de valas comuns, devido a restrições de movimentação do pessoal da ONU.

Uma proposta de resolução a ser submetida ao órgão apela a todas as partes em Cote d'Ivoire a cessarem com violações aos direitos humanos, respeitarem a vontade popular, restaurarem a democracia e ao estado de direito.

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